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Fundamentos e Metodologia da Língua Portuguesa

Por:   •  24/4/2015  •  Resenha  •  972 Palavras (4 Páginas)  •  414 Visualizações

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Por quê (não) ensinar gramática na escola.

Para o  domínio da língua materna, é preciso que não se façam experiências com nossos alunos, ou seja, transformar nosso aluno numa simples experiência de como ensinar a língua materna, pois se o experimento fracassa não se desperdiça amostras de materiais, mas sim vidas, projetos, sonhos inteiros. Para isso precisa-se de uma preparação por parte dos professores, para obter o domínio do ensino da língua portuguesa, não só esperam teses prontas dos pesquisadores mas correm atrás de conteúdos e práticas,  mas para isso é preciso que a concepção de língua e de ensino na escola mude, teses transformadas em práticas resultará na melhor qualidade de ensino.

O principal princípio para o autor é que o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou seja, criar condições para que ele seja aprendido. A tese de não ensinar o português padrão reflete o preconceito de que seria difícil aprender o padrão, pela complexidade do dialeto. As razões por qual não se aprende, ou se aprende mas não o uso vem de valores sociais dominantes e valores culturais, pois nota-se que a língua falada por classes mais privilegiadas são as certas, e as classes populares seu dialeto seria desvalorizado.

Dentre as teorias que não defendem que a função da escola é ensinar o português padrão, são duas as mais relevantes, uma é de natureza político-cultural e outra de natureza cognitiva. A tese político-cultural, diz que é uma violência, uma injustiça, impor para um grupo social os valores de outro grupo, dado que a língua padrão é o dialeto das camadas sociais mais favorecidas, como se fosse o único dialeto válido, seria uma violência cultural. O equívoco, é de não perceber que os menos favorecidos socialmente tem a ganhar com o domínio de outra forma de falar e escrever.

 A outra tese é a de natureza cognitiva, que consiste em imaginar que cada falante ou cada grupo de falantes só pode aprender a falar um dialeto (ou uma língua). Supõe-se que o aprendizado de uma língua ou dialeto é uma tarefa difícil por todas, ou alguns grupos de pessoas.

É importante que os alunos leiam variados tipos de textos, jornalísticos, artigos, narrativas, para que possam sem traumas escrever qualquer tipo de texto, escrever e ler constantemente também ajudam.    

DAMOS AULAS DE QUE A QUEM?

É preciso ter clareza nos projetos, podemos em uma linha industrial não conhecer o produto final, mas com alunos isso não é possível, pois se trata de alunos e escola. Para o  projeto de ensino da língua se eficaz  deve ser clara a concepção do que seja uma língua e do que seja uma criança, para uma melhor concepção é necessário ler uma vasta teoria sobre essas concepções. As crianças são capazes sim de aprender línguas desde pequenas, e  são bem sucedidas no aprendizado de regras necessárias para falar.

Outa questão importante é a concepção de ser humano, do ponto de vista do ensino e do aprendizado é uma só a principal questão: como nós pensamos que os homens aprendem? Como os animais, ou de maneira diferente e especifica? Nem todos aprendem igualmente, mas de formas diferentes mas significativas. Há tipos de comportamentos condicionados semelhantes as utilizadas pelos animais  para adquirir comportamentos. Mas há tipos de “comportamento” que os seres humanos adquirem de forma criativa, isto é, que não dependem de repetições numerosas, mas de hipóteses constantemente testadas e propostas pelo próprio aprendiz. Ter a concepção clara sobre os processos de aprendizagem pode ditar o comportamento diário do professor.

NÃO HÁ LÍNGUAS FACÉIS OU DIFÍCEIS.

   Análises realizadas em línguas indígenas, observaram que não há línguas simplificadas e ditas primitivas. Línguas consideradas primitivas podem ser classificadas ao lado de línguas consideradas civilizada. Todas as línguas são estruturas de igual complexidade, o que há são línguas diferentes.

Dialetos populares e dialetos padrões se distinguem em vários aspectos, mas não pela complexidade das respectivas  gramáticas, ou seja, não há dialetos mais simples do que os outros. Não é mais difícil aprender um dialeto do que aprender outro; quem conhece um dialeto não é mais capaz nem mais incapaz do que quem conhece outro.

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