O Equilíbrio Na Patinação Artística
Por: alexandralmattos • 28/5/2023 • Trabalho acadêmico • 5.262 Palavras (22 Páginas) • 63 Visualizações
Centro Universitário Leonardo da Vinci
UNIASSELVI
O EQUILÍBRIO NA PATINAÇÃO ARTÍSTICA
Cultura do Movimento BEF0853
Alexandra de Lima Mattos
Porto Alegre, 16 de junho de 2022.
O EQUILÍBRIO NA PATINAÇÃO ARTÍSTICA
Alexandra de Lima Mattos
Profº Juliano Vieira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Educação Física (Bacharelado) – Cultura do Movimento BEF0853
RESUMO
O presente estudo se refere a importância do equilíbrio na prática da patinação artística, para manter um bom desempenho no esporte, sem que ocorra o risco de uma possível lesão. O equilíbrio pode ser definido como a habilidade de manter o centro da massa corporal dentro da base de sustentação, nesse caso, os patins de rodinhas sobre o solo. Diferente de muitos outros esportes, a postura que devemos tomar e sustentar nos patins exige mais de nossos músculos, controle postural e equilíbrio Movimentos como giros unilaterais, exigem a sustentação sobre um único eixo, em movimento circular e por pelo menos cinco segundos. Para que o indivíduo mantenha a posição, é necessário um sistema postural ativo. O termo controle postural engloba dois mecanismos distintos: equilíbrio e postura corporal. A postura corporal é o alinhamento da cabeça e do tronco, em relação à gravidade, à base de suporte, ao campo visual e as referências internas. Dessa forma, a postura corporal é um momento estático (parado) com período de oscilação (deslocamento) muito restrito enquanto que, o equilíbrio corporal, um momento dinâmico (ativo) que pode ser mantido mesmo com maior ou menor oscilação corporal, o que define muito bem a patinação artística.
Palavras-chave: Patinação artística, patinação sobre rodas, equilíbrio.
1 INTRODUÇÃO
Este Paper tem como objetivo refletir sobre a patinação artística e sua relação direta com o equilíbrio. Ao longo dos anos nosso equilíbrio muda muito, pode melhorar ou piorar. Como professora de patinação a dez anos, noto como as crianças chegam com dificuldades motoras, as quais envolvem seu equilíbrio, e como melhoram sua coordenação ao longo das aulas. Os próprios pais me procuram para informar como seus filhos e filhas melhoraram, até mesmo no seu caminhar, após alguns meses de aula. Nos adultos, noto como o equilíbrio se perde com o passar dos anos e como eles melhoram e adquirem essa habilidade novamente, com o decorrer das aulas (que também são ministradas para adultos). Portanto, através da minha experiência como ex-atleta e, atualmente, professora, acredito que para você ter um bom equilíbrio é necessário praticar algum esporte, e um dos esportes que mais trabalha o equilíbrio, através de suas técnicas de exercícios posturais, sem dúvida nenhuma, é a patinação artística sobre rodas.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A história da Patinação Artística
“Patinar sobre gelo durante séculos antes da era cristã foi uma forma rápida de transporte sobre rios, lagos e canais congelados. Com o tempo, patinadores começam a fazer desenhos no gelo com as lâminas dos patins e a promover os primeiros concursos, configurando assim a prática esportiva.”
(BITENCOURT e AMORIN, 2006 p.11.47).
A Patinação Artística sobre rodas teve suas origens na Patinação no Gelo, através de movimentos executados com a finalidade de desenhar figuras. Surgidos na Noruega como meio de locomoção, os patins (de gelo) mais antigos datam de 1000 a.C., sendo feitos provavelmente de ossos maxilares de veados presos aos pés. No final da Idade Média, a tendência natural de competitividade dos seres humanos logo os incitou a realizarem disputas, patinando no gelo com elementos que causavam menor atrito, como ossos, lâminas de madeira e posteriormente lâminas de ferro que proporcionavam maior velocidade. A partir daí, iniciaram-se então as competições de criatividade, que consistiam em desenhar figuras com as lâminas dos patins no gelo, associando-se à capacidade de realizar as figuras com leveza e graça, criando-se assim a Patinação Artística.
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Fonte: Google
Em meados de 1870, James Leonard Plimpton patenteou um projeto de patins de quatro rodas, com um “tacão” de borracha na parte da frente. Surgia o “patim moderno”, parecido com o existente nos dias atuais. A novidade permitia executar movimentos circulares. Em 1876, com a inauguração do primeiro centro de patinação e a criação de diversos rinques em Paris (França), a Patinação Artística passou a se expandir por toda a Europa. Antes da Primeira Guerra Mundial (1914), a patinação vivia uma fase de muito entusiasmo, chamada de “BELLE ÉPOQUE”, época em que sua prática nos rinques e parques tornou-se ponto de encontro da elite. Porém, a Primeira Grande Guerra provocou o fechamento de muitos rinques em diversos países. A patinação foi extinta.
Aos poucos, com a guerra quase por terminar, os países onde se praticava patinação começaram a reativar suas atividades e a patinação ressurgiu de forma organizada, seu desenvolvimento foi crescente. No Brasil (em São Paulo), no início de 1900, a Patinação era uma atividade exclusivamente recreativa, trazida da Europa pelos filhos de famílias ricas que lá concluíam seus estudos superiores. Tornou-se então um modismo a prática da patinação em rinques e parques, que naquela época serviam de ponto de encontro para a alta sociedade.
Os rinques de patinação, de acordo com o modismo da época, passaram a promover os chamados “concursos de patinação”, onde o patinador se apresentava para o público presente, que ao término das apresentações colocava seu voto numa urna, levando-se em consideração a patinação, naturalidade, elegância e perfeição do melhor patinador(a). Nos dias 7 e 8 de maio de 1975 foi realizado o I Campeonato Brasileiro de Patinação Artística no Clube Militar do Rio de Janeiro.
Desde então, a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação tem realizado regularmente campeonatos brasileiros e participado de todos os campeonatos sul-americanos, pan-americanos e mundiais.
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