Historia da Educação: Da Antiguidade aos Nossos Dias
Por: RAIANE_GABRIELE • 17/4/2020 • Resenha • 2.318 Palavras (10 Páginas) • 928 Visualizações
RESENHA CRÍTICA
História da Educação: da antiguidade aos nossos dias
MANACORDA, Mario Alighiero. História da educação: da antiguidade aos nossos dias/ Mario Alighiero Manacorda; tradução de Gaetano Lo Monaco; revisão da tradução Rosa dos Anjos Oliveira e Paolo Nosella – 3. Ed. – São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992. – (Coleção educação contemporânea. Série memória da educação) ISBN 85-249-0163.
Mario Alighiero Manacorda nasceu em Roma, na Italia no dia 9 de dezembro de 1914 e faleceu em 17 de fevereiro de 2013 na mesma cidade. Foi um dos principais intelectuais marxistas da Italia, no século XX passando para o século XXI, um historiador, intelectual, esportista (nadador), literato, professor e militante. Passou toda a sua educação no regime fascista.[1] Foi casado com Anna Maria, onde passou boa parte de sua vida. Formou-se em pedagogia e letras na Universidade de Pisa, passou por quatro universidades: Cagliari, Viterbo, Florença e Roma. Logo após iniciou suas atividades como tradutor, e estudioso dos clássicos literários e histórico- político, e passou a ensinar nos liceus e institutos de magistérios. Se especializava em questões pedagógicas. Manacorda conseguia fazer uma ligação muito boa, entre história da educação com a teologia, algo que ele gostava e admirava. Também, participou ativamente de todas as lutas educacionais desta segunda metade do século vinte. Algumas de suas obras são: História da educação: da antiguidade aos nossos dias; Marx e a pedagogia moderna; II Principio educativo in Gramsci; História de la educación; Marx r I’educazione; Storia dell’educazione; Storia illustrata dell’educazione; Lettura laica dela Bibbia; Karl Marx e a liberdade; e entre outras. Karl Marx, nasceu em 5 de maio de 1818, na Alemanha e faleceu em 1883 em Londres, cursou Filosofia, Direito e História das universidades de Bonn e Berlim, foi um dos adeptos das ideias de Hegel. Defendia a ideia de que a classe trabalhadora, tinha que se juntar com o intuito de derrubar os capitalistas, para acabar com o abuso deste sistema, para ele, era responsável por todas as crises que se viam, pelas diferenças sociais. Marx acreditava que a revolução provocaria mudanças e a perspectiva de uma totalidade de indivíduos desenvolvidos, passando de uma transformação social para uma transformação da educação. "A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes." (Karl Marx). A perspectiva que Manacorda assume de Karl Marx, deixa bem claro a dicotomia pedagógica das gerações, se serão capazes de se desenvolver sozinhos ou se serão influenciados por Rousseau. Foi um dos únicos que se mostrou ter compreendido as obras de Marx. Nesta obra, o autor faz uma linha do tempo em forma de textos em épocas diferentes , defendendo a educação omnilateral[2], e acaba tentando fazer com que seus leitores compreendem a importância que os trabalhadores e educadores precisam ter para lutar por uma educação libertadora, para uma superação entre os que tem acesso ao poder, aos bens e a cultura, e os que apenas reproduzem. A obra é iniciada na educação do Egito, passa para a Grécia, logo após em Roma, Alta Idade Média, Baixa Idade Média, Trezentos e no Quatrocentos, Quinhentos e no Seiscentos, Setecentos e por fim que será a o foco em: A educação no Oitocentos, O nosso século em direção ao ano 2000 e Mais que uma conclusão, uma despedida. A educação no Oitocentos é colocada como uma pedagogia social, pois a educação no Setecentos tinha se tornado política, era colocada como a era da universalidade, gratuidade, estabilidade, laicidade e renovação cultural. A educação passa a ser instituição- escola, onde o tradicionalismo dos adolescentes, acaba sendo separado do de trabalho, a burguesia passa a ser protagonista da história moderna, pelas mudanças políticas, sem conteúdos sociais e de classe. O sistema capitalista ganha presença, e desloca trabalhadores do campo para cidade, gerando conflitos sociais, transformações culturais e revoluções, com a revolução industrial as condições e as exigências da formação humana é modificada, o ex- artesão passa a ser um moderno proletariado industrial, Neste período, Froebel se espelha nos princípios de Pestalozzi, com a primordialidade de iniciar a educação desde da primeira infância, criando o kindergarten[3]. As escolas infantis são de assistência ou atendimento privado, no ensino tradicional as crianças imóveis, mesmo não havendo educação para os pobres é colocado a divisão de classe, como algo natural, a educação do povo ao invés de ser pelo povo. O trabalho desenvolvido para as crianças, o jogo é uma base didática, e cada criança tem a necessidade de receber instruções nos primeiros anos de vida, a fins de uma instrução geral para a sociedade. A escola primaria tem grande avanço, ganhando força a escola secundária, e a pesquisa universitária também sendo útil e necessário, tendo quatro faculdades tradicionais: medicina, teologia, ciências e letras. Tendo a troca do ensino tradicional para o conteúdo cientifico. Surgimento da escola nova, nascendo de um grande e generalizado movimento de democratização da educação, organizando trabalhos manuais, de criação. Procurando abrir a mente para uma cultura geral, voltada para uma profissão. O socialismo que Marx e Engels define, indica a pedagogia social, as necessidades dos operários, no capitalismo, é apenas aumentar o capital, ignorando as necessidades dos seres humanos, sendo uma concepção nova da instrução trabalho. A pedagogia de Dewey, um diálogo entre a teoria e a prática, partindo do pressuposto do centro da aprendizagem “ o fazer”. Learning by doing[4], são atividades educativas, produtivas, técnicas de experiências concretas de trabalho, por meio do contato ativo, com o objetivo de conhecimento, fazendo descobertas direcionando a utilidade prática deste saber e desenvolvendo a capacidade cognitiva de raciocino e o senso crítico. O desenvolvimento democrático da sociedade, educar para um processo de mudanças na sociedade, e de uma formação de um indivíduo, de um cidadão beneficiado de uma mente moderna, aberta a colaboração e científica, da transformação da educação, para a transformação do social. A instrução politécnica foi exigida durante a grande revolução, percebe-se a imposição de uma estrita relação Instrução com o trabalho socialmente produtivo nas crianças. A escola passa a ser uma instituição fundamental para os adolescentes e crianças, com o intuito de atender e suprir as necessidades do objetivo de uma educação. Com a divisão de trabalho, esta imposta para cada sexo e cada idade estarem em funções que lhes convém, ignorando o fato de que talvez o que não está de acordo para minha idade, e o meu sexo, não está de acordo com minha vertente. A educação já era um privilégio para poucos, e destes poucos, quem nos garante que era uma educação de qualidade, uma educação que garanta o desenvolvimento pleno do indivíduo, prepara-lo para o exercício de cidadania e qualificá-lo para o mercado de trabalho. A partir de tudo que já foi dito, gostaria de ressaltar a importância que o leitor tende de continuar na luta pela educação, na educação focalizada no desenvolvimento pleno, e humanização dos seres.
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