Conceito Básico da Educação a Distância

1 – Base teórica conceitual sobre a Educação a Distância

1.1 – Educação a Distância

Educação a distância é um método de transmitir conhecimento, competências e atitudes que é racionalizado pela aplicação de princípios organizacionais e de divisão do trabalho, bem como pelo uso intensivo de meios técnicos, especialmente com o objetivo de reproduzir material de ensino de alta qualidade, o que torna possível instruir um maior número de estudantes, ao mesmo tempo, onde quer que eles vivam. É uma forma industrializada de ensino e aprendizagem.

(PETERS, 1983 P.10)

[...] Peters provocou muita polêmica ao utilizar conceitos da economia e da Sociologia industrial para definir E a D. Suas teses representam uma tentativa de ir além das definições e a busca em explicar a partir das particularidades da E a D com relação ao ensino convencional e ao mercado de trabalho”

A ênfase nas diferenças em relação ao ensino convencional baseados na organização industrial e na separação professor / aluno como elementos definidos da E a D – leva a redução da abrangência do conceito ao universo de um tipo específico de sistema: O provedor especializado de grande porte, praticando uma economia de escala exemplificada pelas Universidades abertas européias (KEE GAN, 1983: p. 12).

Com isso a confiança excessiva no valor do euro dos modelos econômicos prejudicaram muito as teses de Peters e também os defensores de modelos institucionais mais integradas ao processo de ensino de aprendizagem. Outro aspecto importante que se deve ressaltar que o modelo da E a D ultrapassou fronteiras buscando melhorias em outros países.

A Europa que antes protestava contra o ensino e a aprendizagem a distância, hoje apoiam nas concepções da aprendizagem por projetos. Isso, porém, exige estudantes que trabalhem com autonomia, organizem seus projetos independentemente dos docentes e o desenvolvam em responsabilidade própria (FREX, 1995: p. 47).

É importante, no processo de formação do cidadão, proporcionar na realidade concreta a possibilidade de um trabalho criativo capaz de levar o aluno a pensar no mundo em que vive, partindo de sua condição real, de sua existência. A concepção de mundo do individuo pode ser transformada através do ato de conhecer.

Educar a distância é democratizar o ensino no país e facilitar o acesso à formação profissional. A tecnologia e o avanço dos sistemas de comunicação estão fazendo com que as informações chegue aos mais remotos municípios. TV digital, satélites, internet... Por estes meios, pequenas comunidades do interior se reúnem em busca do aprendizado e da especialização.

A educação a distância obteve grande impulso, no Brasil, a partir da década de 1990. As inovações das tecnologias de comunicação e informação é a expansão do ensino superior foram determinantes para este fenômeno (FIORENTINI, 1999: p 106).

[...] O desenvolvimento exigiu legislação própria, criação de linguagens adequadas para os meios disponíveis, objetos de aprendizagem que se desvinculam do uso tradicional nas salas de aula presenciais e estudos que tornem possível a incorporação da internet na aprendizagem colaborativa.

Tais novidades têm se imposto como acontecimento irreversível do mundo contemporâneo, apesar da morosidade do sistema escolar para incorpora-las. As mudanças exigem transformações nos sistemas educacionais que se vêem confrontados com novas funções e novos desafios. O papel da educação transforma-se, e suas estratégias modificam-se para atender às novas demandas educativas da sociedade do saber ou da informação.

A parceria entre o Sistema Educacional EADCON e a Unitins – fundação criada pelo poder publico, mas de natureza privada – nasceu da necessidade de se cumprir o que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Nº. 9.394 196), do Ministério da Educação. Idealizou-se o projeto E a D com o objetivo de formar aproximadamente 10.000 professores no Tocantins houve a necessidade de se estabelecer parcerias com a iniciativa privodir que dispunha de tecnologia capaz de fazer chegar os cursos de professores aos quatro cantos do estado. O projeto também nasceu com características estaduais e graças ao seu êxito ganhar dimensões nacionais, passando a ofertar e ampliar seus cursos para outros estados brasileiros. Com o apoio do Conselho Nacional de Educação, sendo credenciado pelo Ministério da Educação e Cultura (TESOURO, 2009 pag. 44).

Em busca da melhoria da qualidade da educação e inclusão social no Brasil, o pensamento e o propósito de que a metodologia de E a D deve erradicar a falta de oportunidades de acesso à educação, contando com a estrutura dos pólos de apoio presencial, onde são desenvolvidas atividades relativas aos cursos com monitoria, essa tendência se estende ainda mais pelo interior do país.

1.2 – Aprendizagens aberta à distância

As transformações sociais e econômicas, a aprendizagem aberta e a distância se caracteriza essencialmente pela flexibilidade, abertura dos sistemas e maior autonomia do estudante. Embora este conceito enfatize o uso de meios técnicos para aumentar a eficácia do sistema, ele não prioriza a produção de materiais e a organização industrial daí decorrentes como fatores definidos da AAD.

A ideia de auto aprendizagem – ausente ou apenas implícita nas definições behaviorista e economicistas – é, no entanto, crucial para a educação a distância: muito mais do que no ensino convencional, onde a inter-subjetividade pessoal entre professores e alunos e entre os estudantes promove permanente a motivação, na E a D o sucesso de aluno (isto é, a eficácia do sistema) depende grande parte da motivação do estudante e de suas condições de estudo (KEE GAN, 1993 p. 29).

Também do ponto de vista do aprendeste, coloca-se outro dos elementos fundamentais da E a D: a “abertura”, entendida ao mesmo tempo como acessibilidade aos sistemas e como flexibilidade do ensino.

        De acordo com (TRINDADE, 1992, p. 30)

A relação entre os conceitos de aprendizagem aberta e aprendizagem a distância é mais complexa. A aprendizagem aberta tem essencialmente dois significados: aberta como equivalente da ideia de remover barreiras ao livre acesso à educação e ao treinamento de outro lado, significa que o processo de aprendizagem de vê ser, do ponto de vista do estudante, livre no tempo, no espaço e no ritmo. Ambos estão ligados com uma filosofia educacional que identifica abertura com aprendizagem centrada no estudante.