DESENVOLVIMENTO DA PRATICA SOCIAL PAPEL FUNDAMENTAL DA ESCOLA
Por: Mara Sallis • 29/8/2019 • Resenha • 961 Palavras (4 Páginas) • 286 Visualizações
Desenvolvimento da Prática Social como Papel Fundamental da Escola.
Sabemos que as dificuldades em sala de aula fazem parte do cotidiano de alunos e professores, e, que, o descaso é um tipo de violência que muitas vezes a própria escola não a percebe como tal, e com o passar do tempo só tende a se agravar (GARCIA, 2009, p.101). Entretanto, quando a violência interfere no processo de ensino e aprendizagem, precisa ser enfrentada para beneficio de toda a sociedade.
O mundo de hoje se encontra, em boa parte, mergulhado na violência e desagregação social, onde os jovens parecem não ter limites, e as pessoas vivem sobtensões cada vez maiores. Como reflexo dessa situação, nos últimos anos, a sociedade brasileira tem sido considerada uma das mais violentas do mundo, marcada por desigualdades, valorização do consumo, egoísmo, descrença no poder público, entre outras. Como a escola e a sociedade guardam entre si, estreitos laços e, podem, uma ou outra, serem concebidas como a resultante de uma relação de mão dupla, ela acaba incorporando, reproduzindo e refletindo vários aspectos da sociedade.
Por isso, a problemática da violência escolar tem se tornado um tema de grande preocupação e, um assunto cada vez mais frequente junto aos profissionais de ensino, dentre eles o professor, que muitas vezes vem passando por situações de conflitos em suas atividades dentro da escola, sem conseguir algum tipo de solução.
Barros (2012) informa que, a violência é um problema social que está presente nas ações dentro das escolas, e se manifesta de diversas formas entre todos os envolvidos no processo educativo. Isso não deveria acontecer, pois escola é lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos, sejam eles alunos, professores ou demais funcionários, entretanto o que vemos são ações coercitivas, representadas pelo poder e autoritarismo dos professores, coordenação e direção, numa escala hierárquica, estando os alunos no meio dos conflitos profissionais que acabam por refletir dentro da sala de aula. Assim,
A escola está precisando se atualizar, educar não é puramente transmissão de conhecimento, mas sim, um processo de convivência, onde incluem ações construtivas e transformadoras, que envolvem principalmente a promoção de princípios e valores sociais como: a tolerância, o respeito às pessoas, a defesa da paz e da convivência. Ela deve ser um local de troca, que busque uma igualdade de oportunidades dentro das diferenças, ou seja, que cumpra com a sua função de promover o processo de socialização, por meio de ações pedagógicas. Para Libâneo (1985, p.97): O ato pedagógico pode ser definido como uma atividade sistemática de interação entre os seres sociais, tanto no nível do intrapessoal, como no nível da influência do meio, interação essa que se configura numa ação exercida sobre os sujeitos, ou grupos de sujeitos, visando provocar neles mudanças tão eficazes que os tornem elementos ativos desta própria ação exercida educacionais que invistam positivamente nas potencialidades das crianças e jovens. . A prática social, é portanto, o ponto de partida e de chegada da ação pedagógica. Porém, a escola, passa nos dias de hoje, por uma crise relacionada à socialização, as suas relações interpessoais estão cada vez mais complexas, o que acaba gerando comportamentos, tanto por parte dos professores, como dos alunos, que podem acabar se transformando em algum tipo de violência.
Em contra partida Paulo Freire (Acervos, 1991) defende “Estamos acostumados a falar muito mal da escola e a reclamar dos nossos professores como se eles fossem os responsáveis por todos os males da humanidade. Mas é na escola que passamos os melhores anos de nossas vidas, quando crianças e jovens. A escola é um lugar bonito, um lugar cheio de vida, seja ela uma escola com todas as condições de trabalho, seja ela uma escola onde falta tudo. Mesmo faltando tudo, nela existe o essencial: gente. Professores e alunos, funcionários, diretores. Todos tentando fazer o que lhes parece melhor. Nem sempre eles têm êxito, mas estão sempre tentando. Por isso, precisamos falar mais e melhor de nossas escolas, de nossa educação. A escola é um espaço de relações. Neste sentido, cada escola é única, fruto de sua história particular, de seu projeto e de seus agentes. Como lugar de pessoas e de relações, é também um lugar de representações sociais. Como instituição social ela tem contribuído tanto para a manutenção quanto para a transformação social”.
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