FICHAMENTO UMA ARTE DE CONTAR HISTORIA
Por: Angelo Gosuen • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.912 Palavras (12 Páginas) • 426 Visualizações
- ANTECEDENTES OU UMA HISTÓRIA NA PRIMEIRA PESSOA
“Há muitos e muitos anos, ainda estagiária do Curso Normal, tive meu primeiro e memorável contato com crianças.
A classe, primeira série”. Pg.7
“Não lhe devo ter causado nenhuma impressão de “autoridade””.Pg.7
“Num relance, a intuição: vou contar uma história. E comecei.(...) Risos. E o silêncio se fez, interrompido somente para cantarmos juntos... Pg.7
“Aprendi a primeira lição do magistério: ouvir histórias e cantar são coisas de que as crianças gostam muito.” Pg. 8
- CONTE DE NOVO! CONTE OUTRA VEZ!
“Sinto-me como um menestrel dos tempos antigos, a deslumbrar-me com a riqueza da comunicação que a oralidade oferece.” Pg.8
“Em louvor a essa arte, é meu intuito reativar o interesse por sua importância, reavivando-a na lembrança dos que me escutam”. Pg.8
“Como toda arte, a de contar histórias também possui segredos e técnicas. Sendo uma arte que lida com matéria-prima especialíssima, a palavra, prerrogativa das criaturas humanas, depende, naturalmente, de certa tendência inata, mas pode ser desenvolvida, cultivada, desde que se goste de crianças e se reconheça a importância da história para elas.” Pg. 9
“(...) Foi observando suas reações, ouvindo-lhes os comentários, que iniciei um longo e contínuo estágio de reflexão (...) passei a registrar a observar os comentários, guardar os desenhos e as diversas manifestações de expressão relacionadas às histórias, comparando, analisando, fazendo descoberta, um vasto material de estudos”. Pg.9
“... é preciso levar a sério algo que provoca relevante impressão e exerce grande influência sobre as crianças.” Pg. 9
“Decidi, então. Conhecer mais a literatura infantil”. Pg. 10
“Toda aula tinha história e ensinar literatura infantil tornou-se fascinante, com resultados imediatos, as alunas melhorando a maneira de expressar-se, interessando-se pelos autores, lendo com prazer”. Pg. 10
- GENTE GRANDE VOLTA A SER CRIANÇA
“(...) Experiência que tive com a arte de contar histórias foi se alargando e aprendi a atingir diversos tipos de “público” “. Pg. 10
“A história faz todos sorrirem, a aula passa a ser uma divertida brincadeira – e gente grande volta a ser criança.” Pg. 10
“A força da história é tamanha que narrador e ouvintes caminham juntos na trilha do enredo e ocorre uma vibração recíproca de sensibilidades, a ponto de diluir-se o ambiente real ante magia da palavra que comove e enleva”. Pg. 11
“... o narrador deve estar consciente de que importante é a história, ele apenas conta o que aconteceu, emprestando vivacidade à narrativa, cuidando as limitações impostas pela escrita. A história é que sugere o melhor recurso de apresentação, sugere inclusive as interferências feitas por quem a conta.” Pg. 11
A HISTÓRIA ALIMENTA A IMAGINAÇÃO
“Há professores que pensam que não têm jeito para contar uma história. Se experimentarem, descobrirão qualidades novas em si mesmas, reacendo a própria criatividade, o que as incentivará a modificar a prática do ensino, obtendo resultados positivos”. Pg. 10 e 12.
“O fazer é direito de todos assegurado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, convém não esquecer.” Pg.12
“A história aquieta, serena, prende a atenção, informa, socializa, educa. Quanto menor a preocupação em alcançar tais objetivos explicitamente, maior será a influência do contador de histórias.” Pg. 12
“(...) a história é importante alimento da imaginação. Permite a auto-identificação, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, acenando com a esperança. Agrada a todos, de modo geral, sem distinção de idade, de classe social, de circunstância de vida.” Pg. 12
CAPÍTULO 1 – ESCOLHA DA HISTÓRIA
“O sucesso da narrativa depende de vários fatores que interligam, sendo fundamental a elaboração de um plano, um roteiro, no sentido de organizar o desempenho do narrador, garantindo-lhe segurança e naturalidade. O roteiro possibilita transformar o improviso em técnica, fundir a teoria à prática”. Pg. 13
Que história contar?
“(...) é necessário faze ruma seleção inicial, levando em conta, entre outros fatores, o ponto de vista literário, o que interesse do ouvinte, sua faixa etária, suas condições sócio-econômicas”. Pg. 13
“A história é o mesmo que um quadro artístico ou uma bonita peça musical: não poderemos descrevê-los ou executá-los bem se não os apreciarmos. Se a história não nos desperta a sensibilidade, a emoção, não iremos contá-la com sucesso. Primeiro é preciso gostar dela (a história), compreendê-la, para transmitir tudo isso ao ouvinte.” Pg.14
INDICADORES QUE POSSIBILITAM A ESCOLHA
“Ao narrador cumpre escolher, tendo em vista, principalmente, a qualidade literária, mesmo quando se trata de histórias de tradição popular”. Pg. 14
“A linguagem deve ser correta, de bom gosto, simples, sem ser vulgar e rebuscada”. Pg. 14
“A história é um alimento da imaginação da criança e precisas ser dosada conforme sua estrutura cerebral (...) A história também é assimilada de acordo com o desenvolvimento da criança e por um sistema muito delicado e especial”. Pg. 14 – 15.
FAIXA ETÁRIA E INTERESSES
“Vejamos o seguinte quadro:
Até 3 anos: fase pré mágica | Histórias de bichinhos, brinquedos, objetos, seres da natureza (humanizados) histórias de crianças. | |
Pré-escolares | 3 a 6 anos: Fase mágica | Histórias de repetição e acumulativas ( Dona Baratinha, a Formiguinha e a neve etc.) histórias de fadas |
7 anos | Histórias de crianças, animais e encantamento, aventuras no ambiente próximo: família, comunidade, histórias de fadas | |
Escolares | 8 anos | Histórias de fadas, histórias vinculadas à realidade. |
9 anos | Histórias de fadas com enredo mais elaborado, histórias humorísticas, aventuras, narrativas de viagens, explorações, invenções | |
10 anos em diante | Fábulas, mitos e lendas |
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