O ESTAGIO ANOS INICIAIS ENSINO FUNDAMENTAL

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CAMILA HELENA MASSARO RA: EAD26338386

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SUMÁRIO

1        LEITURAS OBRIGATÓRIAS        7

2        PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)        10

3        ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC        12

4        ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA        15

5        CONHECER METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS        17

6        PLANOS DE AULA        19

CONSIDERAÇÕES FINAIS        22

REFERÊNCIAS        23

INTRODUÇÃO

O presente trabalho, estágio curricular adaptado ao Covid-19, tem como objetivo apresentar de forma bibliográfica através das leituras realizadas e dos vídeos assistidos, a importância do professor na educação infantil.

Será abordada a importância do papel que o professor tem no processo de ensino aprendizagem, e como isso influencia diretamente no desenvolvimento das crianças, incluindo importantes metodologias que estes devem implantar para que o processo seja alcançado de forma eficaz.

Também será apresentado o conceito e a relevância do projeto político pedagógico, um documento de grande importância, que contém diretrizes que irão ajudar o professor em suas práticas durante o ano letivo, a importância da atuação do educador e de sua relação com a equipe administrativa pedagógica, a abordagem dos temas transversais contemporâneos da BNCC ( meio ambiente, economia, saúde, cidadania e civismo, multiculturalismo e ciencia e tecnologias), bem como o uso de metodologias ativas de tecnologias digitais,  que estão presentes em nossa atualidade e não pode ficar de fora dos espaços escolares, e por fim, a apresentação de planos de aula a serem trabalhados na educação infantil.

1. LEITURAS OBRIGATÓRIAS

O presente texto da autora de autoria de Juliana Campregher Pasqualini, trata das relações entre desenvolvimento infantil e ensino na faixa etária de 0 a 6 anos através da perspectiva dos autores da psicologia histórico-cultural Vigotsky, Leontiev e Elkonin, identificando a concepção de desenvolvimento infantil e suas especificidades, dentro desse período escolar.

Desde a década de 1990 há um grande debate acerca da especificidade do trabalho pedagógico junto a faixa etária dos 0 a 6 anos, onde tentava-se delinear um uma identidade própria para esse segmento, atrelando a Educação Infantil a um caráter assistencial e também como estratégia de prevenção do fracasso escolar, com o intuído de preparar as crianças para o ensino fundamental, antecipando o ensino que os mesmos deveriam receber nos anos seguintes. Através desses debates, os pesquisadores chegaram a conclusão de que nesta faixa etária, deveria girar em torno de dois eixos, o binômio cuidar e educar tirando o foco principal do ensinar. De acordo com Cerisara (2004) o foco da Educação infantil, não estaria no processo de ensino aprendizagem, mas nas chamadas relações educativo-pedagógicas. Deste modo, segundo Rocha (1999) enquanto a escola tem o aluno como o sujeito, e o ensino como objetivo fundamental o ensino nas diferentes áreas, através das aulas, a creche e a pré-escola tem como objetivo as relações educativas travadas num espaço de convívio coletivo que tem as crianças até os 6 anos como sujeito.

Cerisara (2004) acredita que as relações educativo-pedagógicas deveriam ser o objeto principal das instituições de Educação Infantil e para Rocha (1999), essas relações são mais amplas que o processo de ensino-aprendizagem, o qual é um processo que privilegia o aspecto cognitivo, enquanto que as relações educativo-pedagógicas englobariam além da dimensão cognitiva, outras expressões como a expressiva, lúdica, criativa, afetiva, etc. Portanto acredita-se que nessa faixa etária o professor não deve ensinar e sim acompanhar, favorecer e estimular o desenvolvimento da criança.

Partiremos da hipótese de que os teóricos de Vigotski, Leontiev e Elkonin sus- tentam a defesa do ensino como elemento fundante do trabalho do professor que atua junto à criança de 0 a 6 anos. Sendo assim, qual deve ser o papel do professor que trabalha com a criança na primeira infância e idade pré-escolar e qual a relação entre ensino e desenvolvimento?

Para Vigotski (1995) é a sociedade que deve figurar em primeiro plano como fator determinante da conduta e do desenvolvimento humanos, isso porque o desenvolvimento cultural incorpora, transforma e supera a dimensão natural do desenvolvimento da criança. Partindo na mesma linha de raciocínio, Leontiev (2001) e Elkonin (1987), acredita que é necessário considerar-se, na investigação do desenvolvimento infantil, o vínculo entre criança e sociedade, ou o lugar que a criança ocupa no sistema das relações sociais em um determinado momento histórico. Vigotski (1996) afirma ainda que a situação social de desenvolvimento, ou seja, a relação que se estabelece entre a criança e o meio que a rodeia (que é peculiar, específica, única e irrepetível em cada idade ou estágio do desenvolvimento), é o ponto de partida para todas as mudanças dinâmicas que se processarão no desenvolvimento durante uma determinada idade ou período, determinando.

Vigotski (1995) pontua que o desenvolvimento infantil constitui uma dialética entre duas linhas genéticas – o desenvolvimento biológico e o cultural. Trata-se, portanto, de um processo único de formação biológico-social da personalidade da criança, mas não de uma simples “mistura” entre o plano biológico e o social. O autor acredita ainda que o desenvolvimento cultural se sobrepõe aos processos de crescimento e que a cultura é uma das principais influências para que ocorra o desenvolvimento mental, ela indica os caminhos e também as peculiaridades da sua conexão com o mundo.