O Diário de Bordo
Por: Fran Barros • 24/10/2019 • Resenha • 2.050 Palavras (9 Páginas) • 266 Visualizações
DIÁRIO DE BORDO
Disciplina: Processos Educativos e de Gestão: Instituições Escolares, Comunitárias, Assistenciais e do Mundo do Trabalho.
A disciplina nos proporcionou o conhecimento dos estudos da organização do trabalho na escola, demonstrando as concepções e teorias educacionais, gestão escolar, autonomia e descentralização e a importância da gestão democrática nas escolas, onde a participação de toda a comunidade. Uma educação pública de qualidade, é aquela onde todos participam, dando opiniões, ouvindo e sendo respeitado por todos.
Estudamos também a concepção da administração escolar e sua diferença do contexto da administração organizacional. Porém ambas buscam o desenvolvimento do indivíduo em suas competências, através de suas habilidades, seus conhecimentos e suas atitudes, formando cidadãos com o pensamento crítico-reflexivo, preparando este para a sociedade e para o trabalho. Outro aspecto estudado foi às formas de organização das instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Grêmio Estudantil; Projeto Político Pedagógico, trabalho coletivo na escola e autonomia escolar; Ações educativas em diferentes instituições e grupos sociais, revelando seus condicionantes sócio-políticos e seus processos de resolução de problemas. Plano Político pedagógico (PPP) deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do Conselho Escolar. Um PPP em que a comunidade participe ativamente fortalecendo a gestão democrática.
Tópico 1- 26/04 a 19/05 Fundamentos e concepções da organização e gestão do trabalho pedagógico.
Estudamos nesse período o texto de: PARO. Vitor Henrique. A qualidade da escola pública: a importância da gestão escolar. A qualidade da escola pública no Brasil. Belo Horizonte, Mazza Edições, 2012.
O texto ressalta que para as politicas publicas em educação, falar sobre a importância da gestão escolar para a qualidade da escola tem sido uma maneira de fugir das responsabilidades de provimento de condições necessárias para a escola funcionar satisfatoriamente, o gestor escolar acaba por levar a culpa de uma gestão sem competência, sendo que as políticas para educação não oferecem subsídios necessários para fazer gestão com qualidade. Um mix de falhas pedagógicas. A boa realização do ensino tem que envolver tanto a atividade fim, como a atividade meio, qualidade tanto do administrativo quanto do pedagógico. Segundo Paro a gestão escolar contribui para uma educação de qualidade quando consegue adequar os recursos e coordenar os esforços humanos de todos os envolvido e a racionalização do trabalho a fim de atingir o objetivo principal que é a formação da personalidade do aluno, na sua constituição como ser humano-histórico. O autor também discorre sobre a Administração, gestão escolar e as diferenças de uma organização que visa o lucro e de uma organização escolar. Lembrando que tanto na administração de e uma empresa quanto na gestão escolar necessita da multiplicidade de habilidades e forças, conhecimentos, habilidades e competências para desenvolver os trabalhos.
No segundo texto, Oliveira. João Ferreira de. et al. Organização da educação escolar no Brasil na perspectiva da gestão democrática: sistemas de ensino, órgãos deliberativos e executivos, regime de colaboração, programas, projetos e ações.
Os autores afirmam que compreender a administração escolar nos remete à discussão acerca do conceito de administração em geral e às transformações que esta sofre, de acordo com a forma como a sociedade está organizada, considerando, sobretudo, seus princípios, finalidades e funções, vem delineando mais a diferença de administração organizacional com administrar uma escola. Paro (1996), cita que administrar uma escola não se resume à aplicação dos métodos, das técnicas e dos princípios utilizados nas empresas, devido à sua especificidade e aos fins a serem alcançados. Nesse contexto, sinaliza que, se considerarmos que a administração implica a “utilização racional de recursos, para a realização de fins determinados”, a administração da escola “exige a permanente impregnação de seus fins pedagógicos na forma de alcançá-los”. Isso significa que a escola precisa ser organizada no sentido de que suas ações, que devem ser eminentemente educativas, atinjam os objetivos da instituição de formar sujeitos concretos: participativos, críticos e criativos. A formação do aluno enquanto sujeito crítico-reflexivo, social e sua formação para o trabalho.
Fórum de discussão - Sobre os textos e o vídeo, bem reflexivo e que nos permite ler várias informações pertinentes ao tema e trocarmos informações e conhecimentos.
O questionário, Além de ser uma atividade de verificação do aprendizado, reforça nossa leitura.
Tópico 2 - 20/05 a 02/06 - Gestão e o trabalho pedagógico compartilhado
Formas de organização das instâncias colegiadas: Conselho Escolar, Conselho de Classe, Associação de Pais e Grêmio Estudantil; Projeto Político Pedagógico, trabalho coletivo na escola e autonomia escolar; Ações educativas em diferentes instituições e grupos sociais, revelando seus condicionantes sócio-políticos e seus processos de resolução de problemas.
O primeiro texto foi: “O olhar da gestão escolar sobre a diversidade: uma articulação entre estágio curricular e projeto político pedagógico”
O artigo nos demonstra o trabalho da gestão escolar em torno da diversidade acerca da experiência observada no Estágio Supervisionado em Gestão Escolar do Curso de Pedagogia de uma Universidade Federal do Nordeste brasileiro, realizado numa escola municipal de ensino fundamental localizada em um bairro periférico da cidade. Como estratégia de discussão o artigo apresenta alguns acontecimentos do filme “Entre os muros da escola”, onde são relatados fatos verídicos de sua experiência profissional em uma escola de ensino médio na periferia parisiense, lugar de mistura étnica e social. E mesmo os aspectos educacionais da França ser diferente do Brasil, as práticas culturais representadas estão bem próximas da realidade educacional brasileira.
O artigo discute sobre o multiculturalismo e como desenvolver mecanismos democráticos perante as desigualdades tanto sociais como culturais. Discutem o Projeto Político Pedagógico como principal canalizador de questões relacionadas à diversidade escolar, já que o Brasil é multiculturalista, precisa ser trabalhado de forma democrática respeitando todas as culturas, religiões e condições sociais. Não basta apenas aprender a simplesmente tolerar ou respeitar a diferença, mas deve-se procurar analisar os processos que produzem as diferenças, procurando assim coloca-la sempre em questão. A identidade do discente é construída de forma evolutiva a partir de suas relações sociais, inserir o aluno dentro dessa comunidade faz com que ele desenvolva um sentimento de pertencimento e se torne também responsável pela escola.
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