O Conceito de gênero normalmente cria

O conceito de gênero normalmente cria-se uma diferenciação. O raciocínio usado tradicionalmente funciona como uma separação, ou seja, que se divide em dois opostos: masculino e feminino. Porém existe uma diferenciação entre: gênero, sexo e sexualidade. Gênero se refere à identidade a qual a pessoa se identifica, sexo está mais relacionado com as características genéticas e sexualidade é a atração por indivíduos do mesmo sexo ou do sexo oposto.

No entanto, o sexo não determina a identidade de gênero de uma pessoa e nem a atração sexual por quem ela deve sentir. A sociedade em geral quando nasce um ser humano  com uma vagina ou um pênis, imediatamente são  postos determinados padrões de comportamentos.

Para as mulheres em especial o preconceito de gênero percorre um longo caminho. É pertinente destacar que ela é submetida pela nossa cultura ao longo da história da humanidade. A ideia perfeita que temos é que as mulheres são donas de casa, mãe zelosa e esposa dedicada. Entretanto atualmente muitas dessas mulheres não obtêm a imagem “perfeita”. Hoje em dia trabalham fora do lar e ocupam cargos em grandes empresas, onde às vezes ocupam cargos idênticos aos homens e recebem salários menores. Isso por serem enxergadas como inferiores aos homens.

Esse olhar de inferioridade e diferença com as mulheres pode levar a uma diversidade de tragédias. Mulheres que são violentadas e sofrem homicídio simplesmente por serem do sexo feminino, menosprezando e desconsiderando como se mulheres tivessem menos direitos do que os homens. Chamado de feminicídio o ódio pelas mulheres, que matam mais de quatro mulheres por dia.

Outra questão a qual precisamos atentar é a relação de Deus. Quando falamos sobre automaticamente acreditamos em Deus como do sexo masculino, o que já nos prega como um ser de superioridade. Muitos autores acreditam que o assassinato contra as mulheres está justamente quando colocamos Deus como pai e não como mãe. Talvez se colocassem Deus como mulher os índices de violência e assassinatos contra mulheres poderiam diminuir.

Na escola, por mais que temos uma sala mista ainda não garantimos a igualdade de gênero. Ainda existem brincadeiras de meninos e meninas, desde muito pequenos já transitam um caminho social de convivência, sabem a que gênero pertence e o que se espera dele. Falar sobre gênero na escola é uma maneira de tornar o espaço e a convivência mais inclusiva. Com a educação e dialogo é possível prevenir a violência e o preconceito. Quando a escola não debate, ela pode reproduzir modelos tradicionais.

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