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O ENSINO E APRENDIZAGEM DE UM DESLEXO

Por:   •  9/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.732 Palavras (7 Páginas)  •  203 Visualizações

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Universidade de Brasília / Faculdade de Educação

Departamento de Teoria e Fundamentos

Disciplina: Aprendizagem e Desenvolvimento do PNEE

Código: 194671   Turma: A

Ana Jailane Brito Batista Lima - 17/0005445
Anna Laura Dias Nascimento - 17/0049736
Glenda Maiara Santos Gomes - 16/0122881
João Henrique Santos Silva - 16/0127190

O PAPEL DO PROFESSOR E DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM DE DISLÉXICOS

Brasília, Junho de 2018.

RESUMO

Este texto tem como objetivo principal problematizar a importância da família e da comunidade escolar no processo de ensino/aprendizagem de alunos com diagnóstico de dislexia. E a preparação do docente diante deste quadro. As crianças  disléxicas  que recebem  tratamentos  eficazes,  apesar  de  não  serem  curadas,  podem  levar  uma  vida relativamente normal,  conseguir  vencer  as  barreiras  do  regime escolar,  chegar  à  vida adulta e  ingressar  na faculdade. Porém,  dificilmente chegarão  a esse estágio  sem  carregar  consigo  alguns  traumas  egressos  da vida escolar.  Devido a isso a importância do diagnóstico precoce, para que a criança possa levar uma vida normal e evitar constrangimentos futuros.

PALAVRAS-CHAVE: Dislexia. Processo de ensino e aprendizagem. Adultos disléxicos.

   

INTRODUÇÃO

              A  dislexia é um  transtorno  de aprendizagem que compromete  a capacidade  do  sujeito  de ler  e  compreender  um  texto,  escrever  e soletrar, devido  a uma dificuldade neurológica de  transformar  uma letra  em  som  e de  juntar  as  letras para  formar sílabas  e palavras.  Trata-se de uma dificuldade específica de aprendizagem  da leitura e escrita,  porém  interfere em  todos  os  âmbitos  da  vida  do indivíduo condicionado à forma como  se percebe e  como  se  relaciona com  os  seus  pares  nos  mais  diversos  contextos, desde educacionais,  profissionais  e  até familiares.  (SANTOS,  2014)

           No  livro  “Educação  Inclusiva”,  Rosa (2003) citou que,  cerca de 17%    da  população mundial  e  10%  da população  brasileira  é portadora da dislexia  e não  há cura conhecida, somente tratamentos  que visam  minimizar  os  sintomas.  De  acordo com  essa informação  pode-se  inferir  que parte significativa dos  adultos,  que  estão  incluídos  na educação  tradicional  que possuem,  ou  são  portadores  do  transtorno  de aprendizagem,  precisam  de  ajuda profissional para enfrentarem  os  desafios  emocionais  e  de aprendizagem  relacionados  à sua condição.

      E a falta de conhecimento  da sociedade a  respeito  deste problema resulta no  aumento das  dificuldades  enfrentadas  pelos  disléxicos  e  no surgimento de  desordens  emocionais, pois eles  são  julgados  como  menos  inteligentes,  como  indisciplinados.  De acordo  com  a  revisão literária  utilizada  para  o  desenvolvimento  do  artigo, estudiosos  do  assunto acreditam  que existe uma  série  de  alterações  neurológicas  de  cunho  genético  que são  a principal  causa  do transtorno. Em  compensação outras  partes  do cérebro  dos  disléxicos  são  mais  evoluídas, por isso  alguns  têm  o  lado  artístico  muito  desenvolvido  e outros  têm  o  pensamento  científico  mais elaborado,  embora não  consigam  ler,  escrever  nem  se concentrar  com  facilidade.  (ROSA, 2003)

METODOLOGIA

Essa pesquisa foi realizada com um estudante de pedagogia da Universidade de Brasília, por meio de um questionário sobre sua trajetória até hoje, seus desafios, suas conquistas, seus traumas, etc.

Aos seus oito anos por curiosidade da mãe em descobrir se havia algo que o dificultava no seu processo de aprendizagem, procurou o médico da família que o encaminhou para um neuropsicólogo, foi a partir daquele momento que tiveram certeza que o garoto com dificuldade em aprender a ler e a escrever é disléxico.

Por estar na segunda série e ter dificuldade na leitura e na escrita foi muitas vezes taxado de burro, preguiçoso e desinteressado. Sendo ridicularizado na frente dos colegas pela professora totalmente despreparada para observar o desenvolvimento de um aluno cujos sintomas eram nítidos.

Pensou em desistir ali mesmo de estudar, porém com a ajuda da mãe foi fazer seu tratamento com dois psicopedagogos fora da escola, dali em diante começou o seu processo de aprendizagem, diante de brincadeira, foi aprendendo a juntar letras, depois sílabas e enfim palavras.

A pedido da mãe para que fizesse novamente o segundo ano, sendo que desta vez com outra professora. Com o pedido atendido, logo explicou a nova professora das dificuldades do filho. E com o apoio da família e da escola seu desenvolvimento foi mais prazeroso, e nas séries seguintes não teve mais que explicar aos professores que o aluno é disléxico, devido ao desempenho da professora em ajudar saiu da segunda séries sabendo a ler e escrever corretamente.

Hoje com vinte e cinco anos, estudante do 4ª semestre de pedagogia da Universidade de Brasília, que trabalha em cartório, mostra que é possível sim com um diagnóstico precoce saber lidar com a dislexia no dia a dia, apesar dela não ter cura, mas com a participação de todos no desenvolvimento de uma criança disléxica ela poderá alcançar todos os objetivos que quiser sem quase nenhuma dificuldade.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

        Ao analisar o processo de ensino de um disléxico, verificamos que o mesmo precisa total dedicação da comunidade escolar e da família, para que seja possível uma melhora no seu aprendizado. Como podemos ver, a criança disléxica tem grandes chances de superar suas dificuldades, basta apenas que os professores, pais e envolvidos nesse processo busquem formas para garantir o desenvolvimento das habilidades predominantes nos disléxicos.

A participação dos pais no desenvolvimento de ensino e aprendizagem de qualquer criança é primordial. Com o disléxico não é diferente. Segundo Valett (1990): Os pais são a pedra angular de qualquer programa de educação especial para o disléxico. Com seu envolvimento e apoio na modelagem de comportamento de atenção e através de uso de treinamento doméstico pode continuar e fazer progressos significativos  na  aprendizagem  da  leitura  (p.225).

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