Lingua Portuguesa instrumental
Por: Joice Lemos • 1/3/2017 • Dissertação • 416 Palavras (2 Páginas) • 270 Visualizações
EDU-UERJ – Pedagogia / CEDERJ [pic 1]
Polo: Magé
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental
Avaliação a Distância 1
Data: 28 de julho de 2016
Aluno/a: Joice Andrade Lemos
Política e docência em tese
Apesar de apresentado à câmara municipal desde o início de 2015, o até então projeto de lei que institui o programa “Escola sem partido”, tornou-se, desde a posse de exercício do atual presidente interino da república Sr. Michel Temer, coincidentemente ou não um assunto que tem gerado grande atrito, dentro e fora das escolas.
Este projeto torna o professor impossibilitado de expressar opiniões pessoais e ideológicas no exercício de sua função, incluindo isto; citações políticas, históricas e etc. Tal feito se dá sob o argumento de que os professores, ao expressarem suas opiniões, exercem sobre os alunos uma espécie de doutrinação de esquerda, que, segundo a lei em questão, torna-os incapazes de realizar suas escolhas livres de influências.
Em pesquisa feita pelo Datafolha, em setembro de 2014, foram entrevistados 10.074 cidadãos, habitantes de 361 cidades espalhadas por todas as regiões do Brasil, estes senhores entrevistados são eleitores alfabetizados e formados em nossas escolas com o mesmo sistema de ensino, o objetivo dessa entrevista era, entre outros, numerar aproximadamente a quantidade de cidadãos “esquerdistas” e “direitistas” espalhados por nossas regiões. Em seu desfecho a pesquisa constatou que a parcela de eleitores brasileiros afinados com temas defendidos pela direita (45%) supera atualmente à de eleitores mais afinados com as ideias ligadas à esquerda (35%) e houve ainda uma parcela de 20% que não soube ou não quis opinar. Ainda com um dos lados obtendo vantagem na contagem, podemos considerar que houve um equilíbrio entre as opiniões.
Essa pesquisa em campo torna evidente que não existe doutrinação de esquerda exercida em sala de aula, caso contrário como haveria de se formar opiniões divergentes visto que, para estas não haveria instrução? Há sim uma pujante tentativa de doutrinação política objetivada na estagnação das classes.
Vivemos em um país ainda livre, não há, e não há a intenção de haver doutrinação a nada que não seja à educação.
É preciso ensinar nosso jovem a pensar, a distinguir o universo em que vive e a encontrar-se neste mesmo universo. Ao calar o professor perde-se não só a sua voz, mas também a voz de uma nação que caminha na contramão da conformidade de não poder mudar o mundo.
Joice Lemos sobre o projeto de lei “Escola sem partido” Jul.2016
Dados Datafolha: http://datafolha.folha.uol.com.br/eleicoes
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