GESTÃO ESCOLAR E POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por: Daiane Taís Probst • 27/11/2015 • Artigo • 5.219 Palavras (21 Páginas) • 430 Visualizações
GESTÃO ESCOLAR E POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Daiane Tais Probst[1]
Magali Maristela Graffunder
Valderice Cecília Limberger Rippel[2]
RESUMO: O objetivo deste artigo, a partir da revisão bibliográfica, é analisar a gestão escolar e as políticas públicas, bem como os projetos e programas voltados aos centros de educação infantil. Busca-se apresentar um breve histórico sobre a antiga supervisão e atual gestão democrática ou gestão compartilhada; analisar o papel da gestão e da comunidade escolar; descrever como se apresentam as políticas públicas e programas que permeiam o processo da gestão escolar na educação infantil. Constata-se que a gestão escolar democrática é de fundamental importância no processo de tomada de decisão, promovendo condições de igualdade, visando garantir estrutura material e financeira, para que assim se possa ofertar uma educação de qualidade.
Palavras-chave: Gestão Democrática. Contexto Escolar. Educação Infantil. Políticas Públicas.
ABSTRACT: This article, from the literature review is to analyze the school management and public policy, as well as projects and programs aimed at early childhood education centers. The aim is to present a brief history of the ancient supervision and current democratic management or shared management; analyze the role of management and the school community; describe how they present public policies and programs that underlie the process of school management in early childhood education. It appears that the democratic school management is very important in the decision making process, promoting a level playing field in order to ensure the material and financial structure, so that we can offer a quality education.
Keywords: Democratic Management. School context. Childhood education. Public policy.
Introdução
Com o passar do tempo, cada vez mais se exige da educação em todos os seus aspectos, assim como na área da gestão escolar. Houve muitas mudanças, novos conceitos surgiram e diversos paradigmas foram quebrados, dando espaço ao novo, reformulando um novo conceito.
A gestão escolar possui um campo vasto e variado, que realiza diversas atribuições e composta por muitos membros que fazem parte do contexto escolar e da comunidade ao redor, visando sempre o bem da instituição, dos educandos, bem como a qualidade de ensino.
Para que se torne possível à compreensão a tudo que está a cerca da gestão escolar democrática, no meio da educação infantil faz-se necessário conhecer como foi o passado dessa função, e quais foram às melhorias e as contribuições que atualmente estão empregadas, e qual o papel que as instituições e os profissionais devem desempenhar.
Desde os primórdios já existia a supervisão/orientação, a qual não era aceita com bons olhos, de certa forma era banalizada, mas com o passar do tempo surgiram novos enfoques, passou a se intitular como gestão escolar democrática ou compartilhada, ganhando apoio de todos os profissionais e da instituição educacional, bem como da família e da comunidade.
Fazem parte desta teia de integrantes primeiramente o diretor que deve liderar de forma conjunta o coordenador pedagógico, os professores, secretários, serviços gerais, demais funcionários, pais e membros da comunidade.
Cabe as instituições gerenciar para dispor de estruturas e recursos adequados que supram todas as necessidades, bem como dispor de profissionais capacitados, que primem pela qualidade e igualdade, onde os educadores baseiam sua prática educacional na real aprendizagem dos seus educandos.
Em vista do exposto, o objetivo desse artigo é analisar de forma sucinta e clara a gestão escolar e a relação da mesma com a qualidade educacional. Busca-se apresentar um breve histórico sobre a antiga supervisão e atual gestão escolar democrática ou gestão compartilhada; o papel da gestão e da comunidade escolar; políticas públicas e programas que permeiam o processo da gestão escolar na educação infantil.
Um Breve Histórico Sobre a Antiga Supervisão e Atual Gestão Escolar Democrática ou Gestão Compartilhada
Com o desenrolar dos anos, a ideia de educação cresceu em vários termos e aspectos, exigindo-se cada vez mais dela. Aconteceram muitas mudanças, novos conceitos surgiram e diversos paradigmas foram quebrados, dando espaço para o novo, assim reformulando a função da instituição educacional.
A área da gestão possui um campo muito vasto e variado, que engloba desde a institucional, como a empresarial, onde hoje se exige um diferencial, para se adequar as atuais necessidades, levando em consideração o desenvolvimento gradual e contínuo, englobando diversos setores que constituem esse processo.
Alguns anos atrás eram desconhecidos os termos “gestão escolar” e “gestão compartilhada”, se denominavam como inspetor ou supervisor aqueles que estavam à frente de algo. Mas já se percebia que a função supervisora estava diretamente ligada à ação educativa, devido a isso passou de ser apenas uma função e tornou-se uma profissão.
Até mesmo desde as comunidades primitivas se fazia presente à função supervisora, onde os adultos observavam indiretamente as crianças, as preparando de certa forma, pois esta deve ser um ato para suprir necessidades e não como algo repressor. Porém na Idade Média isso se reverte, pois possuía um cunho de controle, de fiscalização, como forma de coerção, castigo e punição.
Na Grécia Antiga o pedagogo era considerado como um escravo, que tomava conta das crianças e as levava até o mestre, posteriormente passou a ser o próprio educador, tendo o encargo de ensiná-las, além de vigiar, controlar e supervisionar.
Com o processo de institucionalização generalizada da educação já se começa a esboçar a idéia de supervisão educacional, o que vai se evidenciando na organização da instrução pública desde a sua manifestação, ainda religiosa, nos séculos XVI e XVII com as propostas de Lutero, Calvino e Melanchthon, com Comenius, os jesuítas e os lassalistas passando, nos séculos XVIII e XIX às propostas da organização de sistemas estatais e nacionais, de orientação laica, até as amplas redes escolares instituídas no século atual. (SAVIANI, 1999, p. 19).
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