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Metodologia de Ensno de Língua Portuguesa

Por:   •  9/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.022 Palavras (5 Páginas)  •  270 Visualizações

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Universidade Nove de Julho

Curso: Pedagogia – 2º Semestre (EAD)

Atividade “Conversa dos Alunos”

Disciplina: Metodologia de Ensino de Língua Portuguesa

Profª Elisabeth Marcia R. Machado

Alunos:

Bianca Aparecida da Silva – RA 2216104808

Cintia Bonatto Tyska Schölzel – RA 2316100075

Rosalina Marinho Andrade Rodrigues – RA 2316100217 

Valeria Neves Diniz Feitoza – RA 2316100035 

São Paulo, 10/10/2016

[pic 1]

Ao analisarmos a situação, compreendemos que os dois alunos não estavam com uma linguagem apropriada para a sala de aula. O primeiro aluno, o André, apresenta uma linguagem mais antiga (não condizente para um aluno de 3º ano do Ensino Fundamental), e o Pedro, apresenta gírias em sua linguagem, também não adequada para o ambiente de sala de aula.

O professor, diante de uma situação dessas, deve compreender que se aprende linguagem produzindo linguagem. E que o aluno tem uma bagagem, proveniente do grupo social que está inserido, e ao chegar à escola, já faz uso de sua língua. Já possuem o próprio saber linguístico, que não deve ser desvalorizado ou reprimido. Durante uma interação verbal, é comum o uso de registro, onde utilizamos diferentes usos de nossa língua, dependendo muito do momento e da situação comunicativa que estamos inseridos. Ou seja, esse mesmo aluno, que respondeu com gírias, pode em outro momento, responder de forma coloquial, com formalidade a qualquer questionamento. Pois o discurso se organiza a partir de conhecimento sobre o assunto, simpatia ou antipatia contra o outro colega, relação de intimidade, etc. Pode ser que esse aluno, que respondeu com gíria, não tenha gostado da forma de abordagem do outro colega, até mesmo não tendo um bom relacionamento com o mesmo, agindo por impulso e resultando nesse tipo de linguagem. 

Baseando-nos nos PCN’s, compreendemos que não se trata de ensinar a falar a linguagem correta, mas sim, as linguagens adequadas ao contexto de uso. Ensinar língua oral não significa ensinar a falar, mas sim auxiliar o aluno a desenvolver a capacidade de se expressar adequadamente. Podemos exemplificar a linguagem como os variados tipos de roupas: em alguns locais, fazemos uso de um tipo de vestimenta mais formal, como um terno, camisa. Em outros ambientes, a informalidade marca presença, onde utilizamos bermudas, tênis, camisetas. Tudo depende da ocasião, do local, da formalidade.

Cabe ressaltar que promover atividades orais e escritas, que favoreçam sua familiaridade com a variedade culta-padrão, não é uma das tarefas mais fáceis. Primeiramente, diante do diálogo ocorrido, cabe ao professor intervir, propor que os dois mantenham a calma. Solicitar que seja feito novamente o mesmo pedido pelo primeiro aluno e observar sua atitude, olhando em seus olhos. Pedir então que o segundo aluno responda ao questionamento do primeiro, com gentileza. Caso ainda exista recusa no empréstimo, questionar o motivo e observar. Se ele não ceder e para evitar ainda mais atritos entre os dois, questionar à classe quem poderá emprestar o livro ao primeiro aluno. E ao final, aproveitar para falar que esse tipo de linguagem, com gírias e desrespeito pelos colegas, deve ser evitado dentro do ambiente escolar.

O professor tem uma grande oportunidade, através desse ocorrido, de trabalhar as variações linguísticas, propondo atividades para o sala. Os textos, em sua variedade, podem ser apresentados, deixando que os alunos entrem em contato com os diferentes usos sociais da língua, com o objetivo que percebam os motivos de uso daqueles tipos de linguagens. A vivência com diversos textos irá auxiliá-los a conhecer e interagir com diferentes tipos, possibilidades e manifestações da língua escrita. Também é interessante questionar se os alunos falam da mesma forma e se, em todas as ocasiões, podemos falar do mesmo jeito. Solicitar que listem locais que as pessoas utilizam uma oralidade mais formal e onde a linguagem pode ser mais descontraída. Pode-se pedir que eles deem exemplos sobre as falas que consideram formais e o que torna para eles uma linguagem mais elaborada. Passar alguns vídeos com diversas situações, provocá-los a pensar e comparar as situações de oralidade que assistiram com fala cotidiana sobre aspectos, tais como os objetivos, os termos utilizados em cada uma delas, a postura empregada, a postura dos ouvintes diante do narrador. Para completar, auxiliá-los a apresentar um telejornal com as mesmas notícias, porém utilizando as variações linguísticas dos grupos, um utilizando linguagem culta e o outro, linguagem informal. Após a atividade, pode-se montar um quadro com as conclusões dos alunos, deixando exposto na sala de aula.

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