Educação Inclusiva: Rompendo Paradigmas
Por: Denise Andrade • 7/9/2015 • Artigo • 2.998 Palavras (12 Páginas) • 329 Visualizações
Educação inclusiva: Rompendo paradigmas
Denise de Andrade1.
Orientador(a):ProfªMestre Rita Gonçalves2
Resumo: Esteartigosepropõe a discutir a relevância do tema inclusão escolar, que não se limita apenas a população dos portadores de necessidade educacionais especiais, mas também as famílias, os professores e a comunidade, na medida em que visa construir uma sociedade mais justa e consequentemente mais humana.Como metodologiafoiusadaentrevistasemiestruturadanaqualforamouviddos professores que atuam com alunos com necessidades educativas especiaisdeuma escoladeEJA(EducaçãodeJovens eAdultos)emPrado Ferreira-Pr.Umdos aspectos discutidosnesteartigotange à caracterização e percepção de professores do ensino regular. Conclui-seapontando que a educação destinada a alunos com necessidades especiais baseia-se fundamentalmente em proporcionar aos alunos com necessidades educacionais especiais e aos demais alunos da classe, condições de aprendizagem acessível e para todos.
Palavras-chave: Educação, inclusão, necessidades, legislação.
Pinhais, 2014.
1Pedagoga,pós-graduanda em Educação Especialpela[pic 2]
Faculdade de Pinhais – FAPI . E-mail: denise_andrade31@hotmail.com
2 Titulação do(a) orientador(a).E-mail: e-mail do(a) orientador(a)
- Introdução
A relevância do tema inclusão escolar não se limita apenas a população dos portadores de necessidade educacionais especiais. A inclusão educacionalnão é somente fator que envolve essas pessoas, mas também as famílias, os professores e a comunidade, na medida em que visa construir uma sociedade mais justa e consequentemente mais humana.
A convivência com a comunidade como um todo visa ampliar as oportunidades de trocas sociais, permitindo uma visão bem mais nítida do mundo. Quanto mais cedo for dada a oportunidade de familiares em grupos diferentes, melhores e mais rápidos serão feitos os processos de integração.
Dessa maneira, o sentimento de mutua ajuda far-se-á quase naturalmente e num tempo surpreendente mais rápida, fazendo do ambiente escolar o principal veiculo para o surgimento do verdadeiro espiritode solidariedade, da socialização e dos alicerces dos princípios de cidadania. Como todo ser humano, a possibilidade de acesso ao conhecimento da cultura universalcontribuirá para que suas habilidades e aptidões sejam desenvolvidas.
O principio da inclusão é um processo educacional que busca atender a criança portadora de deficiência na escola ou na classe de ensino regular. Para que isso aconteça, é necessário o suporte dos serviços da área da educação especial por meio de seus profissionais. A inclusão é um processo inacabado que ainda precisa ser frequentemente revisado.
A pesquisa empírica de cunho qualitativo é um instrumento valioso para esta revisão, serãoanalisadas algumas opiniões de professores, sobre este modelo que nos direciona a uma educação que deve ou deveria valorizar a diversidade das manifestações humanas.
Os movimentos de educação inclusiva
No conjunto das ações desenvolvidas e que temcomo consequência a Educação Inclusiva, pode-se constatardois movimentonascido historicamente de maneiras distintas. A Educação Inclusiva,que vem sendo divulgada por meio da educação Especial, teve origem nos Estados Unidos quando a Lei Publica 94.142, de 1975, resultados dos movimentossociais de pais de alunos com deficiência que reivindicavam acesso de seus filhos com necessidades educacionais especiais as escolas de qualidade(STEINBECK, 1999).
Enquanto este movimento crescia na América do Norte, ao mesmo tempo, o movimento que reconhecia a diversidade e o multiculturalismo como essência humana começou a tomar forma e ganhar força na Europa em decorrência das mudanças geopolíticas ocorridas nos últimos 40 anos do século XX. “Umas das consequências deste ultimo movimento foi em 1990, o Congresso de Educação para Todos”, em Jontien, na Tailândia, que tinha como proposito “a erradicação de analfabetismo e a universalização do ensino fundamental tornarem-se objetivos e compromissos oficiais do poder publico, perante a comunidade internacional’ (BRASIL, 2000, p. 20)”. Nascia um movimento de inclusão mundial.
Desse compromisso foi natural que profissionais se mobilizassem a fim de promovero objetivo da educação para todos, examinando mudanças fundamentais de política necessária para desenvolver a abordagem da Educação Inclusiva, nomeadamente, capacitando as escolas para atender todas as crianças, sobre tudo as que têm necessidades educativas especiais. ( Brasil,1994, p.5 )
Uma nova concepção de currículo
Como no ensino Mantoan (2003) não se pode encaixar um projeto novo, como é o caso da inclusão, em uma velha matriz epistemológica. Segundo a autora “(...) ainda vigora a visão conservadorade que as escolas de qualidade são as que enchem as cabeças dos alunos com datas, formulas conceitos justapostos, fragmentados.” (p. 61/2).
A escola inclusiva, numa dinâmica promissora, busca a reorientação curricular, propondo uma novaforma de abordar os conteúdos curriculares no cotidiano escolar. O planejamento curricular coletivo pode acontecer por áreas, ciclos ou assuntos de interesse comum. Esta ação da escola desloca o enfoque das sequencias logicas, hierarquização de conhecimento do currículo e sua função. Tal concepção propõe a revisão dos conteúdos e suas prioridades, objetivos.
A importância da inclusão educacional
Entre os diversos motivos relevantes da inclusão educacional da pessoa portadora de deficiência, destacam-se os princípios da justiça e igualdade considerando que todostem direito a oportunidade de acesso a educação, nas mesmas condições. A observância deste preceito propiciara aos deficientes físicos uma participação social integrada aos demais membros de sua comunidade.
A educação inclusiva tem sua historia influenciada por dois marcos importantes. O primeiro se deu em março de 1990, quando foi realizada em Jontien na Tailândia, a Conferencia Mundial de Educação para Todos, com a proposta da CEPAL/UNESCO: educação e conhecimento, em que o objetivo foi examinar o encaminhamento e enfrentamento da exclusão escolar. O segundo se deu no ano de 1994 na ocasião em que foi realizada uma Conferencia na Espanha, em Salamanca, em que foi elaborado a Declaração de Salamanca, sobre as necessidades educativas especiais: acesso e qualidade. Tal documento enfatiza, entre outras questões, o desenvolvimento de uma orientação escolar inclusiva. (ROSA, 2008).
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