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DESENVOLVIMENTO DA LITERATURA INFANTIL: INSERÇÃO DAS MÍDIAS NA ESCOLA

Por:   •  5/9/2017  •  Artigo  •  4.673 Palavras (19 Páginas)  •  549 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO DA LITERATURA INFANTIL:

INSERÇÃO DAS MÍDIAS NA ESCOLA

Darielen Verne dos Santos [1]

Ana Paula Tavares Piran [2]

RESUMO

O trabalho discute a literatura fazendo um esboço do surgimento da Literatura Infantil e as concepções da infância com recorte temporal do século XXI no advento das tecnologias midiáticas. A pesquisa é de cunho qualitativo, em que os dados foram analisados por meio de pesquisa bibliográfica em que se aplica a revisão de obras de autores que discutem a literatura infantil desde o século XVII em que temos Charles Perrault e seus contos como A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho e perpassando ao século XVIII aonde a criança passa a ter um papel na sociedade como criança, ou seja, a criação de um status para os até então entendidos como “adulto em miniatura” e chegando a nossa contemporaneidade aos usos das mídias e tecnologias pelas escolas. Fazendo uma reflexão sobre os contextos sociais da história da literatura e as possíveis contribuições para o ensino em sala de aula, no que tange os educadores e as mídias que propiciam leituras mais prazerosas para as crianças.

Palavras- Chave: Literatura. Infantil. Mídias. Leitura.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1- Sítio do Pica-Pau Amarelo.

FIGURA 2- Jeca Tatu.

FIGURA 3- Lousa Digital

Sumário

Introdução        6

Breve esboço da Literatura Infantil        7

O professor como mediador e a introdução das mídias na escola        11

Considerações Finais        18

Referências        19


Introdução

Este presente artigo aborda a temática “Literatura Infantil: Como trabalhar a literatura nos anos iniciais” o estudo faz um breve recorte da literatura, em discussões sucintas, sobre literatura infantil, o trabalho explora a importância da literatura e contextualiza a contemporaneidade com a ascensão das mídias áudio visuais no contexto escolar.

O objetivo do trabalho é discutir a contribuição da literatura infantil com relação a criança, e se as mídias impressas e áudio visuais, proporcionam subsídios para a aprendizagem da criança bem como elucidar a importância de um profissional educador, estar atento as inovações tecnológicas que se fazem presente na área da educação, possibilitando a busca por novos saberes.

O trabalho trata-se de pesquisa bibliográfica de autores como Lajolo e Zilbermann (2007) que nos vem aclarar sobre o processo histórico da literatura, Vygotsky e Bakhtin e sendo de cunho teórico, buscando aclarar as indagações no que diz respeito do professor educador como mediador, discutindo questões da criança, literatura e o uso das mídias, principalmente impressa e áudio visual.

Breve esboço da Literatura Infantil

 Fazendo um esboço da Literatura Infantil no Brasil, primeiramente sobre a Europa na Revolução Industrial, em que a Literatura Infantil surgiu como o reflexo das mudanças sociais e logo conforme Albino (2010) as crianças perderam o status de “adulto em miniatura” vinculado com o sistema medieval e passaram a ser reconhecidas como crianças e com grau de parentesco tendo um novo papel na sociedade, aonde era vista como um ser frágil, desprotegido e dependente.

Com a instituição da família patriarcal, ou família núcleo fez se necessário uma maneira de incorporar a criança nesse novo sistema, à medida que surgiram os brinquedos e os livros, nesse sentido surgiram também as escolas que para Lajolo e Zilbermann[3] (2007) colabora para a solidificação política e ideológica da burguesia, sendo um destino natural das crianças com a lógica de equipá-los para enfrentamento do mundo.

Um dos primeiros a escrever histórias para crianças, considerado por muitos um grande marco do século XVII temos Charles Perrault[4], sendo autor de inúmeras obras, contos como A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho entre outras.

Já no século XIX os irmãos Grimm[5] reescreveram algumas das obras de Charles Perrault, em que segundo Abramowicz (1998, p. 17) as obras de Perrault, não possuem um público específico, portanto os irmãos Grimm dão a essas obras uma conotação mais humana com finais felizes, conhecidas como “conto de fadas”.

Dentro da perspectiva social, econômica vemos que a criança, não tinha o direito de ser criança, já que não existia uma classificação por faixa etária, o que acabava por limitar o acesso à leitura, e muitas vezes partilhando de literatura adulta, mas que também era o privilégio de poucos, pois aqueles que estavam as margens da sociedade não tinham acesso a literatura.

Portanto o que percebemos é uma desvalorização da criança, a caracterizando como um adulto, pronta para contribuir com o grupo e/ou sociedade a que pertence. O trabalho infantil, nesse contexto não pode ser considerado, já que nesse período o termo infância não era reconhecido como uma fase e parte do desenvolvimento da criança.

A educação se viu no patamar em que poderia utilizar os contos de fadas em favor da educação das crianças e jovens. Essa visão tornou-se exclusivamente endereçada ao público infantil. No entanto, tal direcionamento já era apregoado na sociedade sem fins educativos, mas sim, moralizadores. No ano de 1970 já no Brasil surge um avanço nas histórias infantis das autoras Ana Maria Machado[6] e Ruth Rocha[7]. Só então, no século XX a leitura infantil passa ser valorizada como todos estavam preocupados com a busca do saber, da criticidade, pois a leitura produzia o ato de educar.

No Brasil a literatura seguia o padrão europeu, em que a literatura era destinada a classe burguesa e o grupo de adultos, até o reconhecimento da infância. Conforme Albino (2010, p.4) embora a literatura infantil tenha surgido no século XVIII, foi só no século XIX que com instituições envolvidas com educação infantil, se define os tipos de livros que agradam as crianças, determinando que histórias fantásticas, aventuras que retratem o cotidiano infantil são os principais exemplos para o gênero literatura infantil.

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