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Concepções históricas e filosóficas da infância

Por:   •  19/2/2017  •  Resenha  •  964 Palavras (4 Páginas)  •  309 Visualizações

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Considerando os primeiros anos de vida da criança como os mais importantes, é fundamental que professores que venham trabalhar com as crianças se apropriem dos conhecimentos necessários sobre a infância para atuarem de forma satisfatória, contribuindo para o desenvolvimento integral da mesma em seu aspecto físico, psicológico, social e intelectual, reconhecendo a criança como sujeito de direito, no qual já está garantida legalmente. Tudo isso se configura em um grande desafio.

Resgatar os antecedentes históricos da infância é dar voz a diferentes documentos hoje pesquisados e que em determinados períodos testemunharam o papel da criança na sociedade.

O pesquisador francês Philippe Ariès, em uma de suas obras, vai assinalar que o conceito ou a ideia que se tem da infância foi sendo historicamente construído e que a criança, por longo período, não foi reconhecida como um ser em desenvolvimento, com suas particularidades distintas dos adultos, e sim como um adulto em miniatura. Desta maneira, a história da infância aparece como possibilidade para muitas reflexões sobre a forma como entendemos e nos relacionamos atualmente com a criança.

O período de grandes transformações históricas, no caso, do século XII ao XVII, foco de localização de sua pesquisa, a infância tomou diferentes conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A criança seria vista como ser com capacidade de produzir e que com isso seria útil para a sociedade, tendo em vista que a partir dos sete anos de idade era já era inserida na vida adulta e passava a ser importante na economia familiar, realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, o acompanhado em seus ofícios, cumprindo, assim, seu papel perante a coletividade.

Os mais diferentes tipos de infância, no Brasil, podem se tornar aparentes a partir da apreciação das relações de poder, das diferenças sociais e étnicas existentes nos vários períodos históricos.

No Brasil já existia há mais de cem anos iniciativas para a expansão da Educação Infantil. No entanto, foi apenas nas últimas décadas que ela foi reconhecida de fato.

Por muito tempo a criança não era reconhecida com um ser que tem suas particularidades. A partir do século XVIII que os adultos começaram a modificar sua concepção de criança. Contudo, seu lugar ainda estava longe de a criança ter um lugar privilegiado na família.

A partir da Proclamação da República, o Brasil iniciou um processo de ampla modernização e industrialização, com isto as mulheres começaram a compor o mercado de trabalho e não tinha onde deixar as crianças.

Apareceram então as “mães mercenárias”, que cuidavam de muitas crianças juntas enquanto suas mães trabalhavam fora. Em decorrência das péssimas condições de higiene nas casas onde as crianças ficavam, nesse período, cresceu o número de mortalidade infantil causada também pela ausência da mãe, tornando a criança mais abatida e vulnerável.

Foi nesse contexto que apareceram as primeiras creches e pré-escolas. Inicialemnte elas eram filantrópicas ou sustentadas pelos próprios usuários e, mais a frente foi que passaram a ser públicas.

De início, as creches e pré-escolas tinham um caráter assistencialista, apenas guardando e cuidando da criança na ausência da família. A pessoas responsáveis por essa tarefa não eram formadas ou capacitadas para exercer essa função, atuavam apenas nos cuidados básicos de higiene e regras de bom comportamento.

Na década de 70, aumentou consideravelmente a entrada de mulheres no mercado de trabalho, resultando um aumento significativo de creches e pré-escolas. Uma nova evidência começou a ser dada ao trabalho nestas instituições. Buscou-se um equilíbrio não só das deficiências orgânicas, como também uma carência de ordem cultural. A ideia

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