Libras Avaliação Discursiva
Por: maraliza25 • 24/11/2019 • Pesquisas Acadêmicas • 944 Palavras (4 Páginas) • 246 Visualizações
Avaliação Discursiva Online (A1C)
Questão A
É comum assistirmos os jornais ou lermos notícias que quando tratam das pessoas com perdas auditivas ou sem audição, usam termos pejorativos como mudos ou surdos-mudos. Na área educacional temos consciência de que esse termo é inadequado, como também o termo ‘linguagem de sinais’, por compreendermos a complexidade e completude da Libras. Consideramos essas questões superadas. Nos incomoda é que mesmo diante de tantos debates, parece que socialmente sempre retornamos ao início, ou seja; a compreensão do sujeito tendo como base a falta de ouvir, a incapacidade de aprender em igualdade de condições e portanto surdo-mudo ou deficiente, e a ideia de que a Libras é linguagem proveniente da deficiência desses sujeitos o que não condiz com a ciência.
Para modificação dessa realidade destacamos no livro da disciplina o que a autora nos diz: “...para nos referirmos a essas pessoas ... usaremos o termo “surdo” (...) não com uma visão clínica ou patológica. Contrariamente, as pessoas que têm a capacidade de ouvir são chamadas de ouvintes.” (SILVA, 2010, p.13-14). A partir da leitura da questão, análise da mesma e do excerto da autora do livro da disciplina. Elabore um texto explicitando por que não devemos fazer uso de termos como surdos-mudos, linguagem de sinais, ou outros referentes a incapacidade. Pode basear-se no artigo 2º do Decreto 5626/2005 (BRASIL, 2005) e no próprio livro da disciplina.
Questão A
Não devemos fazer uso de termos como “deficiente auditivo”, pois refere-se a sua incapacidade, estamos assim invocando aquilo que a pessoa não possui, aquilo que lhe é deficiente, dando ainda mais destaque a sua condição clínica.
Termos pejorativos, como “surdo-mudo” também não são mais aceitos porque quando o surdo está sinalizando, ele está pronunciando-se, ou seja, falando na sua própria língua.
Sendo assim, atualmente o termo correto é “surdo”, pois contrariamente, as pessoas que têm a capacidade de ouvir são chamadas de ouvintes. O uso desse termo remete a um posicionamento político de respeito ao sujeito como um ser social, falante da língua de sinais, e não com uma visão clínica ou patológica.
Infelizmente, ainda são poucas as pessoas ouvintes que conseguem se comunicar através da linguagem de sinais, não conseguem entender tantas sinalizações, muito menos responder.
Questão B
Num vilarejo de pescadores, distante da cidade, nasceu uma linda menina chamada Pérola, aparentemente normal. Todo o período inicial da vida era totalmente igual a de qualquer outra criança da sua idade. Só foi por volta dos quatro anos de idade, período muito tardio, que sua mãe, Violeta, veio a perceber que havia alguma coisa de errado com a filha, pois vizinhos e amigos sempre notavam certa diferença na menina. Assim, sua mãe começou a desconfiar que algo pudesse estar errado. Violeta ressalta que o local onde moravam ficava muito distante da cidade e a dificuldade em levar a filha aos médicos acabou por elevar o problema de audição da sua filha. Na fase escolar, a menina, foi levada à escola local da região, mas alguns professores afirmaram que não adiantaria que ela permanecesse na escola, pois não iria aprender nada. Mesmo em meio a esses questionamentos, a criança frequentou a escola, embora não tivesse grande sucesso, seu desenvolvimento não foi bem aproveitado. A determinação de Violeta em casa para tentar ensinar sua filha a ler e a escrever ia desmoronando, pois não tinha o apoio da escola e de profissionais ao seu lado. Hoje, a menina não está estudando. Mesmo recebendo a visita de vários professores locais para tentar levá-la à escola e resgatá-la ao meio social ela se recusa. Você como professor, quais aspectos poderia considerar em seu planejamento caso tenha uma criança ou adolescente surdo na turma? Que ações podem ser desenvolvidas pela escola para atender de forma integral alunos surdos? Comente.
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