INCLUSÃO ESCOLAR NA PRÁTICA
Por: 25694223802 • 31/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.519 Palavras (7 Páginas) • 190 Visualizações
INCLUSÃO ESCOLAR NA PRÁTICA
Santos,Adriana A. dos RU.:2043509
RESUMO
O presente artigo visa trazer na prática o dia a dia de um aluno na escola regular, bem como concatenar a prática docente à lei que institui e assegura direitos à inclusão e prática de aprendizagem aos portadores de necessidades especiais.
Palavras-chave :Direito.Libras.Inclusão
1. Introdução
Há muito tempo que o modelo anterior de educação, onde as diferenças não eram valorizadas, antes, eram excluídas ou segregadas deixou de ser a “voz que ecoa no deserto”, hoje a educação volta-se para outro cenário, mais humano, menos excludente e onde grupos segregatórios já não são mais aceitos. Hoje a diferença é valorizada e tratada na forma da lei.
Um caminho longo foi percorrido até a lei 10.436 de 24/04/2002 e outro ainda maior deverá ser percorrido para que a lei saia do papel e passe a ocupar, de fato e de verdade os espaços educacionais comuns, o mercado de trabalho e demais relações humanas.
2. Metodologia
Para tal trabalho, vali-me de pesquisas bibliográficas e entrevistas com pais do aluno e professores. Essa estratégia de pesquisa, realizada em dois âmbitos, legislativo, onde as leis que orientam as ações relacionadas são brevemente apresentadas e a pesquisa junto aos envolvidos diretamente no processo de aprendizagem: escola, aluno e família.
3. O surdo e seu direito inerente à aprendizagem
Muitos surdos, após o nascimento e descoberta de sua condição de surdez, eram precipitados de penhascos, outros abandonados para morrerem de forma solitária, BERTHIER, descreve as atrocidades sofridas por esses indivíduos.
Inicia a história na antigüidade, relatando as conhecidas atrocidades realizadas contra os surdos pelos espartanos, que condenavam a criança a sofrer a mesma morte reservada ao retardado ou ao deformado: "A infortunada criança era prontamente asfixiada ou tinha sua garganta cortada ou era lançada de um precipício para dentro das ondas. Era uma traição poupar uma criatura de quem a nação nada poderia esperar" (BERTHIER, 1984, p.165).
O que é a surdez? Quem é o surdo? Ele é capaz? Pode aprender?
A deficiência auditiva pode atingir qualquer pessoa em todas as fases da vida e em diversos graus, que vai da perda auditiva leve até a profunda.
Exposição constante a ruídos e barulhos excessivos sem o uso de EPI, doenças durante a gestação, lesões no ouvido, genética e até o uso de alguns medicamentos podem desencadear a perda auditiva.
Independente da causa e graus da perda auditiva, ela se enquadra a um dos quatro tipos de deficiência auditiva conhecidas:
Perda Auditiva Condutiva – Ocorre quando há alguma interferência na transmissão do som do ouvido externo até o interno. É uma perda temporária.
Perda auditiva Sensorioneural – Os ouvidos possuem cílios, conhecidos como células ciliadas da cóclea, estas são células nervosas. Durante da vida, perdemos parte destes cílios, o que faz com a audição fique fragilizada. .
Infelizmente, este tipo de perda auditiva não tem cura. Entretanto, o uso de aparelhos auditivos é uma solução para quem sofre com o problema.
Perda Auditiva Mista – Como o próprio nome diz é uma combinação dos dois tipos de perda auditiva citadas anteriormente. Suas causas também estão relacionadas às perdas auditivas condutivas ou sensorioneural.
Perda Auditiva Neural – Este tipo de perda auditiva atinge especificamente o nervo auditivo. Ela é percebida na dificuldade da compreensão das informações sonoras e ocorre por conta de uma alteração no mecanismo de processamento de informações no tronco cerebral, ou seja, envolve o Sistema Nervoso Central.
Com relação aos graus, a surdez poderá ser leve, moderada, severa ou profunda. A pessoa que possui a deficiência auditiva em qualquer grau, deve procurar auxílio imediatamente, pois quanto antes o problema for detectado e tratado , maiores serão as chances de reabilitação e inclusão do paciente.
4. O surdo e sua condição de aprendizagem
O desenvolvimento pedagógico do portador de surdez deve ser avaliado levando em consideração o tempo de diagnóstico da surdez. Se ela ocorre no período pré linguístico, o déficit é maior ainda, pois há também comprometimento cognitivo, uma vez que audição e fala, são fatores predominantes no desenvolvimento cognitivo do indivíduo, não que estes nessa condição não possam aprender ou desenvolver-se, nada disso, mas o processo de aquisição de linguagem é diferenciado e deve ser pontual tendo em vista que se for introduzido tardia ou erroneamente, o indivíduo terá sérios agravamentos, não pela surdez em si, mas devido à falta de elementos que o instiguem, que o façam perceber o mundo “à sua maneira”. É imprescindível que aos primeiros sinais de surdez ou perdas auditivas as avaliações multiprofissionais sejam realizadas imediatamente de forma norteadora e abrangente, sendo assim essa criança terá um nível de aprendizagem semelhante a uma criança ouvinte. A Libras será a língua número um da criança surda e o português, a língua número dois. A contação de histórias, o uso de sinais desde a mais tenra idade acrescentará a essa criança um desenvolvimento integral e ela desenvolverá habilidades específicas, como qualquer pessoa que não possue deficiência. A surdez não é fator incapacitante, o que ocorre é que a maior parte das famílias, não conseguem assistir corretamente essa criança, ou por falta de acesso ou por preconceito, como antigamente, quando os surdos eram proibidos de representarem quaisquer manifestações da comunidade surda, como língua de sinais. Eles eram forçados à oralidade, muitos tinham suas mãos amarradas para trás e eram obrigados a emitirem sons e através destes, se virarem para se comunicar, sem contar que eram ignorados, maltratados e tratados como loucos, as famílias os escondiam.
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