Cognição, Linguagem, Comunicação, Interação e Características Socioemocionais no TEA
Por: Deise Dillenburg • 13/5/2024 • Monografia • 4.781 Palavras (20 Páginas) • 40 Visualizações
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FABIANE PEREIRA DA SILVA
PORTFÓLIO DE ATIVIDADE PRÁTICA DA DISCIPLINA
Cognição, Linguagem, Comunicação, Interação e Características Socioemocionais no TEA.
Trabalho de Conclusão de Curso
da Pós-Graduação (Lato Sensu)
em Transtorno do Espectro Autista da Faculdade Rhema
2023
- Introdução
Este texto tem como base propor uma reflexão acerca da educação inclusiva para o aluno diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A premissa maior é compreender mais sobre o TEA, seu conceito, características, mitos e verdades, e ainda sobre as práticas pedagógicas que devem ser desenvolvidas no intuito de promover uma educação significativa e relevante para estas crianças, sobretudo na Educação Infantil – Pré I. Como base, foram utilizados autores como Ribeiro (2019), Mello (2001), Bernardes (2016), e ainda muitos outros, além dos preceitos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394/96.
Por muito tempo a pessoa com deficiência teve seus direitos renegados. A educação era vista como uma ação que só deveria ser realizada para benefício das pessoas ditas como “normais”. As demais eram vistas como estorvo à sociedade. Com as pessoas autistas não era diferente. Atualmente, percebe-se que as crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possuem o direito regulamentado por lei a se inserir preferencialmente em sala regular (BRASIL, 2012).
No entanto, existem muitos mitos e o senso comum apresenta por vezes informações erradas sobre o autismo, o que incorre em preconceito até mesmo nos espaços escolares. É preciso, no entanto, que haja mais pesquisas sobre a temática bem como mais cursos de formação continuada aos educadores que lidam com as crianças autistas em classes regulares, para que estas possam ser atendidas de forma digna, recebendo uma educação significativa e eficaz.
Atualmente há um avanço nas pesquisas sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista), o que gera novos conhecimentos e novas estratégias de intervenções educacionais, que têm favorecido o desenvolvimento de habilidades comprometidas nesses sujeitos. Dentre estas habilidades estão as habilidades sociais que são comportamentos necessários a uma boa relação com o outro e com a sociedade.
Primeiramente, será apresentado referente a necessidade de maiores debates sobre os direitos da criança com TEA a uma educação significativa e que possa promover o desenvolvimento de suas potencialidades. Em seguida, são tecidas diversas elucubrações sobre o tema, o que assim promoveu um Projeto Educativo voltado para um aluno autista da Educação Infantil - Pré I, em que são apresentadas atividades que buscam beneficiar a criança inseridas em classe regular, bem como seus pares não iguais. O texto foi elaborado então na linha de docência para o Educação Infantil, e baseou-se na metodologia de pesquisa de revisão bibliográfica.
Este trabalho busca romper com preconceitos sob os quais algumas pessoas ainda se baseiam, como o de colocar a criança autista em uma bolha, sem convívio com os demais pois ela assim prefere. É verdade que a criança com TEA tem dificuldades de convívio social, mas isso pode e deve ser trabalhado em benefício de seu pleno desenvolvimento, respeitando sempre a criança, mas investindo em sua formação plena.
- Objetivo
Objetivo geral
Conhecer mais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) para uma melhor atuação na inclusão de uma criança portadora do Espectro Autista na Educação Infantil.
Objetivos específicos
- Apresentar os marcos históricos da Educação Especial: exclusão, segregação, integração e inclusão;
- Debater sobre dificuldades, desafios, mitos e verdades que se apresentam para com a criança TEA;
- Refletir sobre a inserção do aluno TEA na Educação Infantil.
- Referencial Teórico
O QUE É O AUTISMO
O autismo – nome técnico oficial: Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno de desenvolvimento que surge geralmente nos três primeiros anos de vida afetando principalmente as habilidades de comunicação social (socialização e comunicação verbal e não verbal) e comportamental (interesse restrito ou hiperfoco e movimentos repetitivos), atingindo muito mais crianças do sexo masculino do que do sexo feminino.
As causas são predominantemente genéticas. Confirmando estudos recentes anteriores, um trabalho científico de 2019 demonstrou que fatores genéticos são os mais importantes na determinação das causas. (Fonte: Revista Autismo V.013 p. 08).
O TEA “[...] é uma alteração comportamental que afeta a capacidade da pessoa em se comunicar, estabelecer relacionamentos e a responder apropriadamente ao ambiente em que vive”, por isso a necessidade e a importância das adaptações pedagógicas (BRITO; SALES, 2014, p. 23).
É comum a criança com TEA rejeitar demonstrações físicas de afeto, tais como um beijo ou um abraço. Ainda é comum permanecerem imóveis quando são afagados ou mesmo a utilização de pessoas como ferramentas são comportamentos comuns em crianças com TEA.
Outra característica do comportamento de crianças com TEA é a hiperatividade. Em razão disto, alguns fazem uso de medicamentos para controlar este comportamento que tanto prejudica a concentração e como consequência prejudica a aprendizagem de um modo geral.
Portanto quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais fácil de realizar acompanhamento clínico, terapias desenvolvendo suas habilidades, autonomia, socialização e comunicação. O tratamento para autismo é personalizado e interdisciplinar.
No seu processo de desenvolvimento das habilidades, “O ingresso na escola é um marco importante [...]. Não apenas para o aprendizado em si, mas também pelo desenvolvimento social e pela formação do ser humano como um todo” (SILVA, 2012, p. 107). Na escola um mediador pode trazer grandes benefícios no aprendizado e na interação social.
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