Inclusão Escolar e a Formação Docente
Por: Dayana Domingues • 27/9/2021 • Projeto de pesquisa • 1.355 Palavras (6 Páginas) • 241 Visualizações
Capítulo 2
Inclusão Escolar e a Formação Docente
Nos últimos tempos têm surgido grandes transformações sociais por conseqüência de grandes debates, reflexões e lutas por direitos que garantam ao cidadão uma vida mais digna e produtiva, têm suscitado polêmicas em diversos setores de nossa sociedade.
Diante deste processo de grandes transformações sociais, a escola tem sido chamada à responsabilidade no desempenho de seu papel fundamental na formação do aluno como cidadão político e social, que deve estar preparado para a inserção participativa em seu contexto cultural, político e econômico. Ao considerarmos a educação como uma das ferramentas fundamentais na formação do indivíduo, é importante reconhecermos também, a necessidade de uma formação de professores que atenda às necessidades e aos desafios impostos pelo paradigma da educação para todos.
Segundo NÓVOA, (1995), a formação de professores não deve ser vista somente como uma atividade de:
Aprendizagem situada em tempos e espaços limitados e precisos, mas também como ação vital de construção de si própria, pois, envolver o paradigma de inclusão no processo cotidiano de formação significa encontros com as relações de pluralidade, uma vez que: Ninguém se forma no vazio. Formar-se supõe troca, experiência, interações sociais, aprendizagem, um sem fim de relações.
De acordo com MOTA, (1992, p. 115), acredita que:
Para se ter acesso ao modo como cada pessoa se forma é ter em conta a singularidade da sua história e, sobretudo, o modo singular como age, reage e interage com os seus contextos. Um percurso de vida é assim um percurso de formação, no sentido em que é um processo de formação.
A educação, bem como a escola apresenta papeis fundamentais para a formação de um cidadão mais humanos, críticoa, reflexivos. Mediante a isso remete a pensar um pouco sobre a prática pedagógica voltada especialmente para a inclusão escolar, na qual devem utilizar e construir métodos e procedimentos que visem atender à diversidade de estilos e ritmos dos estudantes, para que o processo de construção do conhecimento seja vivenciado de forma contextualizada e prazerosa.
Segundo Mercado (1999), a formação de um professor demanda busca de novos:
Conhecimentos, utilizando recursos tecnológicos nas atividades em sala de aula; ter uma formação continuada; valorizar a interação e a aprendizagem colaborativa; refletir criticamente e valorizar a prática pedagógica docente como fonte de reflexões, de pesquisa e de conhecimento.
A Educação Inclusiva tem por objetivo entender as diferenças, mantendo-as ativas, encorajando o seu aparecimento e expressão, enfim tornando-as presentes e utilizáveis para o processo educativo de todos os alunos. Incluir uma criança na escola regular significa proporcionar a todos os alunos o aprendizado de conviver com a diversidade, sem anulá-la. Embora todos sabemos que a inclusão como imaginamos e idealizamos não é a mesma que vemos na prática.
De acordo com FACION, (2009,P. 203) afirma que :
Incluir não é simplesmente levar uma criança com deficiência a frequentar o ensino regular. A inclusão é uma conquista diária para a escola, para a criança e para seus pais. Todo dia é um dia novo na inclusão
Embora haja problemas com a igualdade e diferença no sentido de se perceber de que lado nós estamos, quando defendemos uma ou outra ficamos com a firme convicção de privilegiar a diferença concordando com Santos (1999): “Temos o direito à igualdade, quando a diferença nos inferioriza; temos o direito de sermos diferentes, quando a igualdade nos descaracteriza”.
A diversidade faz parte do conhecer humano.
De acordo com Lima (2006, p. 17):
A diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são também diversos em suas formas de perceber o mundo. Seres humanos apresentam, ainda, diversidade biológica. Algumas dessas diversidades provocam impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das pessoas (as comumente chamadas de “portadoras de necessidades especiais”). Como toda forma de diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda óbvia, por um currículo que atenda a essa universalidade.
Do ponto de vista cultural, a diversidade pode ser entendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças.
Segundo Minetto (2008, p. 19):
A educação é responsável pela socialização, que é a possibilidade de convívio, com qualidade de vida, de uma pessoa na sociedade; viabiliza, portanto, com um caráter cultural acentuado, a integração do indivíduo com o meio. A ação pedagógica conduz o indivíduo para a vida em sociedade, produzindo cultura e usufruindo-se dela. É certo que as modificações em todos os âmbitos da sociedade afloram as desigualdades, de modo a impulsionar discussões sobre as exclusões e suas consequências e lançar a semente do descontentamento e da discriminação social, evidenciando-se a necessidade de mudanças nas políticas públicas.
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