Mudando a Educação com Metodologias Ativas
Por: wesleycostawc03 • 12/6/2019 • Resenha • 1.120 Palavras (5 Páginas) • 2.730 Visualizações
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Aluno: Wesley Primo da Costa
Disciplina: TCC I
Professora: Aline Farves
Data: 24/04/2019
Resenha do artigo “Mudando a educação com metodologias ativas” |
Artigo escrito por José Manuel Moran, nascido na Espanha, naturalizado brasileiro. Possui graduação em Filosofia pela Faculdade Nossa Senhora Medianeira (1971), mestrado (1982) e doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1987). Foi professor de Novas Tecnologias na Universidade de São Paulo (aposentado). Professor, Pesquisador, Conferencista e Orientador de Projetos de transformação da Educação com metodologias ativas e modelos híbridos.
MORÁN, José (2015). Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran>. Acesso em: 22 mar. 2019. |
O artigo aborda conceitos de metodologias ativas, os espaços e a forma de se organizar o currículo, enfatizando que mudanças devem ser feitas, sejam elas de maneira mais suave ou mais profundas, a fim de que todos desenvolvam seus próprios meios de concepção e que aprendam a lidar com as pessoas no ambiente aos quais estão inseridos. |
O autor cita Almeida e Valente (2012), que trazem a importância da era digital, com a facilidade e mobilidade da internet, deixando um pouco de lado os métodos tradicionais, cujo professor é o centro de informações. A partir desse avanço tecnológico, podemos compreender e assimilar diversos conceitos a qualquer momento e com as mais variadas pessoas numa sociedade em que, nos dias de hoje, encontra-se extremamente conectada. Nessa perspectiva, acrescenta, segundo Keller-Franco e Massetto (2012), que o blended entre a sala de aula e os espaços virtuais é um fator altamente relevante, uma vez que permite abrir a escola para o mundo e, consequentemente, levar o mundo para dentro da escola, rompendo, dessa forma, com o conservadorismo das práticas pedagógicas repetitivas e acríticas. A fim de mostrar que o panorama na educação dever ser modificado, Morán cita Dewey (1950), Rogers (1973), Novack (1999) e Freire (2009) como alguns dos teóricos que destacam a relevância de extinguir a educação bancária e focar, de uma vez por todas, na preparação do conhecimento do aluno, dialogando com ele, de forma a envolvê-lo e motivá-lo cada vez mais. |
No início do artigo, Moran (2015) nos faz refletir que as metodologias, os espaços e a forma de se organizar o currículo precisam ser revistos, enfatizando que mudanças devem ser feitas, sejam elas de maneira mais suave ou mais profundas, a fim de que todos desenvolvam seus próprios meios de concepção e que aprendam a lidar com as pessoas no ambiente aos quais estão inseridos. Diante de tais questionamentos, o autor nos leva a refletir que a educação formal deve estar integrada a todos os espaços e tempos, entendendo que o ensinar e o aprender pode acontecer de maneira interligada entre o mundo físico e o mundo digital. Para tal, faz-se necessário uma sala de aula ampliada, em que o professor se comunique presencialmente com o aluno, mas que também estenda a comunicação para os meios digitais, atingindo os múltiplos locais do cotidiano. Em seguida, discorre sobre desafios e atividades que podem ser desenvolvidas planejando, acompanhando e avaliando com o apoio das tecnologias, reconhecendo cada aluno, confrontando-os com novas possibilidades, argumentando que, quanto mais o aluno aprende com exemplos próximo da vida, mais facilmente ele absorve o conteúdo proposto. Dentro deste cenário, as metodologias ativas de aprendizagem aparecem como algo inovador, com o aprendizado baseado em problemas e situações reais, onde o espaço físico da escola precisa ser redesenhado dentro dessa perspectiva mais dinâmica e centrada no aluno, de forma a deixá-lo mais integrado. Além disso, a mescla de aprendizagem por desafios, problemas reais e jogos com a sala de aula invertida se torna bem interessante porque os alunos aprendem fazendo, em conjunto e cada um no seu próprio ritmo. Vale realçar que os jogos suas linguagens encontram-se cada vez mais presentes no âmbito acadêmico. Para a atual geração, que vive extremamente conectada com mundo globalizado e que está bem acostumada com jogos e desafios, as recompensas e o espírito de cooperação podem contribuir de forma mais significativa, se tornando mais atraente e fácil de perceber por parte dos alunos. Seguindo esse raciocínio, os professores podem planejar projetos que englobem os tópicos mais relevantes da matéria, sejam através de entrevistas, pesquisas, jogos, mas que também relacionados à vida dos alunos, às suas motivações. Para que tudo isso ocorra com fundamento e tenha resultado, é primordial que o docente entenda e compreenda tais atividades, de forma a interagir com os alunos e acordar entre eles a melhor maneira para a realização dos projetos. A função do professor, nesse contexto, segundo Moran, é o de curador e de orientador. Curador porque determina o que é mais importante entre diversas informações disponíveis e também porque cuida de cada aluno, oferece apoio necessário, estimula o aprendizado, valoriza o estudante, concede a orientação necessária e, consequentemente, inspira o aluno. Por outro lado, o professor se torna orientador da classe, dos grupos de cada aluno, pois trabalha com a gestão da aprendizagem, que são múltiplas e complexas. |
Há indicadores que nos permitem argumentar a favor do currículo por projetos como uma matriz de mudança em potencial para aqueles segmentos da educação que entendem ser necessário recuperar a totalidade do conhecimento e romper com o conservadorismo das práticas pedagógicas repetitivas e acríticas. (KELLER-FRANCO & MASSETTO, 2012, p.12). O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência. (CHRISTENSEN, HORN & STAKER, 2013, p.7). |
O presente artigo me proporcionou uma melhor compreensão no que diz respeito à educação que, num mundo globalizado, modernizado e altamente conectado, ela não pode, nem deve reter um único modelo de ensino. É substancial que se trabalhe com modelos mais flexíveis, de forma mais contextualizada, com projetos e desafios, seja de maneira interdisciplinar ou, até mesmo, sem disciplinas, com modelos mais abertos, de construção mais participativa e processual. Sendo assim, a grande lição e conclusão que eu chego é que as escolas que atuam na educação formal conseguirão mais destaque a partir do momento em que apresentarem modelos mais eficientes e adaptados aos alunos de hoje, com inovação, melhorando seus processos gerenciais, de modo a atraí-los mais facilmente, capacitando coordenadores, professores e alunos, incentivando-os a trabalharem mais com metodologias ativas, superando, portanto, os modelos conteudistas predominantes que ainda existem na era digital. |
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