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Educação Sexual: Uma lacuna no ensino aprendizagem

Por:   •  17/6/2017  •  Artigo  •  3.041 Palavras (13 Páginas)  •  333 Visualizações

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Sexualidade: uma lacuna no ensino-aprendizagem

Rita de Cássia Ferreira Serra

rita_serra36@hotmail.com

Marilda Rabelo Ribeiro do Valle

marildavalle@yahoo.com.br

 

RESUMO

Escrever um parágrafo em itálico

Palavras-chave:

Sexualidade, educação, professor

ABSTRACT 

Escrever o resumo em inlglês, em itálico

Key-words:

Palavras-chave em inglês, em itálico

Introdução

           Apresentar o tema com as palavras do aluno.

        Escrever quais são os objetivos gerais e específicos.

        Escrever a problematização, as hipóteses, os questionamentos do texto.

              Explicar a justificativa do tema.

        Escrever a metodologia que será utilizada e os autores que serão referenciados.

        Finalizar com a chamada de cada parte do artigo.

        (Nesta parte não poderá haver citações).

Sexualidade no desenvolvimento cognitivo e psicossexual da criança

Assim como os adultos, as crianças são seres abertos e estão em constantes relações com o meio, trocando sensações desde muito cedo. Um simples contato físico já é algo prazeroso para elas. Segundo Suplicy (1999), muitos afirmam que a “criança não tem sexo”, porém, estas já nascem sexuadas (p.12)

A sexualidade é um componente essencial na vida de qualquer ser humano, sendo indispensável na formação da criança.

A formação da personalidade começa logo na primeira infância, é a partir daí que a criança vai desenvolvendo seus desejos, suas vontades e sensações, com interferência de seus genitores. “Os primeiros anos de vida são os mais significativos na formação da personalidade humana. Essa fase será fundamental na determinação do desenvolvimento físico, intelectual e emocional do adulto” (SUPLICY,1999,p.30).

Freud (1986), pioneiro na reflexão sobre a sexualidade, estabelece uma maneira de compreender os motivos do comportamento humano. Segundo este autor, as crianças não são seres assexuados; não considerada a sexualidade somente como um contato sexual entre adultos, mas sim como uma forma de necessidade, de prazer, de vontade e satisfação, conectados a uma energia vital em que denominou de libido.

É importante salientar a diferença entre instinto e pulsão, uma vez que ambos desencadeiam necessidades, vontades de suprir algo. Porém, o instinto tem origem animal; é a manifestação de um comportamento herdado, ou seja, seus estímulos são mais específicos. Já a pulsão origina da energia psíquica; uma vez que é relacionada com as três estruturas da mente (id, ego e superego) direciona a maneira como essa pulsão será manifestada. Portanto, quanto maior for a energia armazenada no interior de seu corpo, maior será o descarregamento da mesma.

Essa ideia de pulsão nos transmite uma relação de impulso, em que o ser humano utiliza de suas energias psíquicas para atingir seu desejo.

Freud (1986) observou que desde a primeira infância a criança direciona seu comportamento para alguma parte de seu corpo, através da energia sexual (libido); esta vai se desenvolvendo na medida em que a criança passa pelos cinco estágios/fases: oral, anal, fálica, latente e genital.

“A medida que um bebê se transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como estes desejos são satisfeitos” (FREUD,1986,p.12).

Desde os primeiros dias de vida, o bebê vai em busca do seio materno por questões de sobrevivência, porém, essa ação vai além de satisfazer sua fome.

É o que Freud (1986), denomina de estágio do desenvolvimento oral, que ocorre até por volta dos dois anos de idade. Existe nesta pequena ação, uma forte fonte de prazer, em que a boca da criança é o foco dessa exploração e a fonte de satisfação; nesta fase a criança começa a vivenciar o erotismo. Deve-se dar uma atenção peculiar em questão a amamentação, para ser realizada de maneira afetuosa.

É por meio desse contato que se desenvolvem as sensações entre mãe e filho, ou seja, através do seio materno a criança sacia os dois desejos: a alimentação e o prazer sexual.

Enquanto sente fome, a criança transmite dor e precisa que a mãe venha suprir com o alimento. Nesse contato físico há uma troca de calor, cheiro, afeto e a criança sente os batimentos da mãe; vai além da sobrevivência do bebê, pois trabalha seu funcionamento mental e deixa marcas em sua memória.

De acordo com Freud (1986), “Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, aninhada, acalentada e acariciada. No início, ela associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação” (p.13)

Por mais que a criança vai passando pelo processo de desmame, ainda há grande chance da mesma colocar objetos na boca como forma de satisfazer-se.

Logo nos seus dois a quatro anos, já se percebe o controle esfincteriano, denominado por Freud como fase anal. A criança demonstra um certo encanto em ir ao banheiro; passa a ter um controle sobre suas fezes e urina; essa é sua nova fonte de prazer. “A criança presta uma atenção especial à micção e à evacuação. O treinamento da toalete desperta um interesse natural pela autodescoberta” (FREUD,1986,p.13)

Nessa fase, as crianças adoram brincar com barro, massinhas, daí surge aquela motivação em ver suas fezes como fruto de sua própria criação. Nesse entusiasmo de emoções, acabam por oferecer suas fezes como presente a seus pais, ou então, na hora de dar descarga acenam e se despedem. Sentem-se felizes, pois têm em suas mãos o poder de controlar ou reter suas próprias produções; abanam sobre o nariz demonstrando um mau cheiro. Começam a ter noções de higiene, uma vez que são ensinadas que existe um lugar certo para fazer seu xixi e cocô.

Em torno dos três anos – indo até os seis anos, aproximadamente – a criança entra no que Freud denonima de estágio fálico, em que o órgão sexual feminino e masculino – pênis e clitóris – é a zona erógena principal.

O órgão sexual feminino, em si, não exerce fortes influências sobre a menina quanto o órgão masculino. O destaque maior é para o órgão masculino, pois o que importa é se a criança o possui ou não. A criança passa a perceber as diferenças nos órgãos sexuais, se possui pênis ou sente falta de um.

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