Inclusão de alunos com deficiência

1 INTRODUÇÃO

        O presente trabalho tem como objetivo analisar de que forma acontece a inclusão escolar dos alunos com deficiência no Município de Campos Novos/SC por meio de visita a uma instituição que atende alunos com deficiência visual e realizar uma entrevista com a professora responsável pelo atendimento de tais alunos.

        A partir dos dados coletados, será realizada uma resenha sobre a importância da inclusão dos alunos com deficiência na escola regular.

        

2 DESENVOLVIMENTO

        A instituição escolhida para o desenvolvimento do trabalho foi a ACADAV, que atende os deficientes visuais do município de Campos Novos. A ACADAV atende pessoas de todas as idades, estando ou não em idade escolar. Nela é realizado o ensino da leitura e escrita em braile.

        A professora e coordenadora da ACADAV de Campos Novos Solange Pinheiro concedeu uma pequena entrevista sobre a importância da inclusão social:

        Sobre a função da escola no contexto da inclusão, Solange acredita que a instituição contribui e muito para a inserção do aluno cedo na sociedade, pois além de ensiná-los a ler e escrever, eles recebem orientação de locomoção e participam de projetos que envolvem artes e música.

        Solange afirma que na ACADAV todos os alunos são recebidos e tratados de igual maneira, sem distinção de raça, cor ou deficiência. Há a oportunidade de interação entre os alunos atendidos por meio de vários projetos que a instituição promove.

Em relação a maneira a qual os profissionais da escola contribuem para que a inclusão se efetive no espaço educativo, ela afirma que os profissionais da ACADAV são preparados por meio e cursos específicos para receber os alunos cegos, os mesmos atendem os alunos com atenção redobrada para que os mesmos se adaptem na escola regular.

        Além disso, todos os profissionais da ACADAV participam de cursos e todos têm conhecimento em braile. Os professores da ACADAV têm formação em pedagogia, alguns possuem pós-graduação na área e todos eles participam de cursos de formação continuada da área da educação especial.

        Solange afirma que ainda há dificuldades presentes na escola regular em relação ao processo de ensino-aprendizagem do aluno cego, por esse motivo é que a ACADAV existe, para complementar e sanar as dificuldades dos alunos com deficiência visual.

        Após a entrevista, foi feita a observação da aula de braile, o material utilizado nessa aula é todo adaptado aos alunos e as professoras procuram atender com paciência a todas as dificuldades que os alunos tem. Os alunos são avaliados de acordo com o seu interesse no aprendizado e desenvolvimento de habilidades nas aulas ministradas.

        A partir da realização desse trabalho, pode-se perceber que a inclusão não se baseia somente em integrar o aluno deficiente em sala de aula, mas sim cuidar para que participe de todas as atividades escolares. O aluno precisa se sentir fazendo parte do grupo, precisa aprender e dar as suas opiniões, assim como qualquer outro.

        Além disso, é preciso mudar os métodos de ensino, reconhecendo a igualdade entre os alunos e ter consciência de que mesmo os alunos sem deficiências possuem algum tipo de dificuldade em algum momento da vida escolar e cabe ao professor identificar tais dificuldades.

Atualmente, é vivenciado um momento em que mundialmente se fala na inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. A legislação é explícita, quanto à obrigatoriedade em abrigar e matricular todos os alunos, independentemente de suas necessidades ou diferenças. Entretanto, não é suficiente apenas esse acolhimento, mas é preciso que o aluno portador de deficiência tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de suas potencialidades.

Para a construção de uma verdadeira sociedade inclusiva é importante, também, que se tenha cuidado com a linguagem que se utiliza. Pois é através dela que é expressada a aceitação, o respeito ou preconceito e discriminação em relação às pessoas ou grupos de pessoas, conforme suas características.

Assim, respeitar a diversidade e manter a ação pedagógica torna-se um desafio no desenvolvimento do trabalho com alunos que apresentam necessidades especiais. A atual Política Nacional de Educação Especial, no que se refere ao atendimento especializado na escola, aponta para uma definição de prioridades e define como aluno portador de necessidades especiais aquele que apresenta necessidades específicas de aprendizagens curriculares, diferenciadas dos demais alunos e que requeiram recursos pedagógicos e metodologias específicas.