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Linha do tempo sobre a História da Infância

Por:   •  29/4/2016  •  Seminário  •  1.233 Palavras (5 Páginas)  •  2.445 Visualizações

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Linha do tempo sobre a História da Infância

  • A infância para alguns é a fase da vida onde reina a fantasia e a liberdade. Para outros é a fase em que vai ser preparada para o futuro.

Discussão sobre o conceito da criança e da infância, a partir da perspectiva sociológica.  Suas concepções podem variar de acordo com o contexto social, econômico, histórico, cultural e político. 

Para Postman (1999), ressalta que a “cultura” infantil na sociedade contemporânea muda e altera suas características próprias  como a vestimenta, a alimentação a linguagem e as brincadeiras. 

Para Silveira (2000), a definição de infância está ligado á ótica do adulto, e como a sociedade está sempre em movimento, a vivencia da infância muda conforme os paradigmas do contexto histórico. A autora afirma também que através dos meios de comunicação e de sua narrativa, as crianças e os adultos “aprendem” o que é ser criança e o que devem consumir para isso. 

As definições de infância podem tomar diferentes formas de acordo com os referencias que tomamos para concebê-las.

A palavra infância evoca um período da vida humana. Já a palavra criança, indica uma realidade psicobiológica referenciada ao individuo.

No dicionário Aurélio criança é ser humano de pouca idade. Já a infância está definida como um período de crescimento, no ser humano, que vai do nascimento até a puberdade.

Na sua origem etimológica, o termo “ infância em latim é in- fans, que significa sem linguagem.  Na tradição filosófica ocidental, não ter linguagem significa não ter pensamento, conhecimento e racionalidade. Por isso nesse sentido a criança era vista como um ser menor , alguém a ser adestrado, a ser moralizado a ser educado.

Já o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL. 1990) define “a criança como a pessoa até os 12 anos de idade incompletos”. 

Por isso que o significado genérico da infância está diretamente ligado ás transformações sociais, culturais, econômicas, etc. da sociedade de um determinado tempo e lugar, que possui seus próprios sistemas de classes, de idade e seus sistemas de status e de papel social.  

Conforme Oliveira (1989) as idades se apresentavam em número de sete, um referencia ao número de planta...

Outros períodos buscavam outras referências, mas sempre relacionadas á natureza. Tais como, as quatro fases, que correspondiam ás quatro estações do ano – utilizada, por Comenius. Outra com doze fases, que correspondiam aos doze signos do zodíacos, que de acordo com Ariés, foi muito popularizada em cenas de calendário na Idade Média ou em poemas do século XIV, XV e XVI.

A periodização está enquadrada num sentido da infância como algo que se define nos limites da espécie, representado categorias simples baseada essencialmente em fatores naturais ou biológico. 

Áries (1978) – historiador francês que por meio de pesquisas iconográfica, descortinou a história social da infância no continente europeu.

Teve seu início quando a posição da criança como Ser relativamente considerado apareceu na história da arte e da iconografia dos séculos XV, no final do século XVI e em todo o século XVII, onde as crianças eram  representadas como anjos. 

De acordo com Áriés (1978), a ausência de representação da vida da criança, que ocorre até a Idade Média, tem como motivo o desinteresse por uma fase da vida instável e ao mesmo tempo representativa. Isso pelo fator das altas taxas de mortalidade infantil e ao mesmo tempo a de natalidade. 

No século XV e XVI, apresenta uma “iconografia leiga”, oposta á religiosa, que representa cenas da vida cotidiana, na qual a criança aparece na presença dos adultos em diferentes situações. 

No século XVI, as crianças também eram retratadas mortas, esculpidas nos túmulos, acompanhadas dos pais e irmãos, indicando uma outra visão a respeito da criança quem morre cedo e anunciando que a criança começava a sair do anonimato mesmo sob condições demográficas. 

Nesse contexto de mudança, a infância passava a ocupar um lugar social diferente: enquanto na Idade Média a criança vivia misturada aos adultos, não havendo, inclusive, diferença quanto a vestimentas, jogos, atividades, aprendizagens e até mesmo em relação ao trabalho, era vista como um pequeno adulto; gradativamente ela foi sendo valorizada em si mesma, mas a partir de uma visão que considerava a infância como a idade da imperfeição.

Áries (1978), afirma que a postura frente à criança mudou ao longo dos séculos foram inspirando práticas e instituições – como o colégio, que, movido pela instituição da disciplinam, fortaleceu o interesse psicológico e a preocupação moral em relação á criança. Par o mesmo a ideia de infância, é uma construção social moderna. 

Uma síntese possível e aproximada das imagens da infância moderna como tentativa de mapeamento da evolução histórica da infância é apresentada por Soares (2001), com base no estudo de Hendrick sobre a infância inglesa (de 1800 até os dias atuais), no qual se evidencia a variabilidade do conceito de infância por meio da identificação de diferentes concepções de criança que foram sendo construídas pela sociedade inglesa ao longo dos séculos XIX e XX. Assim, com fortes influências rousseaunianas surge, no século XVIII, a concepção romântica de criança, que resulta de uma dualidade de posições, assumidas, por um lado, nas perspectivas pessimistas características do protestantismo, e, por outro lado, na valorização do bem, da inocência, que encontrou nos trabalhos de Rousseau a principal inspiração.

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