O ACESSO DE ALUNOS SURDOS ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR
Por: ROCI042916 • 14/5/2018 • Artigo • 3.656 Palavras (15 Páginas) • 354 Visualizações
O ACESSO DE ALUNOS SURDOS ÀS ESCOLAS E CLASSES COMUNS DA REDE REGULAR
RESUMO
A inclusão educacional constitui-se numa nova realidade nas escolas brasileiras. Alunos surdos têm acesso garantido, por lei, no Decreto nº 3.298, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, define a educação especial como uma modalidade transversal a todos os níveis, enfatizando a atuação complementar da educação especial ao ensino regular. Porém, a inclusão ainda não atingiu as metas desejadas. O presente estudo tem como objetivo analisar aspectos envolvidos na problemática que envolve esse processo educacional na inclusão do aluno surdo em classe regular de ensino, buscando-se responder questões tais como: a relevância do diagnóstico precoce da surdez na criança e da postura da família em relação a essa deficiência, quais as barreiras encontradas pelos alunos surdos ao ingressarem na escola de ensino regular; como oferecer a esse alunado oportunidade de desenvolvimento e preparo para o futuro. Lançou-se mão a pesquisa bibliográfica em jornais , revistas e livros com intenção de esclarecer que o ato educativo relativo ao contexto da escola para o aluno surdo, no que diz respeito ao cotidiano pedagógico, precisa ser redirecionado, construindo novas e infinitas possibilidades que levam este aluno a uma aprendizagem contextualizada e significativa, valorizando seu potencial e desenvolvendo suas habilidade cognitivas, linguísticas e sócio afetivas, como um fator essencial na mudança de atitudes e na busca de formas mais efetivas para a inserção social de todos o que contempla também o aluno surdo.
Palavras- Chave:educação inclusiva; aluno surdo; classe regular.
INTRODUÇÃO
Optou-se por essa temática, por que a inclusão tem acontecido de forma inovadora, que exige da escola, novos posicionamentos, implicando na necessidade de aperfeiçoamento dos professores para que se atenda aos alunos surdos de maneira que propicie possibilidades de se conseguir progressos significativos. Dessa forma, buscar-se-á subsídios para que o professor saiba lidar com as barreiras encontradas e quais são as mudanças necessárias que favoreçam o seu desenvolvimento cognitivo. Considerando que ler e escrever são fatores indispensáveis para o indivíduo conviver no meio social, investigando os problemas enfrentados pelos alunos surdos na aprendizagem da Língua Portuguesa, e as concepções teóricas metodológicas dessa aprendizagem, conforme relatam alguns estudiosos e que serão expostos no decorrer deste trabalho. O presente estudo aborda alternativas para a comunicação e o processo ensino aprendizagem, a relevância do diagnóstico precoce da surdez na criança e da postura da família em relação a essa deficiência, quais as barreiras encontradas pelos alunos surdos ao ingressarem na escola de ensino regular; como oferecer a esse alunado oportunidade de desenvolvimento e preparo para o futuro, tendo em vista as dificuldades que elas encontram para se comunicarem com os ouvintes, de modo especial no que se refere à escolaridade.As barreiras encontradas como, a de serem privados de receber informações que estabelecem o desenvolvimento da comunicação, fazem com que a pessoa surda se afaste do meio escolar e social, isolando-se no seu mundo de silêncio.
Esta pesquisa mostra a importância da educação familiar em relação ao aluno surdo. O atendimento precoce e a necessidade de que a criança adquira a língua falada por procedimentos cada vez mais próximos dos realizados pelo ouvinte e nos meios naturais, a função da família como agente privilegiado em primeiro plano, com o objetivo de proporcionar á criança surda estímulos para um ótimo desenvolvimento psíquico e lingüístico.
O ideal é que de posse do diagnóstico da surdez do filho, os pais devem buscar esclarecimentos a respeito do grau de surdez da criança e quais deverão ser as atitudes que deverão tomar para que a criança receba todo o atendimento necessário ao seu desenvolvimento, bem como esta predisposta a adaptar-se à nova realidade, já que a contribuição deles será fundamental para que o filho desenvolva-se de maneira saudável, usufruindo de seus direitos e aprendendo a desenvolver suas habilidades.
Acreditar que o filho é capaz de efetuar aquisições, de executar atos, de refletir e pensar, é uma condição essencial, por parte da família, para que a educação seja favorecida. Crer que o filho pode evoluir, apesar das aparências, permite-lhe progressos imprescindíveis, pois estabelece relações afetivas.
(...) a participação da família é de suma importância no movimento da inclusão. Seja de forma individualizada ou por meio de organizações, é imprescindível a sua participação para que a continuidade histórica da luta por sociedades mais justas, para seus filhos seja garantida. É imprescindível que elas, as famílias, busquem conhecer, participar, dando o exemplo de cidadania, e servir, assim, como mais um veículo por meio do qual seus filhos possam aprender para ser (SANTOS, 1999 p. 78).
A valorização excessiva da deficiência auditiva da criança, refletindo em atitudes super protetoras, pode interferir negativamente no aprendizado da criança, causando dependência e dificuldades na socialização com pessoas que não são de seu convívio diário. E a partir do diagnóstico da surdez, os pais devem procurar orientação, para que possam aceitar a realidade, permitindo à criança uma prática relacional que não impeça muito seu desenvolvimento psico-afetivo.
Quando a família se tornar parceira do educador, acompanhando os avanços do filho, porém sem interferir no trabalho do professor; haverá troca de informações visando educação e o entrosamento do aluno na escola e seu preparo para a inclusão social.
Para atender às necessidades educativas especiais, o professor precisa estar habilitado para reconhecer os mecanismos funcionais do conhecimento das pessoas portadoras de necessidades educacionais mais especiais, desenvolver o senso de autocrítica de seus conhecimentos pedagógicos; ser capaz de aplicar a teoria em sua prática como educador;desenvolver habilidades em administrar suas aulas para alunos com diferentes maneiras e etapas de aprendizagem, respeitando a potencialidade de cada um; disponibilizar instrumentos avaliativos que sempre deverão estar em conformidade com as habilidades do educando. Quando a criança constata suas dificuldades escolares, ou seja, a aparente incapacidade de acompanhar os colegas e aprender os conteúdos propostos, isso desencadeia reações diversas que podem se refletir no desinteresse, na apatia, na indisciplina, na oposição às ordens dos pais e professores.
...