Kant - Sobre a Educação

Texto 5: KANT, Immanuel; Sobre a Pedagogia; ed. 2. Piracicaba: UNIMEP, 1999.

Palavras-chave: educação, criança, sociedade.

A educação segundo Kant, trata-se de uma atividade cotidiana e um objeto de reflexão filosófica.

Segundo Kant, o homem não nasce moral, precisando principalmente da educação como prática auxiliadora na formação do indivíduo, moral e autônomo.

A questão principal levantada no texto é, como pode a educação, tomada como uma atividade cotidiana, uma prática pedagógica, ajudar a formação do indivíduo moralmente correto, embora a educação passe de uma geração para outra?

O autor destaca também a importância da disciplina e instrução, que humaniza o ser. Porquanto a educação puramente negativa tira o homem da selvageria, a instrução e disciplina o conduz a liberdade.

Em sua liberdade, o homem a ela tudo sacrifica, e em uma concepção kantiana, o homem é a única criatura que precisa ser educada.

A disciplina submete às leis da humanidade, fazendo-o sentir as forças da própria lei.

O autor destaca também a importância da escola nos primeiros anos de vida da criança como elemento disciplinador, e deixa claro sua oposição a Rousseau, que defende aos selvagens uma nobre tendência a liberdade.

Outro ponto abordado por Kant, está relacionado as escolas de sua época, quando trata a educação pública e a educação privada. Para ele a educação pública completa deve reunir instrução e moral, a educação privada é dada pelos próprios pais ou progenitores mediante recompensa.

O autor aponta como um dos maiores problemas da educação o poder de conciliar a submissão às leis com a liberdade.

Em um momento do livro, o filósofo analisa os cuidados materiais dado as crianças, abordando sua formação física, seja em aspectos lúdicos, como cultura livre e escolásticos como um trabalho, buscando livra assim as crianças do ócio.

Ao final, o autor destaca metas como, orientar o educando na direção da habilidade, prudência e moral, metas estas implantadas a fim de tornar lentamente um ato de pensar (habilidade), dissimulação (prudência) e caráter (moral).

Dentro do caráter moral defende a importância de se dar as crianças um catecismo norteador da vida prática e a prática das virtudes, ensinar a criança o respeito e a atenção aos direitos humanos e solidariedade.

Em respeito à educação dos jovens, sua reflexão permeia sobre o instinto sexual, com informações que devem lhes serem passadas de modo claro e objetivo.

O filosofo procura passar de modo motivador os pensamentos, desenvolvendo suas reflexões de maneira comprometida à sociedade de seu tempo, sem esconder que a educação, ainda uma arte, também é um poderoso mecanismo de controle na formação do ser e do meio em que está inserido.