Eja - Educação de Jovens e adultos
Por: MariPedagogia • 31/5/2015 • Dissertação • 538 Palavras (3 Páginas) • 685 Visualizações
Ninguém é analfabeto por opção. Muitas são as causas que levam jovens e adultos a não serem alfabetizados na idade certa. Atualmente é obrigatório por lei as crianças frequentarem a escola e quando isto não ocorre, o Conselho Tutelar é acionado, as causas são averiguadas e se a situação não se regularizar, pode até ser decretada a prisão dos pais. Porém nem sempre foi assim. Antigamente as crianças que tinham condições menos privilegiadas não frequentavam as escolas e iniciavam o trabalho ainda pequenos para ajudar no sustento de suas famílias, geralmente na roça e isso foi passado por gerações.
Até hoje a pobreza se apresenta como um fator negativo na educação e alfabetização das crianças pois ocasiona a exclusão social da mesma e assim a desigualdade escolar, alta taxa de repetência e a evasão das escolas. Isto é uma grave constatação já que o mercado de trabalho hoje exige muito mais que isso do profissional.
Diante desta situação, políticas públicas foram discutidas para que fossem criadas situações favoráveis à esses jovens e adultos analfabetos. Foi criado o EJA (Educação para Jovens e Adultos) que buscam estes indivíduos para sua alfabetização e letramento. Paulo Freire foi o grande mentor deste sistema de ensino e afirmava que era imprescindível o desenvolvimento cognitivo dos mesmos para formar um cidadão crítico, que é capaz de lutar pelos seus direitos e conhecer os seus deveres, um indivíduo habilitado para viver em sociedade sem ser lesado ou excluído.
O papel do professor é de fundamental importância neste contexto pois, pelo fato deste jovem/adulto sempre ter sido excluído da sociedade, ele chega à escola desmotivado e só com um bom trabalho do professor é que começa a enxergar que é realmente válida a sua alfabetização e passa a se empenhar cada vez mais em seus estudos.
Devemos sempre ter em mente que quando o jovem/adulto chega na escola já trazem consigo conhecimentos prévios e é a partir disto que o professor deve fundamentar o seu trabalho. Conhecer o seu aluno é o primeiro passo, ou seja, saber qual é a realidade vivida por ele, pois, como o ensino-aprendizado ocorre mais facilmente quando partimos do real para o abstrato, temos que fazer com que o conteúdo tenha sentido a ele, e a partir disto problematizar e estimular o desenvolvimento cognitivo dele. As aulas sempre serão dialogadas, os alunos devem fazer parte dos debates e construir assim o seu conhecimento. É importante ressaltar que o aluno aprende com o professor e o professor aprende com o aluno, em uma constante troca.
É certo que temos que valorizar estes alunos como sujeitos sociais, com direitos e responsabilidades e tornar possível sua inserção no mercado de trabalho e prioritariamente na sociedade. O professor tem o dever de capacitá-los e mostrá-los que exercem um papel muito importante na comunidade que vivem e devem lutar por seus direitos e não podem aceitar a exclusão. Desta forma, contribuiremos para que a educação brasileira esteja cada vez mais adequada e ternaremos nosso país um lugar muito melhor.
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