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FICHAMENTO ARTIGO AVALIAÇÃO

Por:   •  16/6/2018  •  Projeto de pesquisa  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  362 Visualizações

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UNICARIOCA

Curso de Pedagogia

Disciplina: Projeto de Ação Pedagógica

Professor (a): Gloria Regina Graçano Soares

Acadêmico (a): Flavia Melo de Carvalho

Data da entrega: 24/04/2018

FICHAMENTO DE CONTEÚDO OU DE LEITURA

O Professor e a Avaliação em Sala de Aula

Referência: GATTI, Bernardete. O Professor e a Avaliação em Sala de Aula. Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP,2003.  Disponível em http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/2179/2136, acesso em: 20/02/2018, arquivo PDF.

Informações sobre o autor: Doutora em Psicologia pela Universidade de Paris VII. Professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. Coordenadora do Departamento de Pesquisas Educacionais da Fundação Carlos Chagas, SP.

  1. Resumo:

A avaliação tem como objetivo auxiliar as metodologias de aprendizagem escolar, entender como elas vêm se realizando, promover esclarecimentos importantes para o devido desenvolvimento do ensino na sala de aula em seu dia-a-dia, para o planejamento e replanejamento contínuo da prática de educadores e educandos, como para a análise de níveis. Um dos atributos fundamentais dessa avaliação é que o avaliador é, ao mesmo tempo, o encarregado principal pelo desenvolvimento que vai avaliar. É inerente ao professor, que auxilia os alunos e quem os avalia: não um indivíduo qualquer ou um profissional especialista. “Isto implica que pensemos a avaliação em sala de aula como uma atividade contínua e integrada às atividades de ensino, algo que é decorrente destas atividades, inerente a elas e a seu serviço.” (p. 3)

Para ter significado, a avaliação em classe deve ser bem pautadasegundo uma filosofia de educação que o docente defenda. A começar desse princípio, o educador pode armazenar informações sobrevariedades de atividades, provas, questões ou itens ao decorrer do seuexercício, gerando um conjunto de orientações para suas atividades deavaliação incorporado no seu desenvolvimento de ensino. Éimprescindível que o pedagogo possa produzir, e analisar uso,atividades variadas que possibilitem avaliação de processos deconquista de conhecimentos e aperfeiçoamento de atitudes, de formasde estudo e trabalho, individual ou coletivamente, para utilizar nodecorrer de suas aulas. Todo esta produção de armazenamento eadministração de informações sobre meios avaliativos para aeducaçãorequer dele um certo período de empenho, que pode ser maximizado esocializado se a escola possuir de um horário compartilhado de trabalhoentre os professores, no qual essa questão seja apresentada.

“(…) os professores, bem como toda a equipe escolar, podem apurar e melhorar suas formas de avaliação e, portanto, tornarem-se mais justos na apreciação das diversas aprendizagens de seus alunos. (p.4)

A partir da leitura, é possível encontrar sugestões que auxiliem os docentes na direção dos seus processos avaliativos em classe.  Nessas atividades são verificadas algumas questões constantes, como exemplo de declarações de educandos quanto ao seu modo de percepção sobre a maneira que os discentes os avaliam, e o seu papel na aula, como apenas uma forma de “dar nota”. “As provas são vistas pelos docentes como um instrumento que “mede” a aprendizagem e são praticamente o único tipo de instrumento de que se valem para a avaliação. (p. 5)”

Porém não basta somente que o docente queira que o estudante aprenda. O educando deve almejar aprender, sentir satisfação em adquirir de sua autonomia produtiva. É um caminho de mão dupla. Educador e educando têm a tarefa compartilhada no momento de aprender. Outra importante questão é a que o pedagogo ensina e o aluno aprende. O aluno não é ensinado nem o professor o faz aprender. O próprio aluno aprende. Por isso “processo de autonomia". Mas como saber se o aluno realmente aprendeu?

“(...) ficando a avaliação restrita apenas a um processo de verificação que se baseia em concepções nem sempre claras sobre o que julga que os alunos devam ter retido, sintetizado ou inferido dos conteúdos tratados. (p. 5).”

Em alguns dos estudos analisados observa-se que a participação pessoal do professor, com seus juízos de valor, ao avaliar o aluno, é intrínseco a esse processo, mesmo quando é treinado no uso de procedimentos mais sistematizados. Isto traz ao primeiro plano de considerações a responsabilidade de cada professor como avaliador perante seus próprios alunos e a necessidade de que reflita sobre suas concepções quanto ao papel da avaliação em seu trabalho com os alunos. Traz, também, à tona a necessidade de que cada professor procure aprimorar seus meios de avaliação, tentando familiarizar-se com o uso de meios variados de tal modo que possa criar e ajustar procedimentos avaliativos que sejam os mais adequados aos seus objetivos de ensino, à linguagem dos conteúdos tratados e à linguagem de seus alunos, e que possam contribuir não só para situar o grupo de alunos e cada aluno face à sua aprendizagem, mas também para estimular esta aprendizagem.

Que a avaliação não seja apenas finalista mas, sim, incluída no processo de ensino e aprendizagem como meio para o autodesenvolvimento, tanto dos alunos em suas aprendizagens, quanto dos professores, como profissionais, em face das suas formas de ensinar. (p.7)

O fluxo contínuo de informações precisas, que avaliações rápidas em classe fornecem sobre o aprendizado dos alunos, permite aos professores avaliar sua própria forma de ensino e redirecionar seus objetivos e formas de apresentar os conteúdos, adequando-os para que os alunos compreendam e assimilem as informações relevantes no nível necessário. (p. 15)

3) formativa – orientada no sentido não de dar notas nem classificar alunos, mas no sentido de determinar quanto eles aprenderam, quais dificuldades e facilidades têm; (p. 15)

um bom ensino só se processa em um  ambiente em que a integração curricular é vivenciada coletivamente e um processo de avaliação de alunos adquire seu pleno sentido no âmbito desta totalidade e na especificidade do papel que cada atividade ou disciplina tem no concerto do conjunto a que pertence. (p. 18)

Não há como separar avaliação de ensino, não há como pensar avaliação de alunos sem que se tenha claro o papel da educação na vida  das pessoas. (p.18)

É preciso ter presente, também, que medir é diferente de avaliar.

a partir das medidas, para termos uma avaliação é preciso que se construa o significado destas grandezas em relação ao que está sendo analisado quando considerado como um todo, em suas relações com outros fenômenos, suas características historicamente consideradas, o contexto de  sua manifestação, dentro dos objetivos e metas definidos para o processo em avaliação, considerando os valores sociais envolvidos. (p. 18/19)

uma avaliação é um julgamento de valor. No caso de nosso interesse, a avaliação em sala de aula é um julgamento para se saber até que ponto alunos atingem objetivos valiosos em aprendizagens diversificadas em relação a um certo conteúdo considerado necessário ao seu desenvolvimento pessoal; como o fazem e quais atitudes e valores revelam que sejam pertinentes ao seu domínio vivencial. Não basta, pois, apenas medir ou levantar dados, por testes, provas clássicas ou questionários; estes instrumentos dão base para se começar um processo avaliativo mas não são suficientes; é preciso inferir, comparar, analisar conseqüências, examinar o contexto, estabelecer valores, aquilatar atitudes, formas de comunicação, fazer a autocrítica de valores pessoais, etc. e, para tanto, é necessário que se tenha algum suporte referencial em concepções educacionais, fundamentado em reflexões e consensos, trabalhado antes, durante e depois do processo avaliativo. (p. 19)

Ao avaliar seus alunos os professores estão avaliando a si mesmos, embora a maioria não tenha consciência disto ou admita isto. (p. 19)

Pensar um processo de avaliação de alunos sem que este se integre no planejamento e desenvolvimento das atividades de ensino do professor no contexto da escola, gera algumas avaliações que conhecemos sobejamente: muitas vezes tecnicamente bem feitas, mas vazias de sentido ou tecnicamente péssimas e ainda mais vazias de sentido.

O exercício da docência com propósitos claros e consensuais alimenta um processo de avaliação mais consistente e mais integrado na direção de uma perspectiva formativa, voltada para o desenvolvimento dos alunos e não para cumprir uma formalidade burocrática – passa/não passa ou mesmo para satisfazer o exercício de autoritarismos ou auto- afirmações pessoais. (p. 20)

 

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