Filosofia da educação
Por: maria284877 • 20/5/2015 • Trabalho acadêmico • 6.114 Palavras (25 Páginas) • 177 Visualizações
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – 80h
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
- Questões obrigatórias para o dossiê
- Disserte sobre a contribuição da filosofia no cotidiano escolar, abordando o exercício filosófico de Luckesi (mínimo de 10 linhas).
R: Enquanto a filosofia busca explicar os conceitos de homem, sociedade, ideologia etc., a educação utiliza tais estudos para formar um ser humano integrado e emancipado. Cabe, portanto, à educação desenvolver a atitude filosófica, preparando o individuo para questionar, investigar e analisar a realidade que o circunda. Embora a filosofia englobe o pensamento espontâneo, ela não este restrita ao senso comum. O exercício filosófico envolve etapas que vão desde o levantamento de conhecimentos e valores cotidianos ao posicionamento autônomo sobre tais saberes.
É o que explica Luckesi, ao enfatizar que na ausência de uma orientação filosófica, o ser humano assume aquilo que é hegemônico. Conforme o autor, admitir que a vida é gerida por diversos valores e crenças é um pressuposto para o exercício filosófico, composto por três passos.
Primeiro passo:
- Catalogar os valores que nos orientam, individual e coletivamente, ou seja, tomar ciência das crenças, princípios, sentimentos, praticas e superstições que conferem sentido à nossa existência e à vida societária.
Segundo passo:
- Feito o levantamento dos valores, o segundo passo envolvera a crítica, ou seja, o questionamento das praticas e princípios norteadores. Luckesi salienta que é preciso questiona – los de todos os ângulos possíveis, para verificar se são significativos e se, de fato, correspondem ao sentido que se pretende conferir à própria vida
Terceiro fato:
- Reconstituir os valores verdadeiramente significativos e suficientemente validos para guiar a pratica na direção almejada. Geralmente, ignora – se que o objetivo da filosofia não e destruir e, sim, reconstruir valores, pensamentos e conhecimentos.
- O método socrático, pautado na ironia, na refutação e na maiêutica, pode ser aplicado na escola atual? Justifique.
R: Sim, pois através do senso comum é que o aluno alcançara o conhecimento cientifico através de questionamentos explorados e enriquecidos.
- Argumente sobre a filosofia de Platão, explicando o papel da educação na formação do individuo, explicitando no Mito da Caverna.
R: Segundo Platão, o mundo das experiências é ilusório, pois somente o que é imutável e eterno pode ser considerado real. A “teoria das formas” de Platão não se restringia ao mundo material. Ele também pensava que havia formas ideais de conceitos abstratos ou universais, tais como beleza, justiça, verdade, entre outros, assim como existiram conceitos matemáticos universais como números e classes.
Segundo Platão, na busca pelo conhecimento, o homem esta em contato permanente com dois tipos de realidade:
- Mundo inteligível: Refere – se ao mundo das ideias gerais, no qual as coisas são eternas, imutáveis, perfeitas, únicas e verdadeiras.
- Mundo sensível: É o mundo dos fenômenos, ou seja, tudo aquilo é acessível aos sentidos (olfato, audição, visão, tato e paladar); são realidades dependentes e mutáveis que somente representam as verdadeiras ideias, por isso ele o chamava de mundo ilusório.
Para Platão, o mundo das ideias gerais (essências imutáveis) esta acima do mundo sensível e a única forma de atingir a verdade (inteligível) seria a contemplação e a superação da superficialidade e dos equívocos que advêm dos sentidos.
Platão imagina uma caverna onde as pessoas estão acorrentadas desde a infância, de tal forma que, não podendo ver a entrada dela, apenas enxergam o seu fundo, no qual são projetadas as sombras das coisas que passam às suas costas, onde há uma fogueira. Se um desses indivíduos conseguisse se soltar das correntes para contemplar à luz do dia os verdadeiros objetos, ao regressar, relatando o que viu aos seus antigos companheiros, esses o tomariam por louco e não acreditariam em suas palavras.
Transpondo o mito da caverna para o universo educacional, é preciso investigar se a pratica pedagógica empreendida tem contribuído para despertar a consciência dos alunos, para instiga – los a elaborar novos conhecimentos, a decifrar as ideologias e superar o senso comum.
A educação deve possibilitar ao educando sair da “caverna”, ou seja, da escuridão, do erro, da ignorância e conduzi – lo à luz do conhecimento. Cabe a escola mediar constantemente a relação entre o senso comum e o conhecimento cientifico. Para que isso ocorra é preciso que os alunos discutam, reflitam e reelaborem autonomamente os conteúdos escolares, para que as suas opiniões ultrapassem o conhecimento espontâneo. Nesse sentido, a reflexão filosófica é indispensável.
- Explique a contribuição de Aristóteles para a educação.
R: Contribuição de Aristóteles à educação vincula – se à importância conferida a ciência, ou seja, a razão e a experiência, como aspectos fundamentais na produção do conhecimento, abrindo caminho para as correntes pedagógicas que valorizariam a influencia do meio social no preciso de ensino – aprendizagem.
- Compare a Patrística e a Escolástica.
R: A filosofia Patrística tem como seu principal teórico Agostinho que elaborou a teoria da iluminação, que para ele o mundo das ideias divinas, essa filosofia foi lançada pelos padres das igrejas, junto a ela foi feito um conjunto de textos e documentos para legitimar a doutrina católica.
A filosofia Escolástica foi desenvolvida por Tomás de Aquino, ele acreditava que o conhecimento iniciava pelas coisas concretas passava por sentidos internos da fantasia ou imaginação ate chegar na conclusão de forma abstratas, esse período foi bastante ligado a razão. Não havia outro sistema pedagógico portanto a filosofia Patrística e Escolástica foi de grande importância para educação.
- Caracterize o método de Descartes e de Locke.
R: Descartes acreditava que a razão seria o único instrumento capaz de apreender a verdade. A contribuição de Descartes para a educação é a incontestável valorização do pensamento racional e o método desenvolvido para chegar ao conhecimento da verdade. Para Descartes, nada pode ser considerado verdadeiro se não for totalmente evidente, isto é, algo que seja confirmado por meio de três princípios básicos de investigação:
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