Escola
Resenha: Escola. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: L.NANDO • 3/10/2014 • Resenha • 761 Palavras (4 Páginas) • 241 Visualizações
A escola é considerada espaço crucial para o
desenvolvimento de conhecimentos e habilidades
junto aos seus integrantes e comunidade, visando à
garantia de mudanças de comportamento, além de
congregar por um período importante, crianças e
adolescentes numa etapa crítica de crescimento e
desenvolvimento.
A população escolar destacando adolescentes
entre 11 e 19 anos, adoece menos que outros grupos
etários e, de fato, tem taxas de morbidade e
mortalidade mais baixas que da população em geral.
Mas um olhar mais aprofundado evidencia aumento
no número de infecções por DST e HIV, que
associados a fatores socioeconômicos e culturais,
têm profundas repercussões na qualidade de vida
dessa população(1).
Consideramos que a adolescência é uma etapa
crucial do desenvolvimento do indivíduo, e marca não
só a aquisição da imagem corporal definitiva como
também a estruturação final da personalidade. A
Organização Mundial da Saúde - OMS considera a
adolescência como a segunda década da vida, de 10
a 19 anos. Já a lei brasileira considera adolescência a
faixa etária de 12 a 18 anos; assim, há uma
divergência entre a fixação etária do Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA e da OMS, também
adotada pelo Ministério da Saúde(2).
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -
PNAD do ano de 2006, evidencia que quase metade
(49,6%) das famílias brasileiras, conta com, pelo
menos, um de seus componentes com idade de até
14 anos. Destaca também, crescimento na taxa de
adolescentes que freqüentam a escola na última
década, atingindo, em 2005, 81,7%(3).
Em relação às questões sexuais e reprodutivas,
32,8% dos adolescentes brasileiros, com faixa etária
entre 12 e 17 anos, já haviam tido relações sexuais.
Destes, 61% eram homens e 39% mulheres.
Contudo, 9,5% de adolescentes entre 15 e 19 anos
(82% mulheres e 18% homens) vivenciam algum
tipo de união, com vida sexual(4). Realidade, muitas
vezes, permeada pelo despreparo e inabilidade dos
adolescentes frente a essas temáticas, acrescentado
à falta de conhecimentos específicos.
Ainda nesse contexto Brandão e Heilborn(5)
referem que a primeira relação sexual não é um
evento sistematicamente planejado com
antecedência. A maioria dos jovens quando
indagados sobre suas primeiras expectativas no
momento do primeiro intercurso sexual divergem
claramente em suas opiniões. Os homens adotam a
ideologia da masculinidade e as mulheres da
passividade, ou seja, a mulher não espera que a
primeira relação sexual ocorra tão precocemente.
Essa divergência, características da
interiorização dos papéis de gênero, na qual o
homem deve representar um papel ativo e a mulher
não devem pensar muito na sexualidade, contribui
para uma representação espontaneísta do sexo,
convertendo em uma dificuldade de negociar e se
prevenir das DST, pois o sexo é relegado a algo que
não precisa ser discutido e muito menos planejado.
Diante da atual política de atenção a saúde
sexual e reprodutiva de adolescentes, a maioria dos
serviços de saúde, destacando a atenção primária à
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