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Filosofia da educação

Por:   •  15/10/2015  •  Resenha  •  1.560 Palavras (7 Páginas)  •  927 Visualizações

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FILOSOFIA PARA QUÊ?

  1. Por que ela inicia as suas conjecturas com a lenda de Tales de Mileto?

R. Conta a lenda que primeiro filósofo, Tales de Mileto, se interessava pelo estudo das estrelas e que um dia, olhando para o céu tropeçou numa pedra, caindo numa vala. Essa história serviu, desde a Antiguidade, para a invenção da imagem do filósofo como alguém distraído, incapaz de prestar atenção nas coisas mais simples. Apenas para falar mais um pouco de Tales de Mileto, e ver que nosso primeiro filósofo não era alguém dissociado da vida cotidiano, é interessante lembrar uma outra narrativa a seu respeito: com seus conhecimentos filosóficos e astronómicos, Tales previu, num certo ano, uma grande colheita de azeitonas. Fez suas economias e, ainda durante o inverno, comprou todos os lagares que pôde na época da grande colheita, Tales alugou seus lagares e fez uma pequena fortuna.

  1. Quando ela usa a metáfora que a Filosofia não serve para nada, o que quer dizer realmente?

R. Dessa imagem nasceu também uma pergunta: “para que Filosofia?” Muito conhecida é a resposta que ela costuma receber: “A Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual”. Ou seja, não serve para nada. É interessante observar que ninguém dirige essa pergunta às ciências, às artes e às técnicas. No entanto, em nossos dias, essa velha pergunta não é repetida sem motivo. Vivemos numa sociedade e numa cultura que julgam necessário justificar a existência de alguma coisa dizendo qual sua utilidade prática, de modo que perguntar “para que?” significa: “Que uso proveitoso ou vantajoso posso fazer disso?” Por essa razão não se pergunta “para que Ciências”? ou “para que as artes e as técnicas?”, pois todos os  julgam saber qual é a serventia deles.

  1. Porque ela afirma que os fundamentos do conhecimento das ciências não são científicos, mas filosóficos?

R. Ora, tais ideias, como as da verdade, do pensamento racional, do conhecimento obtido por meio de métodos racionais, assim como a ideia de que há crescimento do saber graças ao acúmulo progressivo de conhecimentos, não são ideias científicas, mas, sim filosóficas. Em outras palavras, os fundamentos teóricos das ciências não são científicos, mas filosóficos, e, sem a Filosofia, as ciências não seriam possíveis. Eis sua utilidade.

  1. Onde estaria a UTILIDADE da filosofia?

R. Afirmam que a utilidade da Filosofia não se encontra nos serviços teóricos que ela prestaria às ciências (ou seja, os fundamentos do conhecimento verdadeiro), mas nos ensinamentos morais ou da vida correta e virtuosa. Estudando as paixões e os vícios humanos, a liberdade e a vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e paixões, ensinando-os a viver de modo honesto e justo na companhia dos outros seres humanos, a Filosofia teria como finalidade ensinar-nos a virtude, que é o principio do bem viver.

É BOM ESTAR EM CRISE

  1. Nossa vida cotidiana é um tecido de opiniões e de crenças diversas que compartilhamos sem cogitar – é assim porque é assim. O que significa isso?

R. Vivemos no senso comum de nossa sociedade. Ainda que tenhamos opiniões diferentes de nossos amigos e inimigos, não nos viria a ideia de duvidar de que o mundo existe tal como o percebemos e que é o mesmo para todos, de maneira que as variações de opiniões são uma questão de gosto ou de preferência individual. Aprendemos que a mentira é odiosa, a verdade é um bem precioso e que fomos feitos para a liberdade, que devemos respeitar a justiça e temer a violência. Todavia, nunca perguntamos o que essas palavras querem realmente dizer, elas transmitem, por que as valorizamos.

 

  1. Descreva o desejo do saber.

R. Começamos a querer entender nossos pensamentos e sentimentos, nossas ações, as pessoas com quem convivemos, as informações que recebemos e o mundo que nos rodeia. Alguma coisa desperta em nós e se agita.

  1. Qual a primeira ação para iniciar uma indagação/e como ela chama esta atitude?

R. Alguém que tomasse a decisão de não aceitar rapidamente nem essa nem aquela opinião ou crença recebida estaria tomando distância do senso comum e de si mesmo, teria passada a indagar o que são as crenças e os sentimentos que alimentam, silenciosamente, nossa existência. Esse alguém estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica

  1. Descreva, segundo a autora, o significado de tomar uma atitude filosófica.

R. Não aceitar como naturais, óbvias e evidentes as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os valores de nossa existência cotidiana, nem a validade inquestionável de nossos comportamentos e dos outros. Teria tomando a decisão de jamais aceitar ideias, fatos e valores sem antes tê-los compreendido e avaliado.

  1. Para que a Filosofia?

R. Para não darmos nossa aceitação imediata às coisas, sem maiores considerações.

  1. O que significa argumentar?

R. Antes de aceitar ou recusar crenças e opiniões, ideias e valores, sentimentos e comportamentos.

  1. O que significa debater?

R. Significar expor uma razão em defesa de uma opinião.

  1. O que significa pressupostos do pensamento?

R. Quando uma pessoa supõe antecipado aquilo que se pensa.

  1. O que significa respeitar regras do pensamento?

R. Visto que racional significa respeitar certas regras de coerência do pensamento para que um argumento ou um debate tenha sentido.

ATITUDE FILOSÓFICA

  1. Qual a primeira ATITUDE filosófica?

R. A primeira é negativa: é um dizer “não” ao senso comum, a crenças, opiniões e valores recebidos na experiência cotidiana: é recusar o “é assim mesmo” e o “é o que todo mundo diz e pensa”.

  1. Qual a segunda característica da atitude filosófica?

R. A segunda é positiva: é uma interrogação sobre o que são as coisas, as ideias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porquê e como disso tudo e de nós próprios.

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