Fichamento do capítulo 7: “Práticas de análises de textos quanto a aspectos de sua construção” (Irandé Antunes)
Por: Carlos Queiroz • 1/2/2016 • Trabalho acadêmico • 482 Palavras (2 Páginas) • 720 Visualizações
Fichamento do capítulo 7: “Práticas de análises de textos quanto a aspectos de sua construção” (Irandé Antunes)
“(...) diante da evidente dificuldade de se esgotar a totalidade dos elementos analisáveis, vamos fixar-nos naqueles que mais diretamente estão vinculados à sua coesão e à sua coerência. (...)”. (p.145).
“(...) não é a unidade lexical isolada que garante a coerência do texto, mas a convergência de contextos em que um determinado objeto de referência se apresenta. Por exemplo, não é, simplesmente, a repetição da palavra “urubu” que garante unidade, mas a permanência, a constância das atitudes atribuídas no texto a esse objeto do discurso (...)”. (p.146).
“(...) pode ocorrer uma equivalência de sentido entre duas expressões com valor de adjetivo ou entre duas predicações, por exemplo, o que estaria fora do âmbito referencial, mas não deixaria de constituir um nexo coesivo (...)”. (p.152).
“(...) a continuidade que promove a coerência não se funda apenas no âmbito das referências que são feitas. Ela se estende a todas as dimensões do texto e alcança também o âmbito da atribuição e da predicação (o que envolve as expressões predicativas e os predicados verbais).” (p.152).
“(...) não devem ser os programas de gramatica que vão ditar o que estudar e o que analisar nos textos. Essa opção implica um movimento que vai da gramatica ao texto. O caminho deve ser o inverso do texto à gramática. (...)”. (p.156).
“(...) as questões selecionadas nos programas devem ser questões do texto; a partir delas é que se deve fazer a programação com vistas a explicitar, sistematizar, ampliar os conteúdos gramaticais implicados na construção e na compreensão desses textos em estudo. (...)”. Nessa perspectiva, a gramática sai do foco. É o texto que assume esse lugar (...)”. (p.157).
“(...) um dos princípios que regem a construção coerente de um texto: as palavras selecionadas devem guardar entre si contiguidade semântica. Umas, mais que outras, constituem centro desse núcleo temático (por isso mesmo aparecem mais vezes). Outras, se ficam nas adjacências, nem por isso deixam de ter algum tipo de vinculação com, pelo menos, uma outra presente no texto. (...)”. (p.159-160).
“(...) todo texto se constrói pelo concurso de vários fatores, inclusivamente e de forma relevante, pelos fatores gramaticais. Isolar, na perspectiva dos sentidos e das intenções pretendidos, a contribuição de cada um desses fatores torna-se uma tarefa pouco significativa além de praticamente impossível. (...)”. (p.174-175).
“Enfim, a construção de um texto se faz de forma integrada, indissociável, cada constituinte textual se superpondo a outro ou a outros, sem falar em todos aqueles elementos que estão implicados contextualmente, ou seja, fora do texto. (...)”. (p.175).
“(...) Em outras palavras o sentido de qualquer texto se constrói na articulação: entre partes e todo, entre o lexical e o gramatical, entre o linguístico e o pragmático; entre o texto e a situação de comunicação. Qualquer isolamento de um desses elementos reduz a significação e a funcionalidade das ações de linguagem. (...)”. (p.175).
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