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Mini-estudo - “A avaliação do aprendiz em EAD”

Por:   •  22/2/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.529 Palavras (7 Páginas)  •  513 Visualizações

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Paula Guaraldo

Miniestudo - “A avaliação do aprendiz em EAD”

Disciplina: Cenário de EAD – Histórico e Legislação

Professor: Márcio Mori

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar e compreender a experiência de se obter conhecimentos acadêmicos por meio do mundo virtual, colocando como foco principal de investigação a avaliação do aprendiz em EAD e seus desdobramentos. Para tanto, dedicamo-nos a exposição das diversas facetas da avaliação, seja ela presencial ou a distância, para posteriormente fazermos o contraponto entre ambas e as ponderações cabíveis ao contexto proposto, ou seja, a realidade on-line.

Rio de Janeiro

2014

No decorrer de nossos estudos referentes à Educação a Distância, considerando o seu cenário, tanto em âmbito mundial, quanto em âmbito nacional, observamos que esta tem crescido de forma exponencial, ano a ano. Com o ambiente de grande desenvolvimento tecnológico em que a sociedade se encontra imersa, com as novas gerações (nativas da era digital), diferentemente de nós que nascemos antes dos anos 1990 (imigrantes dentro desta era da informação e da imagem), e com os números que apontam que as pessoas tem passado grande parte de seu tempo envolvidas com o mundo online, só nos resta analisar e compreender a experiência de se obter conhecimentos acadêmicos por meio do mundo virtual.

Neste sentido, encontramos em nossa caminhada, enquanto educadores, diversas questões a serem exploradas no contexto educacional que acabaram sendo adaptadas a esta realidade, dentre elas está a avaliação e seus desdobramentos dentro dos métodos e metodologias adotados pela educação a distância, amplamente conhecida também como EAD.

Temos consciência que de que o tema pode, por vezes, ser um tanto quanto polêmico, seja na educação tradicional, ou seja, presencial, seja na EAD, por isso o selecionamos para o desenvolvimento deste miniestudo, sempre tendo como foco o aprendiz como sujeito deste processo.

Para respaldar nossas reflexões acerca deste assunto, nos utilizamos do texto “A avaliação do aprendiz em EAD”, de Polak (2009, p. 153-160), considerando que este artigo faz parte da obra “Educação a distância: O estado da arte” (LITTO; FORMIGA, 2009).

Sendo assim, damos início a nossas discussões abordando a razão de ser dos sistemas avaliativos em ambas as realidades:

[...] a avaliação deve ser instrumento de apoio e de contínua motivação necessária ao processo de construção do conhecimento. A avaliação neste cenário deixa de ser um termômetro para aferir o grau de conhecimento do aluno e passa a ser um instrumento para a modificação práticas, redefinição de estratégias de aprendizagens, re-planejamento de metas e objetivos, além de ser, também, um instrumento de inclusão, e não mais classificatório, restritivo e, muitas vezes, punitivo [...] (POLAK in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 153).

Não é atoa que o autor pondera que na EAD, o aluno é considerado o sujeito do processo de ensino-aprendizagem, sendo segundo ele ponto de partida de tudo o que concerne à avaliação. Por isso há a necessidade de se conhecer as características cognitivas de cada aluno para o desenvolvimento de atividade e avaliações que vão ao encontro de suas necessidades, conforme debatido em aula. O autor também defende esta ideia e complementa que só após este diagnóstico poderão ser definidos conteúdos, estratégias e metodologias que assegurem o desenvolvimento de competência se habilidades, considerando as particularidades de cada grupo e respeitando o multiculturalismo, característica maior da EAD.

Em contrapartida, em se tratando de EAD, Polak (2009) chama a atenção para a não verificação do uso frequente dos métodos informais de avaliação, o que  talvez, segundo ele, decorra do desconhecimento dos docentes e discentes sobre como minimizar os efeitos da presença, que por sua vez passa a exigir novas definições diante deste contexto. Por isso, Polak (2009) busca respaldo nos estudos de Rosa e Maltempi (2006):

[...] Rosa e Maltempi (2006) reiteram essa percepção ao salientarem o equívoco de a avaliação ser vista como instrumento de mensuração, instrumento ideológico de aferição do conhecimento, exigência legal que estimula atribuições de valores ou conceitos ao que o aluno ‘sabe’ ou ‘aprende’. Essa tendência é considerada subjetiva pelos autores, que explicitam a importância de um novo olhar para o fenômeno [...] (POLAK in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 153).

Diante destas considerações e embasados pelos comentários do autor, entendemos que há de fato uma necessidade de se rever e aperfeiçoar os métodos avaliativos em EAD, pois ela exige um novo enfoque ao se considerar as necessidades de cada aluno enquanto indivíduo.

Conforme as afirmações de Polak (2009), a avaliação em EAD deve ser pautada em um processo dinâmico, aberto e contextualizado, que ocorre em um determinado espaço de tempo, não sendo uma ação pontual e isolada. “[...] Destaca-se que a estrutura conceitual da avaliação em EAD não se modifica, o que altera são as circunstâncias: o momento – quando avaliar; as funções – por que avaliar; os conteúdos – o que avaliar; os procedimentos e as ferramentas – como avaliar; os agentes – quem avalia [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 154).

Quando abordamos o tema avaliação, tanto no ensino presencial quanto no a distância, podemos dividi-la em três modalidades, como demonstra Polak (2009), sendo elas: somativa, diagnóstica e formativa. De acordo com as definições demonstradas pelo autor, a primeira teria o propósito de classificar o aluno, atribuindo-lhe uma nota; a segunda não seria mensurável em termos de nota, mas seria importante para se conhecer o grau de edubilidade cognitiva do aluno. Por fim, a formativa possuiria várias classificações, utilizando diversos instrumentos e buscando os o aperfeiçoamento do processo de ensino e aprendizagem. Sob a perspectiva de Polak (2009) a última seria a “[...] modalidade de avaliação mais significativa para a EAD, na qual se procura o aprendizado do aluno, ajudando-o em sua trajetória em busca do conhecimento e no modo como serão usados seus resultados [...]” (POLAK, in. LITTO; FORMIGA, 2009, p. 154).

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