O CURRÍCULO E AUTOPOIESE

CURRÍCULO E AUTOPOÍESE

Escrito por Maria Zuleide da Costa Pereira, Pós - Doutora pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Doutora em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba/SP (UNIMEP), Mestra em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Especialista em Metodologia do Ensino Técnico pela ex - ETFPB/UFPB, hoje, IFPB. Licenciada em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em Pedagogia pela Universidade da Federal da Paraíba (UFPB). Professora Associada I, da área das Políticas Educacionais, atuando nos Cursos de Graduação e de Pós-Graduação em Educação. Pesquisadora das Políticas e Práticas Curriculares e seus desdobramentos, Políticas de Currículo e Cultura, Propostas Curriculares Municipais, Projetos Políticos Pedagógicos, etc. Atualmente, coordena o GEPPC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares) vinculado ao CNPq. Desde maio de 2007 fundou a Associação de Estudos e Pesquisas em Políticas e Práticas Curriculares (AEPPPC), situada em João Pessoa Paraíba Brasil.

Currículo e Autopoiése, é um convite especial para que ousemos pensar a escola “para além do seu sentido restrito (conteúdos programáticos), e, compreender o currículo como um projeto social e pedagógico de vida que proporciona aos/às educadores/ as e educandos/as condições para desenvolverem-se em múltiplas dimensões (cognitivas, afetivas, social, cultual, etc.)”.

Com o intuito de explicar como se dá este processo autoorganizativo do conhecimento, o livro é constituído por cinco capítulos, que discorrem a respeito do currículo, que é entendido como sendo um processo continuo e vivo de autoprodução de saberes, e Autopoiése, que é compreendida como a capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios. Assim esta obra, visa contribuir para que professores e professoras reflitam sobre suas práticas docente no movimento de construção e reconstrução dos currículos.

Nos capítulos I: AUTOPOIÉSE E CURRÍCULO construindo os fundamentos epistemológicos e II: CURRÍCULO: a metáfora sobre a história da escola dos animais, a autora traz alguns conceitos e analises sobre a Autopoiése no campo da educação e faz o uso de uma ilustração para uma melhor compreensão. Autopoiése põe a autonomia no centro da vida e do conhecer” isto quer dizer que a autonomia é considerada uma das prioridades mais imediatas do ser vivo. [...] é essencial na compreensão do processo auto organizativo nos saberes no âmbito do currículo [...] vão sendo produzidos e (re) produzidos nos cotidianos escolares. Critica a formar como os currículos são organizados e desenvolvidos na escola, afirmando que em vez deles (os currículos) contribuírem para o desenvolvimento das singularidades de alunos e alunas, eles os inibem.

No capítulo III, CURRÍCULO E AUTOPOIÉSE diálogos atuais: (im) possibilidades, a Maria Zuleide dialoga com Professor e Pesquisador Luís Gonzaga Gonçalves a respeito da temática e nos remete as informações de que o currículo enquanto detém a produção a reprodução de um repertório, de um domínio de saberes e de meios relevantes para se colocar a serviço da vida [...] caso contrário, o currículo perdera sua razão de ser, por mais iluminadas que sejam as razões que pretenda vincular[...]entendido como um campo vivo de saberes, se nutre das interfaces da regulação e da autonomia. “...percebemos que o currículo se faz e refaz mediado ao poder, [...]a compreensão como um mecanismo de poder desvela/desvelou uma serie de mecanismos regulatórios explícitos, sutis e ocultos no processo de organização e desenvolvimento do campo curricular. O processo de ensinar e aprender de forma orgânica, como um processo continuo e vivo que se faz considerando as experiencias que o aluno traz da vida real [...]com o propósito de ajuda-los a ultrapassar esse estágio sem ser vítima de exclusão na escola.

CURRÍCULO E AUTOPOIÉSE uma nova forma de ser e fazer currículo, este é o título do IV capitulo, onde a escritora nos induz a refletir sobre a construção do currículo. O currículo deve ser pensado como um projeto social de vida que se organiza da ação multidimensional dos sujeitos que fazem a escola[...]o currículo enquanto espaço de produção não se traduz num ato pedagógico