Fundamentação Teórica ( Capítulo 1 – Surgimento da Matemática )
Por: VaniaCarvalho.pj • 14/3/2017 • Artigo • 1.554 Palavras (7 Páginas) • 366 Visualizações
3. Fundamentação Teórica ( Capítulo 1 – Surgimento da Matemática )
Para melhor entendimento, sobre o contexto da matemática inserida na sociedade, segue uma breve pesquisa sobre o que é matemática e etnomatemática como surgiram suas mudanças.
Capitulo 1.1 – História da Matemática
No período Paleotítico Inferior – Período este onde florescem as primeiras estruturas sociais e onde os primeiros artefatos começam a ser fabricados pelo homem, como armas de pederneira, objetos de madeira e lascas de pedra. São nômades, tem afeição familiar e utilizam o fogo, esta a principal descoberta deste período. (http://www.infoescola.com/pre-historia/periodo-paleolitico/ - acessado em 16/04 ás 14:54 ).
Neste período que durou cerca de 2 milhões de anos, o homem vivia da caça, utilizando como defesa e armas, paus, pedra e o fogo, vivia de tudo que pudesse extrair da natureza, e já nesta época já precisa de noções de mais-menos, maior-menor e de algumas formas e simetria para lascamento de pedras e confecções de porretes, era a matemática utilizada e da qual necessitavam.
A matemática do homem Paleolítico Inferior era formada de esquemas mentais que lhe possibilitavam alterar tamanhos, aumentar ou diminuir quantidades e dar formas a paus e pedras, dando-lhes utilidade. Além disso, podiam dar alguma classificação e seriar atividades. ( NETO,1998 ).
Já no período seguinte era dos Homo sapiens, período Paleolítico Superior, ficou constatado a utilização de instrumentos mais engenhosos para utilizar na caça, como armadilhas, redes, cestos, arcos e flechas e canoas rústicas. E também a utilização de materiais diversificados como ossos, peles, cipós, fibras. E com estas descobertas foram descobertas outras formas para utilizar estes materiais, surgem as roupas, as esculturas naturalistas, as pinturas. Com todas estas descobertas já se fazia necessário a utilização de alguns números, traçados para melhor elaborar seus equipamentos.
Quanto ao período Neolítico, inicia-se a construção de cabanas, com o aumento da população a natureza já não produz o suficiente, e o homem precisa a cultivar plantas e a domesticar animais.
Para exemplificar Neto (1998 p. 10) diz que; “ A massa de conhecimentos se expandiu, no sentido de um saber prático, constituído de receitas úteis para o dia-a-dia. O problema é sempre o mesmo: a sobrevivência.”.
Avançando alguns períodos históricos, vamos para uma matemática já avançada, e o que os egípcios contribuíram para esta ciência.
Por volta dos séculos IX e VIII a.C, os babilônios e os egípcios já tinham álgebra e geometria que utilizavam para suas necessidades práticas, não era tido como uma ciência organizada.
Na Babilônia quem cultivava a matemática eram os escritores responsáveis pelos tesouros reais. Porém, a matemática só passou a ser considerada ciência no sentido moderno da palavra, a partir dos séculos VI e V a.C. na Grécia.
A Grécia se destaca na área da geometria, onde atingem o ponto mais alto desta sabedoria, com a obra de ( 1 )Euclides (Euclides de Alexandria – 300 a.C., foi matemático platônico, e escritor grego, muitas vezes reconhecido como o “Pai da Geometria”. Sua obra “Os Elementos” é composta por treze capítulos, e é uma das obras mais influentes na história da matemática, sendo como a principal fonte para o ensino da matemática. (fonte: ( 1 )www.wikipedia.org – acessado em 05/02/2015 ás 15:00 ), em sua obra encontramos os trabalhos de ( 2 ) Arquimedes ( Arquimedes de Siracusa, século III a.C., foi um matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego. Considerado um dos principais cientista da antiguidade (fonte: ( 1 )www.wikipedia.org – acessado em 05/02/2015 ás 15:00 ) e de Apolônio de Perga (Apolônio de Perga – 262ª.C. matemático e astrônomo. Examinava de forma crítica os fundamentos da matemática em suas obras traz, fórmulas de cálculos rápidos. Dividir em uma razão – Cortar uma área – Geometria Analítica – Tangências – Inclinações e Lugares Planos.
Após Apolônio e Arquimedes, a matemática Grega entra em decadência. Com a queda de Alexandria, com o término da guerra Santa, os árabes ocupam e destroem a cidade e todas as obras dos gregos. Os árabes conquistam a Índia e lá se deparam com outro tipo de matemática: a Algebra e a Aritmética.
Aproximadamente nos anos de 641, os hindus introduzem o número 0, até então desconhecido o que gerou uma verdadeira revolução nos cálculos matemáticos. Em 1202, as letras começam a ser introduzidas sendo consolidada e para simbolizar os sinais de (+) e (-) eram utilizados p (plus = mais ) e m ( minus = menos ). E através do matemático alemão, Michel Stifel, que se inicia a utilização dos sinais de mais (+) e menos (-), como utilizados atualmente. Os desenvolvimentos da matemática estão consolidados na obra do francês, François Viete, denominada “Álgebra Speciosa”, onde consta a significação geral dos símbolos matemáticos.
1.2 ) História da Etnomatemática
Em 1950, como será visto no decorrer desta pesquisa foi o ano em que iniciou processos de mudanças no ensino da matemática e Raymond Wilder,( Raymond Louis Wilder (Palmer (Massachusetts), de 1896 - 1982) foi um matemático estadunidense), em uma conferência chamada The cultural basis of Mathematics no Congresso Internacional de Matemáticos, foi a pessoa que pensou na Matemática como cultura. Durante várias décadas, Wilder continuou a desenvolver suas idéias através de artigos e livros, entre eles o Mathematic as a Cultural System, publicado em 1981. A intenção era usar a noção de cultura matemática como forma para entender a evolução das ideias matemáticas sob uma ótica histórica. Como exemplo podemos citar os gregos antigos. Entre eles havia duas culturas matemáticas: a dos mathematokói e a dos logistikói. A Mathematiké era estudada nas academias por membros da aristocracia grega e, como tal, abominava as aplicações (coisa de escravos e trabalhadores braçais), era uma matemática teórica, a mesma que nos deu os Elementos de Euclides. A Logistiké era uma matemática prática,
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