Filosofia para crianças
Por: Roosevelt Marinho • 17/9/2017 • Trabalho acadêmico • 3.271 Palavras (14 Páginas) • 266 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE
LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ANTONIO ROOSEVELT MARINHO
ÉLINA IZABEL XAVIER RIBEIRO
KEILA FARIAS
MARGÔ PAIVA
VIVIANE RIBEIRO ALEME
TRABALHO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Manaus-AM
2016
ANTONIO ROOSEVELT MARINHO
ÉLINA IZABEL XAVIER RIBEIRO
KEILA FARIAS
MARGÔ PAIVA
VIVIANE RIBEIRO ALEME
TRABALHO DE FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
Trabalho apresentado como exigência de nota parcial na disciplina Filosofia da Educação do Centro Universitário do Norte-Uninorte/Laureate.
Professora Orientadora: Lenize Prestes
Manaus-AM
2016
INTRODUÇÃO
Este trabalho se refere ao resumo do texto A filosofia educa a infância do autor Walter Omar Kohan.
No desenvolvimento estaremos abordando aspectos relacionados a uma filosofia infantil que é tão importante para as crianças, afinal, a filosofia não começa com acúmulo de conhecimentos, mas sim pelo fato de “nada saber” – isso causa curiosidade, desperta o desejo de especular sobre tudo que existe – e partindo deste princípio, se torna muito interessante também para as crianças o ato de filosofar, pois diferentemente dos adultos, as crianças não carregam uma bagagem pesada de acúmulo de conhecimentos.
Daremos ênfase também no Programa Filosofia para Crianças, criado por Matthew Lipman, que é um filósofo e educador norte-americano, que criou o programa no final década de 60. Pioneiro em pensar a contribuição da filosofia para a formação integral das crianças, sua intuição foi aos poucos se constituindo em um novo paradigma de educação: uma prática reflexiva e investigativa em comunidade. Lipman se baseia em J. Dewey e L.Vygotsky que enfatizam a necessidade de aprender a pensar e não apenas memorizar conteúdos. Incorpora contribuições de diversos psicólogos e filósofos na estruturação de um projeto de ensino da filosofia.
Para Lipman há algo em comum entre as crianças e os filósofos: a capacidade de se maravilhar com o mundo. Os filósofos levam esta capacidade de maravilhamento às últimas conseqüências, descobrindo e investigando os problemas da experiência humana. Tais problemas giram em torno de conceitos centrais, comuns e controversos em nossa experiência. Desta forma, os filósofos conseguem criar e reconstruir conceitos e buscar formas de explicação mais abrangentes para os problemas da vida. As crianças ficam intrigadas com os mesmos conceitos problemáticos, ou seja, colocam-se questões sobre a verdade, as regras, a justiça, a realidade, a bondade, a amizade, etc. Necessitam, portanto, de uma educação filosófica para tratar destas questões e, simultaneamente, aprender os processos do raciocínio e do julgamento.
Filosofia para Crianças tem por objetivo introduzir de forma intencional e sistemática a investigação filosófica na formação das crianças desde os primeiros anos da educação formal e informal.
Lipman propõe um uma pedagogia para fazer filosofia que é a Comunidade de Investigação. Esta pedagogia se fundamenta no diálogo e na inquirição. Ele busca “dramatizar” a filosofia para que o encantamento das crianças com as questões filosóficas seja alimentando, permitindo fortalecer as capacidades de pensar e ampliando a sensibilidade para as outras dimensões filosóficas da experiência.
O LÓCUS DA FILOSOFIA: A ESCOLA INFANTILIZADA
Segundo Lipman, as escolas são centros de preparação para uma vida cidadã. Ele pensa a escola da mesma forma que o fazia J.Dewer. O escolanovismo trata-se de uma visão idealizada e iluminista. Lipman parece não perceber o caratér disciplinador da escola, a forma como nela se combinam diversas técnicas e dispositivos já estudados para formar corpos dóceis, subjetividades conformes aos mecanismos de controle que ela contribui para disseminar.
Para Lipman, os professores devem ser modelos para seus alunos, o professor cuida, sobretudo, do respeito entre os investigadores e da observância das regras e dos procedimentos da investigação, cuida que eles sigam a lógica no seu raciocínio e nos seus juízos.
A tensão não deixa se esconder: um programa que diz superar a filosofia tradicional, que afirma apostar na sensibilidade filosófica como condição primeira da prática docente, acaba solicitando os serviços de uma formação clássica; um programa que diz valorizar o docente acaba submetendo-o duplamente: a uma textualidade já pronta que ele deve aplicar e auma autoridade externa, a do expert, que determinará a qualidade filosófica dessa aplicação.
A respeito, FpC se diferencia pouco de outras estratégias das políticas educacionais oficiais que bombardeiam os professores com constantes “reciclagens” cursos e materias didáticos “novidosos” que transformarão a prática educativa. Em FpC, o bom professor é um pastor filosófico, alguém que mede seu bem funçaõ do bem de seu rebanho. Se bem formado no programa, ele “sacrifica” seu interresse filosófico em função dos interesses dos alunos. Sua função e de cuidar do desenvolvimento moral e intelectual de todos e cada um dos menbros do seu grupo.
Em educação assiste-se também a uma reconfiguração do papel do estado. Ele transfere ao mercado atribuições gerador e gestor das políticas educacionais e se concentra em funções dominantemente avaliativas e de contenção social. O estado educacional não e só avaliador. Por meio de programas ditos “sociais” (bolsa escola, alfabeto solidário, merenda escolar) faz da política faz da política educacional também espaço de assistência contenção ante o “perigo” que prenuncia o aumento da exclusão e das diferenças socias.
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