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O Currículo e Avaliação

Por:   •  21/4/2022  •  Resenha  •  1.879 Palavras (8 Páginas)  •  192 Visualizações

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CLARETIANO – REDE DE EDUCAÇÃO

LUCÉLIA LIMA DOS SANTOS

RA:186226

CURRÍCULO E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO

PORTFÓLIO - CICLO 2

BOA VISTA-RR

2022

AS TEORIAS CURRICULARES

As teorias curriculares contribuem para construção da identidade dos alunos, conforme ressalta a individualidade e o contexto social que estão inseridos.  É o meio de ensinar conteúdos, visando despertar as potencialidades e a criticidade dos alunos.

Para Pacheco (2017, p 2797) a explicação do conceito de currículo, implica em:

[...]evidenciar as diferentes dimensões que compõe o próprio currículo, seja elas sociais, econômicas, políticas ou culturais. Somente evidenciando essas características que permeiam o currículo, é que podemos compreender que diferentes forças atuam na construção do currículo e que, todos que dele participam, não o participam de maneira neutra, mas deixam sua marca, pois o currículo trata-se de um campo impregnado de ideologias, valores, forças, interesses e necessidades que, diretamente ou indiretamente, formam a visão de mundo dos sujeitos envolvidos em sua estrutura, e de certa forma, contribui para a própria formação identitária dos indivíduos que o cercam.

Assim compreende-se que a, função da teoria curricular é compreender e descrever fenômenos da prática curricular. É através da teoria que se pode ter a compreensão do objeto e intenções de um determinado grupo social.

Desta maneira as teorias curriculares são assim compreendidas em: teoria tradicional, critica e pós-critica.

Teoria Tradicional, tem como principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada, formar o trabalhador especializado ou proporcionar uma educação geral, acadêmica, à população, preparando-os para o mercado de trabalho (HORNBURG; SILVA, 2007).

 Silva (2016) explica que o principal representante da teoria tradicional é Bobbit, que escreveu sobre o currículo em um momento no qual diversas forças políticas, econômicas e culturais procuravam envolver a educação de massas para garantir que sua ideologia fosse garantida. Sua proposta era que a escola funcionasse como uma empresa comercial ou industrial.  Oliveira (2019), complementa que o objetivo principal é preparar para aquisição de habilidades intelectuais através de práticas de memorização. E sua origem se deu nos Estados Unidos seguindo os princípios de Taylor, com uma base de tendência conservadora no qual o sistema educacional se igualava ao modelo organizacional e administrativo das empresas.

As Teorias Críticas, caracterizam-se com os movimentos socioculturais que marcaram a década 1960 em todo o mundo. Nesta época surgem as primeiras críticas aos pensamentos e a estrutura educacional tradicionais, em específico, sobre as concepções do currículo. As teorias críticas preocuparam-se em desenvolver conceitos que permitissem compreender, com base em uma análise marxista, o que o currículo faz (HORNBURG; SILVA, 2007).

Pacheco (2017 p. 2799), aponta que “as novas teorias críticas do currículo, preocuparam-se em compreender, baseados na teoria dialética-crítica de Karl Marx (1818-1883), qual era o real papel do currículo na educação”. Para Silva (2016, p. 29-30),

[...] as teorias críticas do currículo efetuam uma completa inversão nos fundamentos das teorias tradicionais [...]. As teorias críticas sobre o currículo, em contrate, começam por colocar em questão precisamente os pressupostos dos presentes arranjos sociais e educacionais. As teorias críticas desconfiam do status quo, responsabilizando-o pelas desigualdades e injustiças sociais.

Portanto a Teoria Critica trás o currículo como um campo que prega a liberdade e um espaço cultural e social de lutas.

Os movimentos que surgem nas após as décadas de 1960 e 1970, são chamadas de Teorias Pós-Críticas, esta teoria analisa o currículo multiculturalista, que destaca a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. O multiculturalismo trata-se de um movimento contrário ao currículo universitário tradicional que privilegiava acultura branca, (HORNBURG; SILVA, 2007).

Na visão de Eyng (2015, p. 138),

As teorias pós-críticas operam os conceitos fundamentais de: “identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso, saber-poder, representação, cultura, gênero, raça, etnia, sexualidade, multiculturalismo” (SILVA, 20, p. 17). Nessa linha de teorização, os currículos atuam como práticas de subjetivação, de significação e discurso produzidos nas relações de saber-poder, sendo os currículos entendidos como formas de seleção e representação da cultura, compreendendo demandas das questões de gênero, raça, etnia, sexualidade, multiculturalismo. Os currículos produzem identidades heterogêneas e diversas, que num processo dialógico e ético possibilitam a emancipação a partir da cidadania ativa (EYNG, 2010, p. 37).

        

Portanto segundo a teoria Pós-Critica, mais do que compreender a realidade social dos indivíduos, era preciso entender também os estigmas étnicos e culturais, que são a racialidade, o gênero, a orientação sexual e todos os elementos próprios das diferenças entre as pessoas. Assim, era necessário combater à opressão de grupos marginalizados e lutar por sua inclusão no meio social.

REFERÊNCIAS

EYNG, A. M. Currículo e avaliação: duas faces da mesma moeda na garantia do direito à educação de qualidade social, Revista Diálogo Educacional, v. 15, n. 44, Champagnat, Curitiba, 2015.

HORNBURG, N.; SILVA, R. Teorias Sobre Currículo Uma análise para compreensão e mudança. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. 3 n. 10 - jan.-jun./2007.

PACHECO, E. F. H. Aspectos Históricos das Teorias do Currículo. Anais
EDUCARE XIII Congresso Nacional de Educação. 2017. Disponível em: https: //educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23349_11677.pdf. acesso em:04 abril 2022.

SILVA, T. T. da. Das teorias tradicionais às teorias críticas. In: Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. ed.; 8. reimp. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016. Capítulo 2. Biblioteca Virtual Pearson.

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