O CANTINHO DA LEITURA
Por: Hexen2 • 18/4/2018 • Trabalho acadêmico • 3.605 Palavras (15 Páginas) • 724 Visualizações
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SUMÁRIO[pic 2]
1 PARTE I: PESQUISA 03
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: CANTINHO DA LEITURA 03
1.2 OBJETIVOS 04
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 05
2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DO ESTÁGIO 08
2.1 METODOLOGIA 08
2.2 CRONOGRAMA 09
3 REFERÊNCIAS 09
ANEXOS 11
1. PARTE I: PESQUISA
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: LEITURA INFANTO JUVENIL
A literatura infanto-juvenil é, por essência, a porta de entrada ao mundo da leitura e da literatura, cuja compreensão consideramos a substância mais apurada do processo de leitura. O acesso a ela garante ao futuro leitor uma experiência que conduz ao processo crítico de leitura em níveis profundos, oportunizando-lhe uma integração ao mundo elitizado daqueles que dominam um dos mais complexos processos psicolinguísticos requeridos em nosso cotidiano. Este processo de iniciação à leitura e à literatura, por meio da aproximação e exploração do universo literário infantil e infanto-juvenil, é fator determinante para as experiências leitoras da vida adulta. Ancorados nos estudos que consideram a leitura como um processo complexo, que envolve muito mais do que a decodificação dos signos linguísticos, buscamos refletir sobre o papel da escola e do professor, da família e dos pais, neste processo de formação do leitor. (FLECK, 2008).
Segmento da literatura dedicado exclusivamente aos adolescentes e às crianças, a literatura infanto-juvenil apresenta obras de cunho fictício juvenil e infantil, folclórico e cultural, poema, novelas, biografias e obras didáticas que explicam de forma simplificada assuntos cotidianos como a matemática, ciências, entre outros temas. (ARAÚJO, 2018).
De acordo com matéria publicada na ABL (Academia Brasileira de Letras) “a literatura infantil é a porta de entrada na formação de um público leitor quando adulto. O costume da leitura desde pequeno, somado ao incentivo da família e da escola, é a primeira etapa para a formação de um cidadão culto e crítico em relação à sociedade que o rodeia”.
Não é difícil perceber que a literatura infanto-juvenil não tem o espaço adequado nas salas de aula de turmas do ensino fundamental II da maioria das escolas públicas brasileiras e essa falta de espaço à literatura é, na maioria das vezes, justificada pelos professores de língua portuguesa, por falha da grade curricular, que não contempla um trabalho mais amplo com literatura. Uma das consequências disso é a não oportunização aos alunos de terem um contato agradável e contínuo com o mundo mágico e ficcional, próprio das narrativas literárias. Despertar nos alunos apreço em relação aos textos literários fora do ambiente escolar se torna mais viável se esse contato ocorrer adequadamente na escola, pois o manusear desses textos ocorre dentro de um contexto de aprendizagem e apreciação estética organizada. Para isso, são imprescindíveis a vontade e esforço do professor, pois é necessário que se modifique positivamente a visão e o valor que a comunidade escolar da maioria das escolas tem em relação às atividades relacionadas à literatura. (ORRICO, 2018).
1.2 OBJETIVOS
- Mostrar a importância da literatura infanto juvenil.
- Despertar o interesse nos alunos utilizando livros indicados e/ou com diferenciais, como por exemplo, com imagens, cheiro e texturas diferentes.
- Mostrar que as crianças podem aprender utilizando da leitura infanto juvenil, lendo livros indicados para este tema, pois despertam o interesse do aluno pelo livro.
1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O aprendizado da leitura é a chave que dá acesso às portas do mundo da literatura, ainda desconhecida de muitos, dentre os quais figuram milhões de brasileiros que não tiveram oportunidades de serem iniciados nesta prática que conduz ao posicionamento crítico. Motivos para isso não faltam. Estes vão desde as condições sociais e econômicas da grande maioria da população, que não consegue se dar o luxo de adquirir livros para os filhos, até a total desinformação sobre a importância da literatura infantil e infanto-juvenil, gerada por um processo educativo no qual a literatura, caso sigamos os caminhos que se vem trilhando nas últimas décadas, tende a desaparecer completamente dos programas do ensino fundamental e médio. Assim, “a literatura, que durante séculos ocupara um papel relevante na vida social, tornou-se cada vez menos importante. Na ‘sociedade do espetáculo’, a escrita literária fica confinada a um espaço restrito na mídia, pelo fato de se prestar pouco à espetacularização” (PERRONE-MOISÉS, 1998, p. 177). Cabe, portanto, à família e à escola resgatar o valor dessa arte que sempre foi fator fundamental na formação dos indivíduos. (FLECK, 2008).
Após a promulgação da Lei brasileira nº 9.394/96 (BRASIL, 1996), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, os textos produzidos para o público infanto-juvenil trazem a necessidade de as práticas escolares interligarem assuntos pertinentes à realidade em que vivem. A adolescência é considerada um período de transição da fase infantil para a fase adulta muito complexo e, desse modo, deve-se considerar as suas especificidades para além das inevitáveis mudanças físicas, hormonais, comportamentais e emocionais. Nesta fase ocorre, sobretudo, a preparação para a entrada na vida adulta, resultando na seguinte questão que denota a preparação para a criação de identidade “Quem sou eu?” e esta incógnita deverá ser respondida ao longo de cada etapa do desenvolvimento humano. (ORRICO, 2018).
De acordo com a literatura, há uma crescente preocupação durante o desenvolvimento da adolescência, devido às rápidas mudanças ocorridas no mundo e como se observa o comportamento destes jovens diante a sociedade, ou seja, a capacidade do contexto influenciar nas tomadas de decisões do indivíduo. Sendo, que é nesta fase que ocorre às tomadas de decisões para atuar na vida adulta. (SENNA, S.R.C.N, et al, 2012).
A literatura infanto-juvenil inicia nas primeiras histórias de leitura, por volta do século XVII, quando a criança começa a ser reconhecida como tal e não mais como um adulto em miniatura, a sociedade volta-se para elas valorizandoas e considerando suas necessidades próprias e particularidades. Na verdade, as instituições, principalmente a família, neste período, vivem um momento de reconstrução. A criança, que antes vivia imersa na vida dos adultos, agora deveria receber uma educação adequada, conivente com sua faixa etária. Tanto a família quanto a escola, com a ascensão dos ideais burgueses, passam a isolar a criança. Criou-se um mundo, que antes não havia somente para os pequenos (ARIÈS, 1981, p. 25). Neste contexto surge a necessidade de uma Literatura de e para a criança. Primeiramente, e até pouco tempo, ligada, exclusivamente, à escola como instrumento de transmissão de normas e valores. (CURIA, 2012).
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