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Discurso- aula de estrategias de comunicação oral

Por:   •  18/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  570 Palavras (3 Páginas)  •  226 Visualizações

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Boa Noite, caros Colegas!

Acadêmica do 6º semestre de Licenciatura em Pedagogia, decidi escolher este tema devido a minha afinidade com este assunto e pela preocupação com a realidade que encontramos hoje em dia na educação quando se trata de trabalhar nas escolas com a inclusão de crianças com necessidades especiais.

Pode-se dizer que em muitas escolas o que falta para trabalhar com a inclusão é o preparo do professor perante o aluno. Muitos nem se preocupam em buscar o conhecimento e simplesmente deixam a criança de lado, sem dar sequer um suporte e sem pensar em fazer a diferença, fazendo com que a inclusão vire exclusão em muitos casos.

O meu interesse pelo tema decorreu do fato de eu ter feito um estagio em uma escola em 2014. Tratava-se de uma escola municipal, e fui chamada para ser auxiliar de uma menina com paralisia cerebral. Alem disso, ela era cadeirante e estava no primeiro ano. Fiquei apavorada, pois nunca havia trabalhado com um criança com essas dificuldades e, o mais difícil, não tinha nenhum conhecimento ou estudo para trabalhar com ela. Nessa época eu estava passando por vários momentos ruins, pensava em morrer, não tinha vontade de fazer nada, mas quando vi aquela menina, naquele estado comecei a mudar meu pensamento.

Vi que apesar de eu estar doente, de não gostar da minha vida, existiam pessoas com problemas muito maiores que os meus. No início confesso que fiquei bem assustada, porém com o passar dos dias fui me adaptando. Ela era incrível, e por mais que houvesse problemas motores, tinha uma inteligência e uma vontade de aprender enorme.

Foi daí em diante que comecei a procurar na internet quais atividades eu poderia exercer com ela, pois a única coisa que ela fazia em aula era brincar com massinha de modelar. Nem porque até os professores sabiam como trabalhar com ela. Em busca de material, comecei a fazer com ela trabalhos educativos, como o alfabeto, onde ela falava a letra, identificava alguma palavra com a mesma letra e pintava com a cor que ela queria.

Nos intervalos ela não tinha acesso ao parquinho. Até que um dia decidi tirá-la da cadeira e levá-la no colo até o parquinho, onde ela conseguiu juntamente com o meu auxilio, andar de balanço, brincar na areia e sentir a grama. Conforme os dias iam se passando, tanto para ela quanto para mim acontecia um novo aprendizado, uma nova etapa que se concluía.

Posso dizer que foram 2 anos extremamente brilhantes e especiais para mim, período em que pude me reerguer e tentar fazer a vida de uma criança mais feliz. Se no início ela não ria, no fim dava gargalhadas, queria brincar com os outros colegas e acima de tudo fazer as atividades como os outros coleguinhas faziam.

Portanto, pude perceber que se o professor buscar recursos e materiais de apoio ele consegue fazer do aluno uma criança como as outras, Claro que o professor terá um pouco de dificuldade, mas essa dificuldade será menor do que se ele deixá-la distanciada de tudo.

A melhor sensação nesses 2 anos em que estive lá era quando ela ficava feliz por estar junto com os coleguinhas e acima de tudo poder fazer as mesmas coisas que eles, mesmo sendo de uma maneira diferente.  

Para finalizar gostaria de dizer que...

Valorizem suas vidas e, quando houver um obstáculo procure tentar ultrapassá-lo, pois a recompensa vem sempre no final.

Obrigada pela atenção!

Att. Milena Bianchi

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