Desafios da inclusão

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE- FURG

SISTEMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA DIVERSIDADE

Lidia Maria Borges da Silva

DESAFIOS DA INCLUSÃO

Santa Vitória do Palmar

Agosto/2011

LIDIA MARIA BORGES DA SILVA

DESAFIOS DA INCLUSÃO

Trabalho apresentado à Universidade Federal do Rio Grande, no Curso de Pós Graduação em Educação de Jovens e Adultos na Diversidade, solicitado pela Disciplina EJA e o mundo do trabalho ministrada pela professora Caroline Terra de Oliveira.

     

SANTA VITÓRIA DO PALMAR

Agosto/2011

DESAFIOS DA INCLUSÃO

TEMA

 A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS e ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: DESAFIOS E AVANÇOS DO INGRESSO E PERMANÊNCIA NA ESCOLA

LOCAL DA PESQUISA

Para a realização desse projeto de pesquisa, será observada uma turma de alfabetização no Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Marechal Castelo Branco.

A Escola situa-se na Rua General Osório, nº2347, foi fundada no ano de 1972 e, até o momento passou por várias reformas e hoje é uma das maiores escolas do município.

Durante levantamento de dados com a gestão atual, formada pela diretora Professora Roseti Mendes Souza, e equipe pedagógica professoras Maria de Fátima Gonçalves Piriz e Lara Leoneti Segóvia, foram elencados os objetivos da escola que estão citados abaixo:

*Promover a educação para todos.

*Elevar o desempenho dos alunos.

*Fortalecer a participação dos pais na escola.

*Promover e acompanhar o processo de inclusão.

*Dinamizar a gestão escolar.

Apesar desses objetivos se vincularem a educação para todos, ao processo de inclusão, percebe-se uma ruptura entre o ensino fundamental e a educação de jovens e adultos já que a escola é preparada para crianças e adolescentes em idade regular de ensino quanto aos jovens e adultos fica o mesmo preparo.

No caso da turma na qual estou realizando as observações, essa realidade é  bem evidente, trata-se de uma turma de alfabetização a qual é composta por oito alunos dentre os quais estão alunos de inclusão com necessidades educacionais especiais, (baixa visão, deficiência mental, deficiência física associada a deficiência mental).

 Para atender a esse grupo de alunos de características tão particulares, há duas professoras sendo uma a regente da turma e a outra auxiliar desses alunos com necessidades educacionais especial, contudo não há uma preparação nem das profissionais envolvidas nesse processo, muito menos da escola.

Durante o turno noturno, no qual funciona a EJA, há apenas duas turmas a alfabetização e uma multiseriada que atende as demais séries do ensino fundamental

JUSTIFICATIVA

iveram na escola na época adequada, simplesmente porque não era lugar para elas, e agora, estão procurando recuperar um tempo precioso que conscientemente sabemos ser muito difícil de recuperar simplesmente pelo fato de que quanto mais o tempo passa sem uma estimulação constantemente, mais lento e difícil será seu aprendizado, percebemos a importância do papel da EJA nessa jornada de conquistas, derrotas, desafios e avanços.

Nesse âmbito creio que o real desafio é esse: Após o acesso, como manter esses alunos na Escola respeitando suas limitações? Já que todos, uns mais outros menos, necessitam dessa diferenciação dos demais alunos.

            Por isso é inquietante desvelar, como será viabilizada a permanência na Escola de alunos que tem a aprender muito mais o que a Escola ensina na subjetividade, nas entrelinhas do processo de aprendizagem formal do que o ensinado na objetividade escolar, no processo mecânico de leitura e escrita, de reconhecimento numérico e cálculo?

Nesses pontos chaves se alicerça o meu interesse por esse tema, pois considero que a inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais às Escolas está na moda, uma moda que precisa se acimentar nos princípios da igualdade de direitos e oportunidades, no respeito às individualidades e as particularidades de cada um.

O interesse pelo acesso e a permanência de alunos com necessidades educacionais especiais na educação de jovens e adultos tem aumentada consideravelmente levando em consideração que a palavra de ordem da atualidade é a preocupação com a real inclusão dessas pessoas na sociedade.

Entende-se então que jovens e adultos com deficiência tem o  mesmo direito de acesso a educação que os ditos “normais”,possuem o direito de se matricular e freqüentar uma escola regular, não diferente disso, a Educação de Jovens e Adultos tem o dever de  proporcionar-lhes o acesso a educação , a construção do conhecimento, mesmo que essa aprendizagem esteja nas entrelinhas do que a escola normalmente ensina.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:

Realizar um estudo observatório das metodologias e dos procedimentos pedagógicos utilizados durante o processo de escolarização de alunos com necessidades educacionais especiais na Educação de Jovens e Adultos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Focar o acesso das pessoas com necessidade educacional especiais, como minimizador de desigualdades sócias.

Identificar as maneiras possíveis de manter alunos com necessidades educacionais especiais na Escola, em especial na Educação de jovens e Adultos.

Viabilizar a permanência na Escola de alunos que tem objetivos diferenciados de aprendizagem.

PROBLEMA DE PESQUISA

Levando em consideração a Nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, que afirma que a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais deve perpassar todas as modalidades de ensino.