CYBER BULLING: RESPEITO AS DIFERENÇAS

UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA

CYBERBULLING

RESPEITO AS DIFERENÇAS

Aluno: Ronaldo Silva Ferreira

Professora: Adriana Penha Costa Lima Peçanha

Seminário Integrador 3

São Gonçalo

Data: 16/03/2016

Introdução

O avanço da tecnologia trouxe aspectos positivos e negativos para todos os setores da nossa vida. Dentre esses setores está um dos mais importantes: a educação. É através da instrução que o homem aprende a conviver pacificamente em sociedade e adquire conhecimentos que vão servir para tanto para a vida profissional quanto para a social.

Este trabalho é uma reflexão sobre o bullying, que com a força da propagação da internet se tornou ainda mais cruel: o cyber bullying, um dos aspectos negativos que a tecnologia trouxe à tona em um ambiente, onde se deveria formar o cidadão com carinho, respeito e solidariedade.

Vamos relembrar o que é bullying (identificar como ocorre essa conduta, quem são os agressores, as vítimas e as testemunhas), para entender como um comportamento tão agressivo, entre os estudantes, pôde ganhar mais força, com a internet, e buscar possíveis soluções para combate-lo.

Quando a instituição de ensino não possui práticas pedagógicas que disseminam, entre os educandos, respeito as diferenças, a tendência é que sejam formados cidadãos com diversos tipos de preconceitos, que dependendo da situação, podem gerar aumento no índice de discriminação e violência que tanto presenciamos através das principais mídias do país

Objetivos

- Conceituar o bullying e o cyber bullying e diferencia-los. Entender como a prática pode prejudicar vidas, tanto do agressor quanto da vítima.

- Estimular os alunos a respeitarem e valorizarem as diferenças existentes entre as pessoas.

- Promover o repudio a atos de discriminação, racismo e preconceito.

Metodologia

Para refletir sobre o estudo e chegar a um consenso, foram feitas revisões na literatura, baseados em bibliografias e artigos, obtidas na base de dados do google.

Desenvolvimento

A palavra ‘bullying’ é derivada do termo inglês ‘bully’, que foi traduzido para o nosso português como: brigão tirano ou valentão. No Brasil, este termo ficou definido como um comportamento violento e repetitivo praticado, por uma pessoa ou grupo, com intenção de humilhar, intimidar ou agredir uma ou mais pessoas a fim de causar danos de ordem psicologia ou física, sem que haja um nenhum motivo aparente.

O bullying, no ambiente escolar, costuma ter personagens bem definidos; o agressor: normalmente tem uma aparência física forte, elevada autoestima, se comporta de maneira agressiva e se nega a acatar as regras; a vítima: tende a ser aparentemente mais frágil que o agressor, ter um comportamento inseguro, baixa autoestima e ter poucos amigos e a  testemunha: tem o conhecimento de tal conduta e apresentam perfis diferenciados, pois alguns apoiam e incentivam o agressor, outros defendem a vítima e tem aqueles que presenciam o ato mas não denunciam.

Muitas vezes, a falta de respeito com o próximo começa desde cedo, no ambiente escolar, entre as crianças ou outros profissionais que trabalham na escola. Os envolvidos e responsáveis pela educação falham ao não dar a devida importância a brincadeiras de mal gosto que costumam começar entre os alunos, que possivelmente se transformam em uma prática de atos de perseguição, humilhação e agressão. Uma criança que machuca os sentimentos de outra pessoa usando como base alguma diferença, evidente ou não, no outro, pode se transformar em um cidadão preconceituoso e intolerante no futuro.

Por outro lado, a vítima pode se tornar um adulto agressivo, desenvolver depressão, e em casos mais graves cometer suicídio ou até se transformar em protagonista de uma terrível tragédia como o massacre de realengo, pois quem não se lembra de Wellington Menezes de Oliveira?

No dia 7 de abril de 2011, ele invadiu a escola municipal Tasso da Silveira, armado com dois revolveres e matou 12 alunos (10 meninas e 2 meninos), deixando 13 seriamente feridos. Até hoje não se chegou a um consenso sobre a motivação principal do crime, no entanto após investigações das autoridades competentes comprovou-se que ele sofreu bullying durante a infância, e provavelmente por parte de meninas.

Ser vítima de tal perseguição não justifica cometer tamanha atrocidade, mas com certeza contribuiu para formação de um sentimento de vingança que aliado a uma mente perturbada por problemas psicológicos, resultaram nessa tragédia.

Atualmente, as instituições estão bem mais preparadas e conscientes para lidar com o problema da violência escolar, identificando o ato e punindo os responsáveis. Através de estudos foi possível formar educadores bem mais capacitados para lidar com tal situação. Se estabeleceu uma aliança entre a escola e os pais dos alunos, se tornando mais fácil a identificação do bullying, através de métodos como observação do desempenho do aluno na escola e o comportamento do mesmo em casa.

A tecnologia avançou, o uso da internet se difundiu na sociedade e a escola viu a violência do bullying se instalar também no mundo virtual e mudar de nome: o cyber bullying; termo que traduz a pratica de perseguição hostil praticada pela internet por um indivíduo ou grupo com a intenção de intimidar, hostilizar, insultar e difamar um ou outros indivíduos.

O bullying acontece presencialmente, a vítima é agredida de forma física ou verbal, diferentemente do cyber bullying que ocorre em um ambiente virtual ilimitado, onde as imagens e comentários caluniosos se espalham com muita rapidez e são facilmente visualizados através de aparelhos tecnológicos ligados a internet como: celular, tablet ou computador.

Ainda comparando o bullying com o cyber bullying, percebe-se que o último tem poder muito maior de humilhar e traumatizar, pois os alvos são atacados em todo momento, inclusive dentro de casa. As brincadeiras perversas contendo fotos ou comentários maldosos podem ser vistos e espalhados, facilmente, por meio de sites e compartilhamentos que ocorrem, entre várias pessoas (que muitas das quais nem conhecem a vítima), e ao mesmo tempo, através das redes sociais.

As consequências do cyber bullying são devastadoras, pois podem afetar o (as) perseguido (as) de inúmeras formas: prejudicar seu desempenho na escola, gerar falta de atenção no meio social, insegurança, baixo autoestima, isolamento e depressão, que em casos mais graves, resultam até em suicídio.