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EJA: HISTÓRIA E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Por:   •  25/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.484 Palavras (10 Páginas)  •  262 Visualizações

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EJA: HISTÓRIA E SUA IMPORTÂNCIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Alidine Pereira

Glaciane Gonçalves Ferreira

Joziane Simão Zucki¹

Geórgia Paula Martins Faust ²

        

RESUMO

Essa pesquisa trata-se sobre a história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no âmbito brasileiro e em Blumenau, constituindo-se da trajetória da EJA no Brasil, no século XX até nossos dias, discutindo as relações complexas entre as instituições não governamentais, movimentos sociais e os fatores ideológicos, políticos e sociais, que constituem essa história. O EJA significa Educação de Jovens e Adultos e visa levar educação as pessoas que não conseguiram finalizar seus estudos

Palavras-chave: História; EJA ; Educação.

1. INTRODUÇÃO

A educação de trabalhadores, até pouco tempo atrás não era tida como necessária. Houve muitas transformações no processo de trabalho e também no processo industrial, esse conceito mudou e surgiu a necessidade de estudo.

A educação de adultos das classes pobres sempre foi vista pela classe dominante como desnecessária, na verdade, o que se escondia por trás dessa ideia é que a educação seria subversiva e poderia criar indivíduos capazes de entender seu papel enquanto cidadãos, questionadores, insubordinados em uma sociedade pré-estabelecida.

A história da EJA no Brasil é uma história recente como veremos. O desenvolvimento industrial e a reorganização do processo do trabalho, iniciou-se uma mudança de postura e interesses da elite em relação à formação do trabalhador. Houve então uma valorização da educação de adultos, buscando a capacitação profissional desses trabalhadores. Desde então novas iniciativas têm surgido a fim de garantir uma metodologia adequada a discentes com esse perfil.

2. A HISTÓRIA DA EJA NO BRASIL

Na época da colonização do Brasil, poucas escolas existiam e era privilégio das classes média e alta, seus filhos tinham acompanhamento escolar na infância, por isso não havia alfabetização para jovens e adultos, e a classe pobre pouco tinha acesso à alfabetização e quando recebiam era de forma indireta.

A educação no Brasil iniciou com o término dos regimes das capitanias. No período colonial, a educação escolar teve três fases: a primeira foi o predomínio dos jesuítas, as segundas foram às reformas do Marquês de Pombal e a terceira foi o período que o rei de Portugal Dom João VI trouxe a corte para o Brasil.

No período colonial a educação de jovens e adultos foi de forma desorganizada, também nessa época não havia constatado iniciativas governamentais significativas.

A primeira constituição brasileira foi concedida após a proclamação da Independência e no seu artigo 179 estabelecia que a “instrução primária era gratuita para todos os cidadãos”; mas não favorecia as pessoas pobres, porque elas não tinham acesso ao ambiente escolar, ou seja, a escola era direito de todas as pessoas, mas nem todas tinham acesso.

A constituição de 1934 não teve bom resultado, pois o então presidente do Brasil Getúlio Vargas tornou-se ditador através do golpe militar e criou um novo regime chamado “Estado Novo”, estabelecendo uma nova constituição escrita por Francisco Campos.

Em 1937, foi criada a constituição estabelecendo o objetivo de favorecer o Brasil, tirando Getúlio de suas responsabilidades. Com isso, a população que não possuía educação tornou a sociedade mais capaz de aceitar os impostos criados pelo governo, e esta mesma constituição não possuía interesses críticos, mas buscava o favorecimento do ensino profissionalizante, na época era melhor capacitar os jovens e adultos para trabalharem nas indústrias brasileiras.

No Brasil, Paulo Freire foi o principal precursor da alfabetização de jovens e adultos e também lutou pelo fim da educação elitista. Freire estabelecia o objetivo de uma educação democrática e libertadora, partindo da realidade e da vivência dos educandos.

No regime militar, surgiu um movimento para alfabetização de jovens e adultos, na intenção de eliminar o analfabetismo, chamado de MOBRAL. O método era focado para as pessoas lerem e escreverem e tinha a metodologia semelhante à de Paulo Freire com codificações, cartazes com famílias silábicas, quadros e fichas, mas não utilizava o diálogo de Freire e não se preocupava com a formação crítica dos educandos.

A história da educação de jovens e adultos é recente, durantes anos a única forma de alfabetização eram as escolas noturnas, e muitas delas eram grupos informais, onde algumas das pessoas já tinham o domínio de lerem e escreverem, assim transferindo para outras pessoas. No início do século XX, com o desenvolvimento industrial começa lentamente a valorização da EJA.

Com o processo de industrialização começou a gerar a necessidade de mão de obra especializada, criando nessa época as escolas capacitadas em jovens e adultos. A população da zona rural migrou-se para os centros urbanos aonde localizavam as indústrias. Chegando aos centros urbanos surgiu a necessidade da alfabetização dos trabalhadores e isso contribuiu na criação das escolas para jovens e adultos.

Outro fator para o aumento da criação das escolas da EJA foi à necessidade de aumentar a base eleitoral brasileira, pois só podiam votar os homens alfabetizados. O governo lançou a primeira campanha de educação para adultos na década de 40, tinha como proposta alfabetizar os analfabetos em três meses houve críticas e elogios à campanha. Com isso, é nítido que a EJA passou a ter uma estrutura mínima de atendimento. Paulo Freire foi o responsável para desenvolver e organizar um programa de alfabetização de adultos quando foi o fim desta primeira campanha, mas com o golpe militar o trabalho de Freire foi visto como ameaçada para o regime; assim a EJA volta a ser controlada pelo governo que criou o MOBRAL.

A Lei de Diretrizes de Bases da Educação (LDB 5692/71) implantou o ensino supletivo e nesta lei um capítulo foi dedicado ao EJA. No ano de 1974, o MEC criou a implantação dos CES (Centros de Estudos Supletivos), nestes centros tinham influências tecnicistas devido à situação do Brasil naquele momento.

O MOBRAL no ano de 1985 chegou ao fim e no lugar surgiu a Fundação EDUCAR que apoiava financeiramente e tecnicamente as iniciativas de alfabetização. Na década de 80, começaram várias pesquisas sobre a língua escrita que refletia na EJA. Com a constituição de 1988 o governo brasileiro ampliou o dever com a Educação de jovens e adultos.

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