ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Acadêmicos XXX

Tutor: XXX

Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI

Licenciatura em Pedagogia (PED XXX) – 7º Período

20/11/2016

RESUMO

Questões que se destacam e que passam pelo enfoque histórico-social da matemática desde os primórdios da humanidade, a didática utilizada no ensino da matemática nas séries iniciais e início da vida escolar da criança, que influenciará em todos seus anos de estudo. São também considerados os PCN’s de matemática como documentos norteadores do ensino no que tange as competências a serem alcançadas no processo de ensino e aprendizagem nas séries iniciais, a forma de ensinar adição e subtração e a metodologia adotada e aplicada na prática, assim como a relação existente entre a música e a matemática e as vantagens cognitivas para o ensino oriundas da associação de ambas.

Palavras-Chave: Matemática. História. Didática. Metodologia. PCN.

 

1. INTRODUÇÃO

        Através dos tempos a matemática vem passando por alterações que a faz ter um sentido e um significado real e mais claro na vida das pessoas. Ela deixa o cenário engessado de sala de aula, onde o professor detinha o conhecimento e dava somente aulas expositivas baseadas em repetições, e migra por várias fases evoluindo até a matemática dos dias atuais, que visa a aquisição de competências básicas necessárias para o dia a dia do cidadão e sua vida prática.

        No processo de ensino e aprendizagem com esta nova matemática o aluno tem um papel ativo na construção do seu próprio saber e constrói, com o suporte do seu professor, o seu conhecimento, aprendendo através da resolução de problemas matemáticos vividos no cotidiano, tendo assim um aprendizado e uma apreensão e absorção de conhecimento muito mais efetivo e concreto do que tinha antes.

Dentro desse universo matemático, a didática, a metodologia e os documentos norteadores, são de suma importância para que essa nova matemática aconteça e funcione sem que os alunos se sintam amedrontados, intimidados ou incapazes de compreender e absorver os conhecimentos, reações comuns diante desta disciplina.

Assim, passando pela história, métodos, leis e opções criativas como a música, a criança é incentivada a raciocinar, considerar hipóteses, construir respostas, interpretar e se comunicar matematicamente.

2.  A MATEMÁTICA

2.1. A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA

Desde os primórdios o ser humano utiliza os números e cálculos para facilitar sua vida, resolver seus problemas, mantendo registros dos gados e dos bens que possuíam. Acredita-se que os  primitivos faziam ranhuras em objetos como ossos, madeiras, galhos e desenhos em cavernas, usava os dedos das mãos e dos pés para representar conjuntos, outrora utilizavam pedras para contar e ter controle dos animais, surgindo assim a palavra cálculo, que em latim significa “contas com pedras”.

Em virtude das grandes modificações e avanços que ocorrem na humanidade, esta ciência sofreu transformações e evoluções ao longo do tempo, como coloca Boyer (2010, p.01):

É claro que a matemática originalmente surgiu como parte da vida diária do homem, e se há validade no princípio biológico da “sobrevivência dos mais aptos” a persistência da raça humana provavelmente tem relação com o desenvolvimento de conceitos matemáticos. A princípio as noções primitivas de número, grandeza e forma podiam estar relacionadas com contrastes mais do que com semelhanças – a diferença entre um lobo e muitos, a desigualdade de tamanho entre uma sardinha e uma baleia, a dessemelhança entre a forma redonda da Lua e retilínea de um pinheiro.

E, sobre a matemática, seu surgimento e desenvolvimento cabe ressaltar as contribuições dos povos egípcios, romanos, mesopotâmicos e gregos, devido às suas grandes influências para todas as épocas e gerações.

Os egípcios que viviam nas proximidades do rio Nilo tinha como fonte de sobrevivência e sustentação a agricultura, a autoridade maior eram os faraós, que ocupavam lugar de prestígio e poder social, suas escolhas se davam através de divindades. O rio era tido como um desses deuses, temidos por todos. Por meio dos faraós aconteciam a distribuição das terras férteis e seus recursos, propiciando o surgimento da matemática, usada nas construções de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de astronomia.

Os seus conhecimentos matemáticos foram passados por meio de calendários solares  elaborados com base na inundação anual do Nilo (que ocorria depois que a estrela Sirius se levantava logo antes do sol), registros em pedras através da escrita hieroglífica (conjunto de símbolos para representar números, inventada por eles mesmos) e mais exato ainda no Papirus de Rhind (ou Ahmes) que descreve os métodos de multiplicação e divisão dos egípcios:

Os numerais e outros assuntos no Papiro de Rhind não são escritos na forma hieroglífica descrita acima, mas numa escrita mais cursiva, melhor adaptada ao uso de pena e tinta sobre folhas de papiro preparadas e conhecida como hierática (“sagrada”, para distingui-la da demótica ou popular, ainda posterior). A numeração continua decimal, mas o tedioso princípio repetitivo da numeração hieroglífica foi substituído pela introdução de sinais especiais para representar dígitos e múltiplos de potências de dez. (BOYER, 2010, p.08)

         

FIGURA 1- ESCRITA HIEROGLÍFICA  EM PEDRA

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FONTE: http://www.historiadigital.org/atividades/escreva-seu-nome-em-hieroglifo/

Os gregos antigos desenvolveram vários conceitos matemáticos atribuídos também aos grandes filósofos Sócrates, Platão e Aristóteles. Já os primeiros avanços vieram através de Tales Mileto e Pitágoras de Samos. Matemática e filosofia representavam uma mesma linha de pensamento, em um ensino utilitário importantes para comerciantes menos favorecidos da época. Da Grécia surgiu o grande matemático Arquimedes de Siracusa que criou varias ferramentas para uso civil e militar, conseguia resolver problemas práticos e estreitou a relação entre a matemática e a mecânica.