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O Estágio Supervisionado I Em Educação Infantil

Por:   •  28/6/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.694 Palavras (7 Páginas)  •  115 Visualizações

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FACULDADE JARDINS

        

VALDIRENE JESUS DOS SANTOS

 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I EM EDUCAÇÃO INFANTIL

        

GANDU

2021

VALDIRENE JESUS DOS SANTOS

 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho do Estágio Supervisionado I em Educação Infantil apresentado à Faculdade JARDINS como um dos pré-requisitos para a obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia sob a orientação da Professora Amanda Oliveira.

GANDU

2021

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O lúdico e as brincadeiras são uma metodologia de suma importância para assessorar o processo de ensino-aprendizagem das crianças na educação infantil, visto que, ao brincar a criança desenvolve uma relação afetiva com o mundo, com os objetos, e em especial com as pessoas. Ademais as brincadeiras e lúdico facilitam não só a aprendizagem das crianças, mas o trabalho do educador, logo ensinar se torna mais fácil e prazeroso, além disso, ajuda no relacionamento entre professores e alunos.

A conceituação do lúdico refere-se ao jogo. Entretanto, esse termo foi modificando e ganhando um novo sentido ao longo da história, que vai além dessa atividade. Atualmente, pode-se definir o lúdico como uma forma de expressar liberdade e espontaneidade, utilizando além dos jogos e brincadeiras, exercício que trabalhe o corpo e a mente das crianças.

Segundo Almeida (2008),

[...] se o termo tivesse ligado a sua origem, o lúdico estaria se referindo apenas ao jogo, ao brincar, ao movimento espontâneo, mas passou a ser conhecido como traço essencialmente psicofisiológico, ou seja, uma necessidade básica da personalidade do corpo, na mente, no comportamento humano. As implicações das necessidades lúdicas extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo de modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O lúdico faz parte das atividades essências da dinâmica humana, trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão (ALMEIDA, 2008 apud SILVA, 2011, p. 12).

O nome lúdico tem origem do latim ludos, que tem o significado de brincar. O lúdico, é brincar, é diversão, é também o jogo, está ligado às atividades de distração e diversão (ALMEIDA, 2008, apud SILVA, 2011, p. 11).

Sendo assim, os jogos e as brincadeiras são de suma importância para o desenvolvimento da criança na educação infantil, pois através da mesma a criança aprende a respeitar as regras e favorece a autonomia das mesmas. O lúdico é um instrumento indispensável nos anos iniciais das crianças na escola, dado que a interação entre a ludicidade, jogos e brincadeiras faz com que a criança aprenda se divertindo. Assim, o lúdico é o que permite que os educandos desenvolvam a criatividade, o raciocínio e a imaginação, o que permite uma melhor compreensão de mundo.

O brincar desempenha um papel extremamente importante na constituição do pensamento infantil. Por meio dele é que se inicia uma relação cognitiva do ser humano de eventos, coisas, símbolos e pessoas que o rodeia. É por meio do lúdico que as crianças constroem o seu próprio pensamento.

Neste sentido SEBASTIANI (2003) afirma:

A brincadeira é para a criança um espaço de investigação e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Brincar é uma forma da criança exercitar sua imaginação. A imaginação é uma forma que permite as crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que pouco conhecem (SEBASTIANI, 2003, p. 98).

Assim, através da brincadeira a criança irá refletir, organizar, desorganizar, construir, destruir e reconstruir o seu mundo expressando de modo simbólico, as suas fantasias, desejos, medos, sentimentos e conhecimentos que irá construir através de suas experiências diárias (SEBASTIANI, 2003).

As ludicidades dispõem de um respaldo, na construção das habilidades psicomotoras das crianças. Visto que, o correr, pular, dançar, escalar e conhecer o mundo através dos instintos e dos sentidos fazem com que a criança explore melhor seu próprio corpo. Isso, auxiliado à ludicidade, oferece habilidades como autoconfiança, autoestima e superação, eliminando inseguranças em relação ao mundo externo e às limitações internas.

A psicomotricidade para Le Boulch (2001):

Se dá através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a formação de sua personalidade. É uma prática pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional e sócio-cultural, buscando estar sempre condizente com a realidade dos educandos.

Assim, a brincadeira e o lúdico colabora para o processo formativo corporal, afetivo e cognitivo das crianças. Os quais são importantes para o aprimoramento da personalidade da criança diante de seu pleno desenvolvimento. A ludicidade como metodologia significa respeitar a interpretação da criança sobre o mundo e o lugar que ela ocupa nele. Mediante as atividades lúdicas, a criatividade, curiosidade e o desejo por saber acontecem de maneira natural, ampla e fluida, fazendo com o que a educação aconteça de forma emancipadora, afetiva e plural.

A escola deve priorizar, em seu projeto político pedagógico, o desenvolvimento de atividades que privilegiem o lúdico. Considerando que o brincar é um elemento muito importante na educação infantil, tornando-se um direito legal garantido pela Constituição de 1988, imprescindível para assegurar os direitos da criança e do adolescente. Diante disso é descrito no artigo que:

É dever da família, da sociedade e do estado, assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, a alimentação, a educação, ao lazer, a profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de todo forma de negligência, discriminação, a exploração, violência, crueldade e opressão (CF/88, art. 227).

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