EXERCICIO PRÁTICA AUTORITÁRIA EM EDUCAÇÃO

EXERCICIO PRÁTICA AUTORITÁRIA EM EDUCAÇÃO

SÃO PAULO

2016

FOLHA DE RESPOSTAS

1- Ao tratar da questão do autoritarismo, Paulo Freire afirma que: “O autoritarismo do educador não se manifesta apenas no uso repressivo de autoridade, que restringe arbitrariamente os movimentos dos educandos. Manifesta-se igualmente num sem número de oportunidades. Na vigilância doentia sobre os educandos, na falta de respeito à sua criatividade, à sua identidade cultural. Nesse contexto o educando é reduzido à memorização mecânica do que o professor deposita nele.” (Paulo Freire, 2001).

1. O texto acima aponta para alguns aspectos da prática autoritária em educação. Dê dois exemplos de situações de sala de aula onde as formas de manifestação do autoritarismo mencionadas no texto podem estar presentes no cotidiano escolar.

Exemplo 1: Ao invés de reconhecer o educador como autoridade legítima tal como um mediador para o crescimento intelectual, em uma dada aula de História, após ter aberto para as questões, o professor gritou com o aluno, o menosprezando em relação aos demais, pelo fato de sua resposta não ter sido correta. O aluno por sua vez, se vê diante da alternativa de obedecer, calar-se devido ao sentimento de medo pelos abusos de autoridade ou rebelar-se, sofrendo com os futuros estigmas, tais como supressão da autonomia, do desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e da liberdade de expressão, desgosto pela disciplina História, inferioridade, entre outros, que possivelmente lhes causarão transtornos até a sua vida adulta.

Exemplo 2: Em uma sala de Ensino Fundamental, cujos alunos apresentam a idade de 06 a 07 anos, a professora determina que estes não devam trocar de lugares, assim, permanecerão nas carteiras que lhes indicou no decorrer do ano letivo para evitar as “conversas paralelas e a desordem”, afinal, segundo ela, eles não se encontram na Educação Infantil, bem como a partir de então, deverão escrever com canetas esferográficas no caderno, nas provas e atividades. Contudo, tais crianças deverão permanecerem caladas, sem a interação e o fato de escrever de caneta impera um sentimento de que não podem errar, tal como se seus alunos, tivessem alcançado a maturidade.

1. Cite dois exemplos de situações de sala de aula nas quais o professor não atua de forma autoritária.

Exemplo 1: Partindo pelo primeiro exemplo da questão anterior, um professor de História, deverá construir o conhecimento de forma significativa coletivamente, por meio da dialética, interação, incentivando e despertando junto aos alunos o senso crítico, de modo que os permita a questionar, a debater, a refletir, a respeitar e cooperar uns ao outros, por mais que as respostas não foram convincentes, ou bem estruturadas, portanto, o que é absorvido de forma significativa é internalizado, permitindo o aperfeiçoamento cognitivo, intelectual do individuo.

Exemplo 2: A professora, no entanto, sem mínima preparação e vocação, não percebe que diante dela, no primeiro ano do Ensino Fundamental, cujos alunos apresentam a idade de 06 a 07 anos, são apenas crianças, não percebe que a integração, o diálogo, ou seja, a socialização com os colegas são imprescindíveis para o desenvolvimento geral do aluno e que se é possível manter a disciplina da turma, dar aula e conquista-los, sem o terror e exigências absurdas de caráter punitivo, afinal, ainda se encontram em fase de descobertas, fase para que possam incentivá-los a autoconfiança e a criatividade, explicar os limites e o respeito ao próximo, por meio da ajuda de uns aos outros, participação e cooperação mútua. Contudo, a maturação está ligada ao desenvolvimento biológico do corpo das crianças, tais como alongamento de ossos, aumento de peso e etc. e o desenvolvimento está relacionado ao burilamento da intelectualidade, à linguagem, ao raciocínio, a atenção, a memória, ao afeto e etc., assim o fato de escrever de caneta ocorrerá quando despertar o preparo e interesse por parte dos alunos.