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Educação e Diversidade

Por:   •  11/5/2015  •  Resenha  •  2.665 Palavras (11 Páginas)  •  324 Visualizações

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EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

TEMA 1: MULTICULTURALISMO E EDUCAÇÃO

Como se dá o multiculturalismo na escola, no ambiente escolar hoje? O multiculturalismo faz parte da natureza das práticas educacionais, da teoria e também da política educacional.

Temos que o multiculturalismo está muito intrínseco em tudo o que acontece dentro da escola, que vai desenvolver o momento, o ambiente propício para que o docente possa trabalhar essa pluralidade de culturas dentro da sala de aula.

E o consenso maior que os estudiosos chegaram foi de que a escola deve reinventar a educação. A escola é responsável pela reinvenção, ora o oferecimento dos espaços, também do tempo em que possa ser compreendido mais intrinsecamente, mas detalhadamente o processo da educação como mudança na vida das pessoas.

Esse processo é uma busca do ensino e da aprendizagem significativos e desafiantes. Significar, prevê a cultura, a diferença, o docente vai ter que fazer uma leitura da cultura dos diferentes alunos que se tem dentro da sala de aula; e desafiar, significa que o professor tem que propor algumas atividades que estimulem o aluno a explorar a cultura e a diferença dos outros e também desvelar aquilo que é a sua cultura e sua diferença.

Temos então uma busca pelo significado e pelo desafio, por aquilo que passa sentido e pelo desafio e também, que é nessa busca, que vai se observar um descompasso entre a educação e a sociedade.

Como se dá esse descompasso? Primeiro não há experiência pedagógica desvinculada das questões culturais da sociedade. O que é falado na sala de aula, a experiência, as atividades, o trabalho docente, nunca pode estar desvinculado das questões culturais da comunidade em que o aluno vive, ou seja, a escola tem que ser vista como espaço de cruzamento de culturas, tanto da parte dos alunos, quanto da parte do professor.

Esse cruzamento de culturas muitas vezes é fluído e complexo e Às vezes tenso e conflituoso, então é um verdadeiro sinal de alerta; você como futuro docente deve estar bem preparado para esse sinal de alerta, de perigo que irá enfrentar quando for trabalhar essa questão das experiências pedagógicas dentro da escola, sempre voltada, vinculada com a questão da cultura do aluno.

O que há de novo nessa relação? É a consciência de que a prática educativa e o multiculturalismo estejam sempre atrelados às atividades educativas. Não podemos deixar a escola se transformar em um nicho de conteúdos e de saber, a escola tem que fazer com que esse nicho conteudista se exploda para dentro da escola e extravase os muros escolares, a ponto de extrapolar aquele saber que está dentro da escola, quanto receber o que esta extramuros, receber essa cultura através do aluno, através da visualização do seu aluno como também um ser coberto de cultura.

Porque esse problema está tão atual e discutido nas academias? Antigamente não se observava a discussão do multiculturalismo. É atual porque como formadores de opiniões daqui a um tempo, devem estar prontos para articular diferentes teorias, já no campo do currículo, para que se potencializem essas teorias nos seus aspectos políticos. O docente vai ser responsável por ofertar diferentes formas de pensar o conteúdo e diferentes formas de introduzir o multiculturalismo na escola.

Qual a diferença entre cultura escolar e cultura da escola? Para Gimeno Sacristán, o desafio de tudo isso é romper com o caráter homogêneo e mono cultural que existe na escola. Porque há uma diversidade (que será percebida a partir do momento do estágio) tremenda dentro da sala de aula e não é só uma diversidade religiosa, étnica, financeira; é uma diversidade total, completa e isso vai ser um desafio para propor atividades, porque vai ter que fazer com que todos os alunos possam entender que essas atividades existem; também há o respeito á realidade e as culturas humanas, vai perceber que a partir do momento que observar a diversidade, você passará a ensinar a cultura e observar o respeito e perceber que a escola tem que trabalhar com o multiculturalismo, é o lugar propício para o trabalho com o multiculturalismo.

Outros pensadores já fizeram esse cruzamento de culturas na escola. Perez Gómez, por exemplo, diz que a escola tem que buscar socialização e autonomia através do multiculturalismo e da aceitação da cultura do outro, da atividade e também há de ter um intercambio do aluno com o meio em que ele vive, o aluno e a sociedade de onde veio. O desafio é romper como os valores hegemônicos da cultura social, ou seja, romper com aquela coisa eletista que já está na escola, justamente para fazer com que as pessoas acreditem somente num determina conceito.

Para que haja a modernização de métodos e técnicas, segundo Veiga Neto, a escola não acompanha as mudanças, ou seja, ela está em crise, desenraizada da sociedade. O desafio da escola nova é fazer com que a escola acompanhe as transformações por que passa o mundo através das novas tecnologias.

Quais são as abordagens do multiculturalismo na América Latina e no Brasil? Há uma negação do outro por conta da nossa colonização (o outro era diferente, então, na colonização, o mais forte, o branco sobrepôs-se ao índio e ao negro), então há uma formação étnica de negação e valorização (ao mesmo tempo nega e valoriza algumas partes daquilo que foi a formação étnica brasileira) e há também, uma subordinação e exclusão de variados povos (principalmente os índios e negros) e por conta dessa subordinação, o negro e o índio, deixaram de existir por conta da cultura do branco, então essa foi a condição de colonização ma América Latina e no Brasil.

O multiculturalismo tem 3 tipos de abordagens:

A primeira é a abordagem descritiva que vai afirmar que toda sociedade é multicultural e que a questão multicultural depende de cada contexto histórico, político e sociocultural; também vai destacar o formato multicultural de cada sociedade específica. Essa abordagem somente vê, repara, observa e relata (vê, relata e descreve).

A segunda é a abordagem propositiva que entende o multiculturalismo como uma maneira de atuar, de intervir, de transformar a dinâmica social e vai elaborar estratégias pedagógicas para o trabalho com as relações culturais em cada sociedade; ela impõe que tome atitudes sobre determinadas observações.

A terceira é a abordagem assimilacionista que é um acesso diferenciado à educação e defende o projeto de uma cultura comum, de uma cultura idêntica a todos, de uma cultura hegemônica, onde haja homogeneização e participação de todos. Nesta abordagem, não existe igualdade de oportunidade. Para essa abordagem que defende a inclusão sem mudança no cerne da instituição, esta continua antiga e a cultura tem que ser igual, continua sem mudar conceitos, regras, conteúdos, ementas, currículos, mas tenta ser hegemônica e desse modo há uma certa implementação de estratégias do caráter compensatório, ou seja, a partir do momento em que todos passam a fazer parte da elaboração da estratégia de aprendizagem, de ensino e aprendizagem, há uma certa compensação (aquele que não aprende tanto, tem determinado tipo de tempo à mais), esse tipo de abordagem é muito perigosa.

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