Construtivismo

ABORDAGEM CONSTRUTIVISTA E A ESCOLA DA PONTE

Construtivismo uma teoria que nos permite interpretar o mundo em que vivemos, com uma visão mais abrangente.

O construtivismo não vem a partir das práticas ou métodos, modo de ensino, não é uma forma de aprendizagem, é a penas uma teoria que permite reinterpreta todas essas ações.

O construtivismo na educação, nada mais é do que fazer, agir, operar, criar, construir a partir da realidade vivida pelo aluno, professor e pela sociedade que está próxima ou distante. Essa construção é possível na medida em que ele se apropria das teorias suficientemente críticas para dar conta das qualidades e dos limites de sua pratica. Essas duas condições são absolutamente indispensáveis para o avanço do conhecimento para a ruptura com o senso comum. O conhecimento é uma construção espontânea no ambiente em que vive, o sujeito retira deste meio o que interessa, e em seguida reconstrói o que já tem por força dos elementos novos que acaba de abstrair. Na visão construtiva o sujeito e o meio têm total importância que se pode imaginar, mas está importância é radicalmente relativa. Para Piaget o indivíduo não é um simples resultado do meio, nem é simplesmente determinado por princípios inatos.

Portanto o construtivismo é a forma de conhecer e construir e por consequência um novo modo de ver o universo a vida e o mundo das relações sociais.

A escola da ponte em relação ao construtivismo nada mais é do que um local que consiga tornar as crianças felizes, e com ideias próprias. A partir do momento em que a escola da total liberdade para os alunos irem atrás dos seus interesses de aprendizado faz com que o mesmo se sinta livre para aprender, agir, criar e montar suas teorias. O construtivismo pode ser relacionado com a escola da Ponte, visto que o professor tem a consciência de que o conhecimento não é algo acabado, terminado sempre tem continuação, isso faz com que sempre deixem as crianças livres com espontaneidade para tirar suas dúvidas. Nessa perspectiva, o conhecimento não depende unicamente das relações sociais ou da bagagem genética hereditária. O conhecimento é resultado da interação do sujeito com o objeto (meio físico, social, com os símbolos, signos pertencentes ao contexto sócio histórico em que está inserido o sujeito), o que fica claro na escola da ponte, que possibilitará a construção do conhecimento e desenvolvimento das estruturas de inteligência. Portanto, o conhecimento é resultado da dialética da interação sujeito-objeto.

• Para que um ambiente de ensino seja construtivista é fundamental que o professor conceba o conhecimento de acordo com a teoria de Piaget, ou seja que todo e qualquer desenvolvimento cognitivo só será efetivo se for baseado em uma interação muito forte entre o sujeito e o objeto. É muito importante que se compreenda que sem uma atitude do objeto que instigue o sujeito, estimule sua curiosidade para que o ensino e o objeto não se adapte simplesmente ao sujeito. Em cima dessa curiosidade de buscar mais, ele aprende, ele se constrói e se constrói também nas relações sociais, onde ele aprende sobre o mundo e sobre si mesmos.  Esta interação, contudo, não significa apenas o apertar de teclas ou o escolher entre opções de navegação, a interação deve passar além disto integrando o objeto de estudo à realidade do sujeito, dentro de suas condições, de forma a estimulá-lo e desafiá-lo, mas ao mesmo tempo permitindo que as novas situações criadas possam ser adaptadas às estruturas cognitivas existentes, propiciando o seu desenvolvimento. A interação deve abranger, não só o universo aluno - computador, mas, preferencialmente, também o aluno - aluno e aluno - professor através ou não do computador.
• Diversas teorias sobre aprendizagem parecem concordar com a ideia de que a aprendizagem é um processo construção de relações, em que o aprendiz, como ser ativo, na interação com o mundo, é o responsável pela direção e significado do aprendido.
• Um ambiente de aprendizagem que pretenda ter uma conduta de acordo com as descobertas de Piaget precisa lidar corretamente com o fator do erro e da avaliação. Na teoria construtivista, o erro é uma importante fonte de aprendizagem, o aprendiz deve sempre questionar-se sobre as consequências de suas atitudes e a partir de seus erros ou acertos ir construindo seus conceitos.
• Resumindo, pode-se concluir que o quesito mais importante para a construção de um "ambiente construtivista" é que o professor realmente conscientize-se da importância do "educador-educando", e que todos os processos de aprendizagem passam necessariamente por uma interação muito forte entre o sujeito da aprendizagem e o objeto, aqui simbolizando como objeto o todo envolvido no processo, seja o professor, o computador, os colegas, o assunto. Somente a partir desta interação completa é que poderemos dizer que estamos "construindo" novos estágios de conhecimento, tanto no aprendiz como no feiticeiro.
• Construtivismo não é uma nova metodologia pedagógica, pode até ser "um subsídio fundamental para o aperfeiçoamento das técnicas pedagógicas", mas não podemos reduzi-lo a esta única dimensão pois seus horizontes e aplicações são muito mais amplos, o Construtivismo, é esta forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento. É, por consequência, um novo modo de ver o universo, a vida e o mundo das relações sociais.
• Pensa e ensinar em cima da teoria de Piaget é entender que essa teoria é uma reflexão de construção de uma prática futura. Entendendo assim que o compromisso da escola é construção do novo, diferenciando-se do antigo, de modo a não se repetir.
• O professor reflete sobre o que ensina, como ensina. Ele tem que se sensibilizar pelo aluno, entende-lo. Tem que usar de métodos e formas que o aluno aprenda por ele mesmo, se construa na sua relação com o social interferindo pouco, e longe de simplesmente ditar aquilo que ele deve aprender e como deve aprender. Deve ser um facilitador de aprendizagem, podendo assim ensinar e se permitir ser ensinado. A construção do indivíduo remete de onde ele vem, sua condição econômica, social e política, remete também sua presente relação com o meio onde está, onde vive, onde aprende sobre o mundo, se construindo dessa relação e de sua própria curiosidade de aprender e entender o mundo.
• O livro de Rubem Alves fala sobre a Escola da Ponte, uma instituição de ensino baseada nos conceitos humanistas, mas o método que foi empregado de certa forma não deixa de construir o indivíduo como falado no Construtivismo, porque temos o professor como facilitador de aprendizado, e eles crescem e aprendem mais sobre o mundo e até sobre eles mesmos na relação com o outro, eles formam grupos de estudo e isso e essa relação os permite aprender e se construir  no mundo e se construir como pessoa.