Didática Alternativa: Gestão Ambiental
Por: Vinicius Avila • 12/11/2016 • Dissertação • 1.101 Palavras (5 Páginas) • 258 Visualizações
Didática Alternativa:
Gestão Ambiental
Justificativa
Atualmente, presenciamos um sistema de ensino cada vez mais defasado e até mesmo, ultrapassado, tendo em vista que são usados modos de didáticas primitivos, que se tornaram presentes e comuns na sociedade, criando paradigmas que até hoje foram pouco discutidos. A escolha de uma metodologia de ensino, não se resume em uma opção técnica, mas uma decisão que envolve questões éticas e visões de homem e de mundo, tornando-se um caminho para a concretização de uma educação crítica e dialética. A partir desse ponto de vista, podemos observar de que cada área de ensino, ou seja, cada matéria necessita da abrangência de diferentes modos de metodologias de ensino para cada vertente apresentada na mesma, fazendo com que a aproximação entre o ouvinte, aluno e o professor, torne-se confortável, sem perder a essência da matéria em si.
Métodos que partem de situações reais ou se aproximam da realidade, estimulam o estudo constante, a independência e a responsabilidade do aluno, na própria ótica dos estudantes, afirma Maria José Sanchez Marin[1], graduada em Pedagogia Plena pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jales, que quando questionada sobre os aspectos das fortalezas e fragilidades no uso das metodologias ativas de aprendizagem, discute que o uso dessas metodologias contribui para a construção de uma lógica de cuidado mais ampliado e integral, estimulando os alunos e preparando-os para trabalhos em grupo, desenvolvendo capacidades de respeito, exposição de opiniões, críticas e contribuição para aproximação com o próprio tutor.
Ao expor essas características, há certo confronto com a didática de ensino que presenciamos hoje em dia, sabendo disso, Arthur W. Chickering e Zelda F. Gamson definiram sete etapas[2] para boas práticas em metodologias ativas. Estimular o contato entre estudantes e professores; Desenvolver reciprocidade e cooperação entre estudantes; Estimular a aprendizagem ativa; Dar feedback imediato; Enfatizar a utilização do tempo em tarefas; Comunicar altas expectativas; Respeitar diversos talentos e formas de aprender. Esses passos foram elencados como exposição de meios para tornar essas próprias metodologias ativas possíveis.
Metodologias Ativas em Gestão Ambiental: Sustentabilidade
Como esse trabalho visa expor alternativas didáticas para o curso de Gestão Ambiental, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades, seguiremos aqui apresentando algumas necessidades que se mostram aparentes na temática da Sustentabilidade, que será embasada para o molde dessas metodologias ativas.
“Os alunos não se sentem satisfeitos com o conteúdo apresentado, na temática da Sustentabilidade. As aulas deixam uma impressão abstrata. Desejamos um contato mais direto com o assunto, como aulas de campo e laboratórios, buscando maior contato com o mesmo.” NEVES, Larissa Camargo. Aluna de Gestão Ambiental, no 1º ano, em entrevista concedida.
Quando perguntados sobre as metodologias ativas na temática de Sustentabilidade, que é tão presente em Gestão Ambiental, ainda relevando sobre o que sentem falta sobre o mesmo, os alunos mostram-se desamparados, alienados à didática estrutural e primitiva que fora citada logo no início. A perspectiva global é de que essa eliminação de meios não sustentáveis, usuais por algumas pessoas, seja aumentada em uma escala internacional, de modo que grandes potências econômicas, possam agir como referenciais para os consumidores globais, assim o que as empresas hoje usam como diferencial para atrair clientes, usando as teorias retratadas como a ingerência de escolhas e arquitetura de escolhas, seja logo atribuída a todas variáveis comerciais, fazendo com que o consumidor apenas tenha por disponibilidade, produtos adequados as questões ambientais e que algo que é visto como diferencial, seja observado como um bem comum.
Observa-se que o tema de Sustentabilidade é cada vez mais presente, seja em questões corporativas empresariais ou até mesmo estudantis de pesquisa, sendo assim, aplicando características de maior enlace com o tema, numa metodologia ativa, como descrita parágrafos anteriores, é uma prioridade que deve tornar-se paradigma para capacitar profissionais com qualidade de ingerência, didática e que expõem ideias.
Discorrendo sobre aprendizagem ambiental, contornando características de metodologias ativas, Marlene Pagliaroni Becker de Barros[3], afirma que a cidadania ambiental e a cultura de sustentabilidade serão necessariamente o resultado do fazer pedagógico que conjugue aprendizagem a partir da vida cotidiana, espaço privilegiado de aprendizagem. Mediar espaços para promover a aprendizagem significa envolver-nos no processo de compreensão e expressão do mundo através de práticas cotidianas que, de forma permanente e intencionada, torna possível o desenvolvimento de nossas próprias capacidades. Sendo assim, uma abertura e aproximação entre tutores e estudantes, abrangendo técnicas de design thinking como didática, tornam-se termos que se mostram ausentes na temática de Sustentabilidade, quando ligados às metodologias ativas de ensino, quebrando paradigmas sociais e escolares, de que o modo de aprendizagem que molda como configuração padrão, professor à frente e alunos sentados, apenas ouvindo, é tão eficiente. É repugnante dizer que isto não é eficaz, porém, a mesma característica é empírica quando se afirma que outra forma didática, dessa vez mais ativa, não trará ganhos.
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