O Aleijadinho

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pedagogia

rosimar moro

O Aleijadinho

        

[pic 3]Alta floresta 2014

rosimar moro

O Aleijadinho

Trabalho de Conclusão de Semestre apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de nota interdisciplinar nas disciplinas de: Organização e didática na educação infantil, Arte, educação e música, Ludicidade e educação, Prática pedagógica interdisciplinar – Infância e sua Linguagem, Seminário interdisciplinar.

 

Professores: Edilaine Vagula, Laura Célia Cabral Cava, Marlizete Steinle, Rosely Montagnini, Cyntia Simoni

Alta Floresta

2014

INTRODUÇÃO

        O presente trabalho tem como finalidade, apreciar e discutir sobre vida, obras e morte de um grande artista, o mestre Antônio Francisco Lisboa que acabou recebendo o apelido de Aleijadinho, mostrando detalhes de sua vida, obras e características do contexto histórico da época, suas obras foi dividido em duas fases nítidas, primeiro fase sã que se caracteriza pela serenidade equilibrada e segunda fase após enfermidade surgem um sentimento gótico e expressionista, a doença desestruturou sua caminhada, levando-o a um triste abandono, pobreza e morte.

        Será comentado, no desenvolvimento do trabalho, alguns pontos que aumentou ainda mais a dor de aleijadinho sendo eles:

• Discriminação da população
• Perca do pai
• Abandono do filho

Após o desenvolvimento, será feita uma breve conclusão das maravilhas deixas por aleijadinho e como a arte tem fundamental importância na educação tanto infantil como outras classes e para os futuros educadores, na pesquisa percebi o quanto minha visão mudou em relação a artes visuais e como ela tem que ser trabalhada nas escolas, pois a arte esta presente na dança, teatro, fotografias ou seja, em nosso meio.  Mesmo com tanta mudança no meio escolar e muita capacitação existem professores que estão parados no tempo

VIDA, OBRA, DE ALEIJADINHO.

 Pouco se sabe com convicção sobre sua biografia, mas Antônio Francisco Lisboa popular Aleijadinho foi um importante escultor, entalhador e arquiteto do Brasil colonial, segundo dados escritos em 1858 por Rodrigo Jose Ferreira Bretas, através de alguns depoimentos e documentos de pessoas e familiares que havia conhecido o Aleijadinho pessoalmente.

Aleijadinho foi descrito por Bretas nos seguintes termos:

"Era pardo-escuro, tinha voz forte, a fala arrebatada, e o gênio agastado: a estatura era baixa, o corpo cheio e mal configurado, o rosto e a cabeça redondos, e testa volumosa, o cabelo preto e anelado, o da barba cerrado e basto, a testa larga, o nariz regular e algum tanto pontiagudo, os beiços grossos, as orelhas grandes, e o pescoço curto".(retirado de:

Pena que deste nosso artista restam apenas fragmentos biográficos de sua vida, a maioria deles envolta de lendas, mas ao observar na imagem, traços e expressões das esculturas, é impossível evitar o sentimento de emoção e respeito que elas despertam isso pode ser visto a olho nu em Ouro Preto, Congonhas do Campo, Sabará e outras cidades mineiras.

 Chamou-me atenção pelas suas impressionantes obras e por que recebeu o apelido (Aleijadinho), nascido em Vila Rica atual Ouro Preto em 29 de agosto de 1730 (não há certeza quanto esta data) filho de um respeitado mestre-de-obras-português com uma escrava africana Izabel. Desde pequeno observava o trabalho do pai que também era entalhador, a partir de então despertou o interesse e paixão pelas obras, ciente que tem de trabalhar para fazer a vida, pois bem de herança não terá direito.

 Francisco da as suas obras um estilo próprio seja nas esculturas, na talha, no desenho, fachadas, interiores e monumentos que constrói de próprio punho como: as pias batismais, brasões, portais, fontes e crucifico.

MORTE DO PÃI E DESCOBERTA DA DOENÇA.

Em 1767 faleceu seu pai Manuel Francisco Lisboa, dez anos após a morte do pai, Antônio sente o inicio dos males de sua doença que ataca as articulações, parece não saber ao certo, uns diziam ser lepra e outros falavam que ele tinha uma vida boemia até os quarenta anos de idade, então acreditam que nesta fase de sua vida contraiu a doença venérea de mulheres, que acabou desencadeando patologias mais serias, contudo a teoria mais precisa e aceita seria hanseníase popular lepra devido a perca de sensibilidades e movimentos dos membros.

Após alguns meses já não consegue deslocar-se sozinho e aos poucos perde os movimentos dos pês, mãos e deformidades no rosto. Obrigou-se a pedir para seu ajudante amarrar suas ferramentas em seus punhos para poder continuar suas obras esculpidas e entalhadas em pedra-sabão e madeira. Neste momento alguns populares começam a chama-lo de aleijadinho foi dai então que surge o famoso apelido (O Aleijadinho).

Suas obras são marcadas por um estilo próprio de equilíbrio, Harmonia e serenidade, logo após a descoberta da tão tenebrosa doença, suas obras de arte começam a ter um aspecto mais expressionista como: Os Doze Profetas esculpidos em pedra sabão de tamanho natural e Os Passos da paixão da Igreja de Bom Jesus de Mantosinhos, as irmandades que faziam as encomendas de esculturas e projetos arquitetônicos das paroquias e capelas, sendo uns dos principais clientes da época.

Sua doença continua a atacar se vendo todo deformado, acaba-se tornando sem querer uma pessoa sombria que assusta e causava estranheza em boa parte das pessoas que o viam, devido a esse fato ele coloca vestis que coberta o corpo todo, para que as pessoas não vejam suas malesas e também evitava sair durante o dia ia para o trabalho de madrugada e só voltava para casa ao anoitecer, buscou nas artes uma maneira de consolo para as dores que sentia, por causa de uma sociedade que ainda não tinha se quer noção do que era inclusão social. Aleijadinho passou por quarenta anos recluso se dedicando apenas ao trabalho e tendo contato com poucas pessoas.