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Literatura Infantil

Por:   •  10/9/2015  •  Resenha  •  1.290 Palavras (6 Páginas)  •  351 Visualizações

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A educação infantil é uma fase de entendimento complexo, reflexivo e crítico, e se deve levar em consideração o papel do profissional para se ensinar a criança, e podemos observar que a educação infantil vem sendo um dos temas mais discutidos não só nacionalmente, mas mundialmente.

Nos séculos XI e XIII, alguns pensadores como Erasmo e Montaigne desenvolveram uma educação onde se respeitava a natureza infantil e sua estimulação da criatividade, pois desde a época de Platão (427-347 A.C) a educação já era vista como preocupação através de  registros,onde diziam que os jogos educativos na família ,criava-se um papel de exercer a aprendizagem de cidadania .

As crianças eram vistas como “seres não pensantes”, mesmo com todos esses registros, e a educação tornava-se obrigação apenas da mulher dona de casa.

Na mudança do feudalismo para o capitalismo a sociedade se reorganizou com a Revolução Industrial, permitindo que as mulheres pudessem trabalhar. E onde deixariam os filhos?-Iniciava-se aí uma preocupação com a educação infantil, já as instituições possuíam profissionais que não tinham conhecimentos pedagógicos, e a escola era vista como de apoio aos pais.

Em 1637 foi elaborado por Comênio (1592-1670) um plano de escola maternal em que se recomendava o uso de materiais audiovisuais como “livros de imagens”,para se educar as crianças pequenas, e á partir disso foi defendido uma programação bem elaborada ,e com recursos materiais bons e boa racionalidade do tempo e espaço escolar. Comênio usou a imagem de jardim de infância como lugar da educação de crianças pequenas, isso ocorreu em 1657.

Jean Jacques Rousseau (1712-1778) criou uma proposta educacional com objetivo de combater o preconceito, o autoritarismo e as instituições sociais que violentassem a liberdade, uma característica da natureza, isso ocorreu em oposição ao período de reforma e contra reforma religiosa. Afirmava também que a infância não era apenas uma via de acesso, e sim um período de preparação para a vida adulta, defendia a existência de uma educação não orientada pelos adultos, e que fosse um resultado do livre exercício das capacidades infantis, acreditando que era função do professor afastar tudo o que pudesse impedir a criança de viver plenamente sua condição.

Pestalozzi (1746-1827) também era contra o intelectualismo excessivo da educação, para ele a liberdade surgia da bondade e do amor, tal como na família, e que a educação deveria cuidar do desenvolvimento afetivo das crianças desde o nascimento, e que educar tinha que ocorrer em um ambiente natural, em clima de disciplina estrita, mas não deixando de ser amorosa. Para ele o valor educativo do trabalho manual e a importância de a criança desenvolver destreza da prática preocupavam-se com a idade das crianças, e na educação se se priorizava coisas e não palavras. Sua teoria foi criar métodos de ensino á partir do nível de desenvolvimento dos alunos através de atividades de música, arte, soletração, geografia e aritmética, junto com a ideia presente em Rousseau de organização graduada do conhecimento, partindo do mais simples até o mais complexo.

Froebel (1782-1852) levou adiante as ideias de Pestalozzi, criou um ambiente á educação para crianças (de 0 á 6 anos)”Jardim de Infância),onde sua intuição e ideia era a espontaneidade infantil,preconizando uma autoeducação da criança através do jogo,através das vantagens intelectuais e morais,e no desenvolvimento físico,com isso os recursos utilizados por ele eram as prendas ou dons e as ocupações.

Prendas-materiais que não mudavam de forma: cubos, cilindros, bastões e lápides, onde através das brincadeiras as crianças fazem construções variadas e forma um sentido da realidade e um respeito á natureza.

Ocupações-materiais que se modificavam com uso: argila, areia e papel, usados em atividades como modelagem, recorte e dobradura. Sua ênfase era posta na liberdade da criança, espelhando os movimentos liberais na Europa, passando ser vista como ameaça ao poder político alemão, onde levou o autoritarismo governamental da época e fechar os jardins de infância do país por volta de 1851.

No século XX houve a contribuição com a especificidade da educação infantil, onde o ensino era focado de forma significativa para as crianças excepcionais por Decroly e Montessori. Pra Decroly o ensino deve ser voltado para o intelecto, onde a criança deve ser colocada diante de um objeto concreto, onde á partir daí o profissional deve fazer uma análise e uma síntese, onde por sua vez expressaria por meio de uma obra pessoal o entendimento e pensamento que o aluno veio a produzir, havia também uma preocupação com o domínio de conteúdos pela criança, mas via-se a possibilidade de encadeá-los em rede, organizando-as ao redor de centros de interesses em vez de serem voltados á disciplinas tradicionais. Decroly foi conhecido também por defender a observação dos alunos classificando e distribuindo em turmas homogêneas de forma rigorosa, com isso surgiu Montessori (1879-1952) que construiu propostas sistematizadas, se encarregando pelo ensino de crianças com deficiência mental em uma clinica psiquiátrica de Roma. Sendo assim em 1907 foi convidada a organizar uma sala para criança sem deficiências, onde propunha uma pedagogia cientifica da criança e se opondo a concepções que considerava materialista, ela criou um material estruturado para a atividade da criança (Brinquedo),pois não aceitava a natureza como ambiente apropriado para o desenvolvimento infantil.

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